quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Refutação da Refutação do Dilema de Eutífron [Resposta a Leitor]



24/10/2013 19h
Miqueas Galdino

Boa noite.  Achei uma resposta as refutações apologéticas sobre o Dilema de Eutifron. Seguem as premissas : 
Premissa 1: a definição de bom ou bondade é a natureza de Deus. A natureza de Deus é a fonte de toda a moralidade e tudo o que é bom. 
Premissa 2: A natureza de Deus é fixo. Não pode ser de outra maneira
Premissa 3: Depois de p.2, Deus não pode escolher entre o certo e o errado. Ele deve sempre fazer o que é certo desde sempre a fazer o que é certo é parte da natureza de Deus.
Premissa 4: Depois de p.3, a capacidade de escolher entre o certo e o errado não está na natureza de Deus. Ele não tem essa capacidade.
Premissa 5: Após p. 1 e p. 4, a capacidade de escolher entre o certo e o errado não é bom, uma vez que não está na natureza de Deus.
Premissa 6: Porque a natureza de Deus é boa,ele não pode querer algo que não é bom.
Premissa 7: Deus quis sobre os seres humanos a capacidade de escolher entre o certo e o errado.
Conclusão: De p.5, p.6 e p.7, Deus quis algo sobre os seres humanos que não é bom, uma vez que não está na natureza de Deus. Mas a natureza de Deus é, por definição, bom, então ele se contradisse.
Seria esse argumento válido ?

Respostas ao Ateísmo:

Boa noite caro Miqueas. 

Primeiro, tem algumas premissas mal formuladas aí. Logo na premissa 1, se diz "a natureza de Deus é a fonte de toda a moralidade". Isto está certo, mas note o que significa "moralidade". Moralidade é a distinção de valor entre as ações, e não a bondade em si. Ou seja, a natureza de Deus é a fonte de onde podemos saber se algo é bom ou não. 

Mas ainda sim este raciocínio não está completo: Deus além de ser bondoso, também é justo e juiz. Por ser juiz do Universo, Deus pune quem pratica o mal. A punição de quem pratica o mal é um mal do ponto de vista de quem praticou, por que sofre a punição, mas do ponto de vista global não, porque é bom que o mal seja punido. Isso quebra por exemplo a premissa 6.

Pense só: um pai que ama o filho deixa de castigá-lo por isso? E quando o pai castiga, ele deixa de ser bom? O castigo é uma consequência justamente do amor e do zelo que ele tem pelo filho, pois se não amasse seria indiferente ao ver o filho errar e persistir no erro. Da mesma forma, Deus é bom, mas isso não quer dizer que ele não tenha que fazer coisas que pareçam más de vez em quando, mas que no fundo refletem a sua bondade/amor/justiça.

A premissa 5 me fez pensar... é verdade que Deus não pode escolher o errado. Isso não é um defeito de Deus, afinal, seria um defeito se Ele PUDESSE errar. Mas eu acho que não é o livre arbítrio em si que é o mal, pois livre arbítrio implica em liberdade. O defeito é a CAPACIDADE de errar, a TENDÊNCIA de errar. Aí o autor misturou as coisas. "Liberdade de escolha" não é a mesma coisa que "capacidade de errar" nem "tendência a errar". Deus tem liberdade plena de escolha mas é incapaz de errar, por exemplo. 

O fato de Deus não poder escolher mentir ou fazer maldades sem motivo, por exemplo, não é uma limitação ao poder ou à liberdade de Deus, mas uma limitação por implicação lógica; ou seja, se Deus fizesse estas coisas, deixaria de ser Deus (porque estaria fazendo maldades, sendo imperfeito), o que é absurdo. Da mesma forma que ninguém pode me chamar de mau desenhista porque eu não sei desenhar um triângulo de quatro lados. Isso é simplesmente e intrinsecamente 
impossível.

