segunda-feira, 7 de março de 2011

Fé (parte 2 de 3) - Sobre a fé em Deus

Fé (parte 1 de 3)

No que se baseia a fé cristã? Somos apenas um bando de macacos treinados para aceitar tudo aquilo que nos é dito? Fechamos os olhos para qualquer evidência contrária ao nosso conjunto de conhecimentos, se tal fato for apresentado? Claro que não.


Primeiro, esclareçamos algo: as formas de expressão humanas possuem escopos e metodologias diferentes, e uma não é aplicável à outra. Como formas de expressão, estou me referindo à ciência, cultura, religião e às artes. Arte é uma palavra muito ampla, e enquadra as artes visuais, a música, a dança, a literatura e a matemática.

A ciência é a ferramenta geral do ser humano para entender a natureza. Os axiomas da ciência são: o mundo é formado de matéria, a definição de matéria, a validade do método científico e da matemática. Como não existem números nem palavras na natureza, matemática e literatura não podem ser consideradas ciências. A ciência se baseia na matemática, e a matemática se baseia na lógica.

A religião (estou adotando aqui uma definição mais ampla) é qualquer manifestação do homem que busque a ligação com algo que é metafísico, ou seja, é extrínseco ao mundo material. A religião não pode se apoiar no método científico, simplesmente porque não é um fenômeno da natureza, mas é transcendente à mesma.

O cristão tem muitas bases para seu conjunto de conhecimento (ou doutrinas), sendo elas: a Bíblia e seu testemunho histórico; a observação da vida e do Universo com olhos não técnicos, mas artísticos, analisando a beleza e complexidade destes; experiências pessoais, e muitos outros. As pessoas costumam desaprovar essas evidências, alegando que não são válidas. Mas isto porque estão analisando cientificamente, ou seja, estão fazendo uma análise inválida, como mostrei no parágrafo anterior.

O cristianismo, como sendo um conjunto de conhecimentos avulso à ciência, não possui os mesmos axiomas que esta. Assim, a fé do cristão não é só na lógica e nos sentidos. E nem poderia ser. Se Deus criou o Universo, a matéria e o tempo, Ele deve ser maior e transcendente ao mesmo. Logo, Ele é imaterial e atemporal. Se Ele é imaterial, nossos sentidos não são capazes de alcançá-lo a priori. Se Ele criou o Universo, que é regido pelas leis da lógica, Ele provavelmente é transcendente à lógica também, ou sua forma de lógica é superior e talvez inacessível à mente humana. Como analisar Deus perante a lógica, então?Primeiro, esclareçamos algo: as formas de expressão humanas possuem escopos e metodologias diferentes, e uma não é aplicável à outra. Como formas de expressão, estou me referindo à ciência, cultura, religião e às artes. Arte é uma palavra muito ampla, e enquadra as artes visuais, a música, a dança, a literatura e a matemática.

A ciência é a ferramenta geral do ser humano para entender a natureza. Os axiomas da ciência são: o mundo é formado de matéria, a definição de matéria, a validade do método científico e da matemática. Como não existem números nem palavras na natureza, matemática e literatura não podem ser consideradas ciências. A ciência se baseia na matemática, e a matemática se baseia na lógica.

A religião (estou adotando aqui uma definição mais ampla) é qualquer manifestação do homem que busque a ligação com algo que é metafísico, ou seja, é extrínseco ao mundo material. A religião não pode se apoiar no método científico, simplesmente porque não é um fenômeno da natureza, mas é transcendente à mesma.

O cristão tem muitas bases para seu conjunto de conhecimento (ou doutrinas), sendo elas: a Bíblia e seu testemunho histórico; a observação da vida e do Universo com olhos não técnicos, mas artísticos, analisando a beleza e complexidade destes; experiências pessoais, e muitos outros. As pessoas costumam desaprovar essas evidências, alegando que não são válidas. Mas isto porque estão analisando cientificamente, ou seja, estão fazendo uma análise inválida, como mostrei no parágrafo anterior.

O cristianismo, co afirma cientificamente afirma a existência de Deus, como acabei de dizer acima, isso é impossível!

b) O significado de prova é relativo ao campo de conhecimento atribuído. Se for matematicamente, não podemos fazê-lo, pois Deus não é um número nem uma equação, Deus é infinito, e os infinitos são indeterminações matemáticas. Se for cientificamente, já dissemos que não, Deus não pode ser uma teoria científica pois é imaterial. A teoria do design inteligente não é anti-científica, pois aponta apenas um propósito ou planejador para o Universo e a vida, sem nada poder dizer sobre os atributos desse planejador.

c) Se Deus fosse uma teoria científica, não seria uma verdade absoluta, ou seja, estaria a qualquer momento em risco de ser substituído por uma alternativa mais adequada de explicação. Porém, os cristãos tratam Deus como um conceito absoluto e necessário, do qual dependem todas as proposições posteriores. Assim, dentro do conceito cristão, Deus é um axioma, e não um teorema.

Assim sendo, a existência de Deus não precisa ser provada, se é admitida como uma premissa. Afinal, é impossível provar a existência de Deus? E será que é necessário? Os matemáticos não provam a existência dos números por ser algo intuitivo ou até mesmo óbvio. Os cientistas não provam a existência do tempo e do espaço porque também são conceitos intuitivos. Todos os tipos de conceitos fundamentais não podem e não precisam ser provados, pois por definição, não há nada mais fundamental que eles, que possamos usar como base para prová-los.