Abraços, Paz de Cristo.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

As 5 afirmações mais idiotas que ouvi na universidade



Se você quiser dar uma boa risada, basta visitar um campus universitário e ouvir em algumas conversas aleatórias. Os temas mais estranhos são discutidos. Vamos analisá-los. Muitas coisas idiotas são ouvidas nos campi universitários. A maioria vem da boca dos arrogantes estudantes de graduação que pensam que sabem tudo, mas não são os únicos… Às vezes os professores (em sua maioria) são piores! Especialmente quando se trata de religião, teologia e filosofia. Por que é que os professores que sabem pouco ou nada sobre religião, teologia, filosofia, política gostam de fazer afirmações ousadas sobre religião, teologia e filosofia e política? Eu ouvi o meu quinhão de acusações ridículas feitas em nome dos acadêmicos e eu decidi listar as 5 piores aqui.

5. O censo registrado em Lucas 2 é obviamente inventado. Por que César chamaria a todos para sua cidade natal, a fim de registrá-los? Imagine se Obama quisesse registrar a população e pedisse a todos para retornar à sua cidade natal! Imagine o caos que iria acontecer!

Of course! Porque nós sempre determinamos a historicidade de um evento na Antiguidade, imaginando como seria viável se fosse promulgado no século 21! Grande metodologia histórica!

O censo registrado em Lucas 2, que afirma que todos foram obrigados a voltar para sua cidade natal a fim de ser registrados não pode ser uma invenção só porque não conseguimos entender  como Obama emitiria uma ordem dessas atualmente. Usando essa linha de raciocínio, teríamos de jogar fora tudo o que sabemos sobre a história! Os faraós egípcios e imperadores romanos nunca deixaram de ver a si mesmos como figuras divinas, só porque o presidente Obama não proclama isso sobre si atualmente. Civilizações antigas não deixaram de utilizar carruagens como principal meio de transporte só porque a sociedade ocidental atual não utiliza normalmente carruagens, pois temos modos ligeiramente mais eficientes de transporte como automóveis e aviões (embora eu afirme que carruagens são muito mais legais).

4. Os Evangelhos foram escritos 200 anos após a morte de Jesus.

Eu ainda tenho que encontrar qualquer estudioso da Antiguidade que acredita nisso. Mesmo os estudiosos mais liberais e céticos do Novo Testamento colocam a composição dos Evangelhos dentro de todo o século I.

Marcos: 70 d.C.

Mateus: 80 d.C.

Lucas: 90 d.C.

João: 100 d.C.

Estas são datas gerais e estão mais próximas aos propostos por estudiosos liberais. A datação dos Evangelhos é complicada. Existem várias linhas de estudos acadêmicos que têm opiniões diferentes, mas os estudos mais acadêmicos e abalizados do Novo Testamento estão de acordo com relação aos Evangelhos terem sido compilados antes do século II.

3. O argumento cosmológico é muito frágil. Os defensores do argumento cosmológico não percebem que há um enorme problema com a ideia de uma “causa” para o universo. Eles não percebem que a causa tem que ser natural.

Então o sujeito simplesmente pára por aí, como se o caso fosse resolvido.

Você pode estar tão confuso quanto eu.

É isso mesmo? É isso o que está afirmando? Esse é o poderoso “argumento que põe por terra” o argumento cosmológico?

Se o universo tem uma causa, então a causa deve ser natural? Por quê? Além disso, se a natureza é definida como toda a matéria, energia, tempo e espaço, e se toda a natureza veio à existência no início do universo com o big bang, então como pode a causa de toda a natureza ser natural?

2. Não há nenhuma fonte não-bíblica que menciona Jesus.

Se por “nenhuma fonte” você quer dizer 33 fontes dentro de 150 anos de vida de Jesus, compostas por 20 fontes cristãs, 4 fontes gnósticas e 9 de fontes seculares, então você está correto!

Fontes seculares que mencionam Jesus: Josefo (historiador judeu), Tácito (historiador romano), Plínio o Jovem (político romano), Flegonte (escravo liberto que escrevia histórias), Luciano de Samósata (satírico grego), Celso (filósofo romano), Mara Bar Serapião (prisioneiro que aguardava execução), Suetônio (historiador romano), e Talo (Gary Habermas e Michael Licona,  Em defesa da ressurreição de Jesus, Grand Rapids: Kregel, 2004, p. 233).

1. Darwin contribuiu muito. Sabemos que Deus não existe, porque agora entendemos a evolução.

1. Darwin nos deu um mecanismo pelo qual podemos entender como as formas de vida mais elevadas evoluíram a partir de formas de vida inferiores.
2. Portanto, Deus não existe.

Ou há uma série de premissas implícitas que precisam ser retiradas para que esse argumento possa funcionar ou isso é logicamente falacioso (e muito tolo).

A conclusão não segue as premissas. É totalmente irracional. Como a evolução mostra que não há Deus? Não há absolutamente nenhuma conexão entre os dois. A evolução é simplesmente uma explicação para a variação e a similaridade entre e entre as espécies. Diz-nos como nós evoluímos. Ela não faz nada para apresentar um processo contra a existência de Deus. Nem um pouco.

Então temos isso, declarações tolas e imbecis feitas por aqueles que professam a honestidade intelectual e rigor na apresentação de pontos de vista opostos de forma justa e sem descaracterizações. Isto é essencialmente um disparate pseudo-intelectual que procura desacreditar o teísmo sem ter uma sólida compreensão dos argumentos e ideologias que estão sendo apresentadas. Deturpar a posição do seu adversário e argumentar contra ele sem tomar tempo para pesquisar corretamente, leva-se a objeções amadoras e argumentos facilmente refutáveis. Principalmente para os nossos  brilhantes faróis da academia …


Tradução: Emerson de Oliveira

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O que seria das mulheres sem o cristianismo?


Por Leandro Teixeira.

Muito se fala sobre a situação da mulher na sociedade moderna. Acreditam não poucos que há um grande desnível – ou abismo mesmo – entre os direitos e deveres do homem e os da mulher, sendo que essa última tem sido historicamente prejudicada. E não faltam candidatos a carrasco do sexo feminino. A última moda agora é acusar as religiões de forma geral, e o Cristianismo, em especial.

Não há a menor dúvida de que existem religiões no mundo que cerceam os direitos da mulher. O Islamismo é um bom exemplo deste tipo. Tanto o seu livro sagrado como a sua literatura teológica discrimina e rebaixa gravemente a mulher a ponto de torná-la um objeto de propriedade, primeiramente do pai, e depois do marido. Contudo, neste texto quero provar que não há razão por que colocar o Cristianismo no mesmo cesto das religiões que pejoram a mulher. Mais do que isso, vou mostrar como o Cristianismo colocou a mulher em uma situação muito melhor do que qualquer outro sistema religioso ou filosófico que já existiu.

Um pouco de história

A vida da mulher não era fácil nas culturas antigas. Em geral, eram propriedade dos maridos. Não eram consideradas capazes ou competentes para agirem independentemente. Vejamos a Grécia antiga. Aristóteles disse que a mulher estava em algum lugar entre o homem livre e o escravo (considerando que a situação do escravo não era nenhum pouco auspiciosa, perceba a pobre situação feminina), e que era um “homem incompleto” (Política). Platão, por sua vez, entendia que se o homem vivesse covardemente, ele reencarnaria como mulher. E se essa se portasse de modo covarde, reencarnaria como pássaro (A República, Livro V).

A sorte das mulheres não era muito melhor na Roma antiga. Poucas famílias tinham mais de uma filha. O casamento romano era uma forma de trazer mais material humano para formação do exército, e assim permitir à Roma a continuidade de sua expansão; por isso, o interesse estava em ter filhos homens. Daquelas, porém, que sobreviveram ao infanticídio, eram-lhes reservadas as tarefas do lar, mas não o exercício da cidadania e a participação política, coisa reservada apenas aos patrícios homens.

Na China, até bem recentemente, o infanticídio era uma prática comum. Os bebês do sexo feminino eram entregues como alimento aos animais selvagens ou deixados para morrer nas torres dos bebês. Adam Smith escreveu sobre essa prática no seu famoso livro, A Riqueza das Nações, de 1776. Ele fala inclusive que o descarte de bebês indesejados era mesmo uma profissão reconhecida e que gerava renda para muitas pessoas.