Por isso é uma estupidez tentar provar Deus usando lógica, mais adequado seria provar a existência da lógica usando Deus!!! (rsrs)

É sabido que o conceito de Deus não é inato no ser humano, na verdade o conceito de espiritualidade está mais próximo disso, mesmo assim não sendo plenamente verificado na espécie humana. Mas isso não invalida Deus como uma premissa:


http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080717_linguatribonumero_np.shtml

Esse link da BBC conta a história da tribo amazônica Pirahã, a qual possui uma língua peculiar, na qual não há o conceito de número. As pessoas não contam e a linguagem não tem palavras para números precisos. Apesar dos esforços para ensiná-los, os pesquisadores afirmam que eles parecem incapazes de aprender matemática.
"Na sua vida quotidiana, os pirahãs parecem não ter necessidade de números. Não existem palavras como "todos", "todo" e "mais". Há uma palavra, "hoi", que chega perto do numeral “um”, mas também pode significar "pequenas" ou descrever uma quantidade relativamente pequena. - Como dois peixes pequenos ao invés de um peixe grande, por exemplo, e eles nem sequer mostram saber contar, sem a linguagem, em seus dedos, por exemplo, a fim de determinar quantos pedaços de carne há para os moradores ou quantos dias de carne renderam os tamanduás que eles.
Os resultados, publicados na revista Science, foram surpreendentes. Os pirahãs simplesmente não entendem o conceito de números. Segundo a teoria de Whorf, as pessoas só são capazes de construir pensamentos para que eles possuem palavras. Em outras palavras: Porque eles não têm palavras para números, eles não podem sequer começar a entender o conceito de números e aritmética.
O Warlpiri - um grupo de aborígenes australianos, cuja linguagem, como a dos Pirahã, tem apenas um "one-two-muitos", sistema de contagem - não teve dificuldades contando mais do que três em Inglês.
Mas os pirahãs provou ser completamente diferente. Anos atrás, Everett tentou ensiná-los a aprender a contar. Durante um período de oito meses, ele tentou, em vão, ensinar-lhes os números Português usados pelos brasileiros - Um, Dois, Três. "No final, nem uma única pessoa capaz de contar até dez", diz o pesquisador.
Não é, certamente que os povos da floresta são muito burros. "O pensamento não é mais devagar do que o calouro média", diz Everett. Além disso, os pirahãs não exatamente viver no isolamento genético - eles também misturar com pessoas de populações do entorno. Nesse sentido, as suas capacidades intelectuais devem ser iguais às de seus vizinhos."

Assim, o conceito de número não é inato em toda a raça humana, mas é aceito como um axioma. Então, porque o conceito de Deus como ser imaterial e Criador do Universo também não pode ser?

Abraços, Paz de Cristo.



3 comentários :

  1. Tipos de religiões

    Ao longo do tempo as religiões sempre estiveram em transformação e passaram por vários estágios-tipo:

    O “ESTÁGIO MITOLÓGICO” das sociedades tribais como as gregas, indígenas e africanas, onde se acreditava em centenas de Entidades, se adorava astros, ídolos, objetos, animais, plantas e supostas “águas sagradas”.

    O “ESTÁGIO TEOLÓGICO”, que predominou nas culturas onde o crente já acreditaria na existência de um único Deus e um único ser maligno, porém ainda estava preso a um passado arcaico, fantasioso e entulhado de magia.

    O “ESTÁGIO ATUAL”, no qual os místicos, por não procurarem um apoio científico e terem suas mentes fechadas, ainda acreditam em Entidades virtuais que são capazes de fazer qualquer coisa, inclusive criar a si mesmo, mas que no dia- a- dia, se mostra incapaz de usar os recursos fora da sua época e de resolver nossos problemas existenciais.

    E breve iniciaremos o estágio que será chamado de “O DESPERTAR”, onde os mais racionais não aceitarão, mas ser “servos” de algum suposto “Deus humano”, pois além de não existir quem tome nota de tudo que acontece com cada um de nós, já estamos no limiar do “Admirável mundo novo” profetizado por Aldous Huxley em 1932, onde os mais racionais assumirão o dever/poder de construir e dirigir o seu próprio destino.
    Quando o inevitável e revolucionário “Despertar” chegar, a maior parte dos humanos já terão se transformados em criaturas tão evoluídas, que não aceitarão mais serem parasitados por superstições. No futuro, a humanidade terá progredido tanto que não mais desperdiçará o seu tempo, a sua energia e os seus recursos, paparicando as fantasiosas e virtuais “Entidades” inventadas por seus místicos ancestrais.
    Por que as religiões não se preocupam com a realidade e fabricam versões onde as Leis universais são revogadas? Por que as religiões não procuram a resposta real para os mistérios, as desigualdades e os sofrimentos do mundo? Por que as religiões teimam em seguir falsidades?
    Por que tantos não entendem que a dúvida é o único caminho que leva a verdade?
    As religiões são tentativas de fazer com que os místicos se conformem com os sofrimentos e as dificuldades da vida, não reclame das desigualdades, aceite sem revolta as doenças, a velhice, a decrepitude e a desigualdade, e se conforme com o fato de que a morte é o fim para o qual caminhamos após o nascimento...

    Lisandro Hubris

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  2. "Entidades virtuais que são capazes de fazer qualquer coisa, inclusive criar a si mesmo, mas que no dia- a- dia, se mostra incapaz de usar os recursos fora da sua época e de resolver nossos problemas existenciais."

    Lisandro, nenhum cristão sensato acredita nisso. Deus não cria a si mesmo, Ele não é um Ser criado. Ele sempre existiu, Ele é a própria definição de existência. Deus tem capacidade pra resolver qualquer problema, mas seus propósitos são muito maiores e mais profundos que os nossos.

    Abraços

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  3. O Senhor já foi refutado a um bom tempo: http://religiaoeateismo.blogspot.com.br/2015/04/o-que-e-fe-e-para-que-serve.html

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