Vejamos outros casos. Na Índia, viúvas eram mortas juntamente com seus maridos – a prática chamada de sati (que significa, a boa mulher). Também havia tanto o infanticídio quanto o aborto feminino. Além disso, meninas eram criadas para serem prostitutas cultuais – as devadasis. Nessa prática religiosa, a menina era “casada com” e “dedicada a” um dos deuses hindus. Nos rituais de adoração a esses deuses havia dança, música e outros rituais artísticos. Conforme iam crescendo, as devadasis se tornavam servas sexuais, de homens e dos “deuses”. Ainda hoje, famílias pobres entregam suas filhas para estas deidades com o objetivo de alcançar delas algum favor, ou ainda obter algum meio de renda com os frutos da prostituição.

Na África, o problema era semelhante à prática do sati da Índia. Quando um líder tribal morria, as esposas e concubinas do chefe eram mortas juntamente com ele. Mesmo hoje, no Oriente Médio, o valor da mulher é mínimo.

A mudança trazida pelo Cristianismo

Que diferença trouxe a vinda de Jesus Cristo entre nós? Muita, em vários pontos. Na verdade, foi uma revolução. Muito do que Jesus Cristo ensinou já era praticado pela sociedade judaica (que era muito diferente das nações à sua volta), e outros pontos tiveram seus termos desenvolvidos por Ele. Mas mesmo os judeus tinham um tratamento discriminatório em relação às mulheres; Jesus, entretanto, se relacionava de forma saudável com elas. De forma geral, o Cristianismo colocou a mulher em pé de igualdade com os homens. Como ele fez isso?

- Dizendo que ambos foram criados por Deus, à sua imagem e semelhança (E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou – Gên 1:27). Para Deus, homens e mulheres têm o mesmo valor (Gl 3.28);

- Que ambos deveriam dominar e sujeitar a natureza (E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra – Gn 1.28). Não há nada que impeça a mulher, tanto quanto o homem, de explorar a criação em cumprimento ao mandato cultural;

- A decisão de Deus criar a mulher a partir de Adão declara que ambos provêm da mesma essência (Gn 2.22), mostrando que a mulher em nada é inferior ao homem, nem tampouco lhe é superior. E a declaração de Adão mostra que sua mulher Eva é parte de si mesmo, tendo o mesmo valor que ele próprio (Gn 2.23 );

- Que o casamento, como instituição divina, implica que o homem foi feito para a mulher, assim como a mulher foi feita para o homem, e dessa forma ambos andam como uma unidade em dois corpos (Gn 2.24), o que destrói a ideia de que a mulher é escrava do marido, ou vice-versa. São complementares;

- O Cristianismo também evitou que a mulher fosse injustiçada, não permitindo a poligamia, que é inerentemente prejudicial a elas (1Co 7.2);

- O Cristianismo ensinou o cuidado com as viúvas. Elas, se não tivessem recursos, deveriam ser cuidadas e sustentadas pela igreja (1Tm 5). Se o marido morre, ela é livre para continuar viúva ou casar novamente, se quiser;

- O Cristianismo condenou a prostituição ao declarar que o corpo não pertence a nós mesmos, mas a Deus, e que ele é templo do Espírito Santo (1Co 6.13,19). O corpo do homem pertence à mulher, e o da mulher ao homem (1Co 7.4);

- O Cristianismo aprova a instituição do casamento, que não só protege a mulher da exposição aos males sociais, como provê um ambiente seguro material, espiritual e sentimentalmente para o seu desenvolvimento integral (Ef 5.28-29);

- O Cristianismo protege a vida, que entende começar no momento da concepção. Dessa maneira, nenhuma criança deixa de nascer devido a características indesejáveis (pelos pais) que ela tenha ou seja. A vida é direito inviolável, outorgada por Deus, sendo que somente Ele tem direito de reavê-la (1Sm2.6; Jó 1.21);

- O Cristianismo também proibe a pornografia, pois entende que ela é equivalente ao adultério. Com isto, a mulher deixa de ser vista como um objeto aos olhos do homem, e reserva o sexo e a nudez para aquele que tem direito a estas coisas, a saber, o marido (Mt 5.28).

Uma palavra sobre o movimento feminista

Se há algum direito, de qualquer pessoa que seja, que deva ser assegurado, eu sou completamente a favor da luta por ele. A sociedade falha em tratar as mulheres adequadamente porque ela não é uma sociedade moldada exclusivamente pela moral cristã. Muitos dos direitos pelos quais o movimento feminista luta são justos: direitos trabalhistas iguais aos do homem, proteção contra violência física e emocional, igualdade de direitos civis, entre outros. Porém, alguns pontos pelos quais ele luta não são bons, como, por exemplo, o aborto. Ora, o aborto sempre foi uma ferramenta usada pelo homem – e geralmente usado para evitar nascimento de mulheres! O aborto se refere a algo além do corpo da mulher; é outro ser vivo. Ocorre que ao lutar por este “direito”, a mulher trata um bebê ainda não nascido como algo menos que humano, tal como um objeto: ou seja, do mesmo modo que ela própria já foi tratada na história.

Outro problema que eu vejo é que algumas feministas mais exaltadas não querem simplesmente uma equiparação de direitos; desejam ocupar o lugar do homem que as explorava, transformando-se em exploradoras. Almejam uma inversão de papéis. Ao invés de uma sociedade patriarcal, sonham com uma matriarcal. E algumas feministas ainda descambam para a misandria – o ódio pelo sexo masculino.

Concluindo

O que o paganismo faz para proteger a mulher? Nunca fez nada, e nunca fará. E estas outras religiões não-cristãs? Normalmente colocam o sexo feminino em uma posição inferior a do homem. E o humanismo? Nada trouxe de bom para as mulheres. Na prática, uma vertente humanista (evolucionista) ensina que nada há de especial na humanidade; tudo que há é resultante de acaso. Somente o mais forte sobrevive (ou domina). Se for o sexo masculino, assim deve continuar a ser. É natural que seja assim. Não há justificativa moral (do ponto de vista evolucionista) para proibir a violência fisica, sexual, emocional à mulher, e nem mesmo porque condenar posicionamentos machistas. A máxima é “o que agora é, é o certo”.

Mas não é assim com o Cristianismo. Em todos os lugares onde ele chegou, as condições das mulheres melhoraram. Onde ele não alcançou, vê-se coisas terríveis, como a eugenia sexual, o infanticídio e a prostituição. Contudo, podemos ver que algumas sociedades, que já foram declaradamente cristãs, hoje estão decaindo moralmente com o avanço do antigo paganismo – legalizando o aborto, o homossexualismo e a prostituição. Seria interessante que algumas feministas, que falam ousadamente contra o Cristianismo, aprendessem um pouco mais da história da humanidade e assim apercebam-se de que, se não fosse por essa religião que elas tanto condenam, talvez elas sequer estivessem vivas hoje.

Fonte: Napec

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Falácia do Contexto Bíblico


A wiki Teonismo disponibiliza um grande acervo de material relacionado à apologética cristã. Recentemente vi lá algo que me chamou a atenção, e que é um problema recorrente nos debates entre o cristianismo e não-cristianismo (outras religiões ou o ateísmo). Trata-se da Falácia do Contexto Bíblico.

O nome foi criado pela própria wiki, como sendo uma falácia lógica não oficial, uma mistura da falácia do espantalho com a citação fora de contexto. Infelizmente, este é um dos métodos mais utilizados por neo-ateus para dar descrédito a certas verdades cristãs, alegando supostas contradições e incoerências bíblicas quando na verdade não se usa as ferramentas adequadas para o contexto bíblico.

A Falácia

O que normalmente ocorre é o fato de considerar-se alguns versículos da Bíblia sobre algum tema e ignorar-se os demais, acabando por causar incompreensões. Trata-se de uma mesclagem das falácias do espantalho (diminuir o valor real do argumento para tornar mais fácil de refutá-lo) e da citação fora do contexto (neste caso, todo o contexto bíblico).

Na minha visão, ocorrem dois problemas principais. O primeiro problema é ignorar o conceito cristão da complementaridade da Bíblia. O cristão lê a Bíblia como um documento único, não considerando trechos isolados dela como a palavra final para algo, sem considerar o que o resto da Bíblia diz sobre isso. Um exemplo disto é a Lei de Talião: "Olho por olho, dente por dente", enunciada em Êxodo 21.24. Dizer que a Bíblia é repulsiva porque apoia a vingança ou coisa do tipo, mas se olharmos a Bíblia como um todo, vemos que Jesus cerca de 1500 anos depois revogou essa lei, dando um entendimento mais perfeito aos homens: "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado". (Mateus 5.38-42) Alguém aí poderá reclamar dizendo que isso é uma contradição da Bíblia, mas isso é desconsiderar o contexto em que estas duas coisas foram ditas. Voltarei a este assunto mais adiante.

O segundo problema, como eu já mencionei antes, é a falta de uso das ferramentas necessárias para a interpretação do texto bíblico. Assim como qualquer outro texto, a Bíblia está sujeita às regras básicas de interpretação de texto. E por se tratar de textos antigos, os procedimentos são mais criteriosos ainda em alguns aspectos.

Um panorama do texto bíblico

A Bíblia é um conjunto complexo de textos, escritos num período de cerca de 1400 a.C. a 90 d.C., por mais de 40 autores diferentes, com línguas diferentes (grego, hebraico e aramaico), e gêneros literários diferentes, que vão desde documentos oficiais de reis até poesias e hinos, passando por narrações, parábolas, epístolas, profecias, legislação e códigos morais. Não se lê uma poesia da mesma forma que se lê um relatório oficial, assim como não se lê uma narração histórica de um fato da mesma forma que uma parábola. Também não se pode analisar um texto escrito há milhares de anos utilizando o nosso pano de fundo cultural como guia. A mente das pessoas daquela época não é igual à nossa.

Além disso, muitas vezes não são esses detalhes históricos que são importantes para o cristão, mas sim a essência da mensagem bíblica, que consiste no relacionamento de Deus com o homem, centrado no ministério de Jesus Cristo quando veio à Terra. Todos os livros da Bíblia estão ligados direta ou indiretamente a este fato. Em Gênesis, vemos a raça humana sendo corrompida pelo pecado e Deus escolhendo uma um homem para formar a nação na qual um dia Jesus nasceria. Nos livros seguintes, Deus está preparando espiritualmente esta nação, aos poucos. No Novo Testamento a obra redentora de Deus para a humanidade é consumada e é contada a história dos primeiros seguidores de Jesus e das primeiras igrejas. Esta linha histórica deve ser clara na mente de quem deseja extrair informação pertinente do texto bíblico.

Ferramentas de interpretação

"A Hermenêutica é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação. A hermenêutica tradicional - que inclui hermenêutica Bíblica - se refere ao estudo da interpretação de textos escritos, especialmente nas áreas de literatura, religião e direito" (Wikipédia). Existe todo um conjunto de conhecimentos relacionados a como se deve interpretar um texto. A hermenêutica bíblica possui algumas regras:
Regra Fundamental (Primeira Regra):  Scriptura sacra sui ipsius interpres, isto é, a Escritura Sagrada é a sua própria intérprete. Muitas vezes o próprio texto bíblico explica o seu sentido. 
Segunda Regra: É necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Terceira Regra: É necessário tomar a frase no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que precedem e seguem ao texto que se estuda.
Quarta Regra: É preciso tomar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
Quinta Regra: É necessário consultar as passagens paralelas. Para conseguir a ideia completa e exata do que ensina a Escritura neste ou naquele texto determinado, talvez obscuro ou discutível, consultam-se não só as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens aclaratórios que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de idéias.
Ás vezes, quando para a aclaração e correta interpretação de determinadas passagens que não são suficientes os paralelos de palavras e idéias, é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.
É importante também estudar as figuras de linguagem ou de retórica (que aliás é tema obrigatório no ensino médio no Brasil), para entender quando os textos não são ditos literalmente. Isto é considerar a gramática na interpretação. Além disso, outro fator importante é o cenário histórico, ou seja, os eventos da narrativa, a quem é dirigida e como foi compreendida na época.

Voltando ao exemplo da Lei de Talião, se desconsiderarmos o contexto histórico da situação e olharmos para ela a partir dos dias de hoje, quando temos declarações de direitos humanos, etc.,  não vamos ver sentido naquelas palavras, e vamos supor que a Bíblia recomenda um padrão retrógrado de moralidade. Mas se olharmos esta passagem no sentido histórico e entendermos como alguém daquela época via este texto, perceberemos que ele se constituía em um grande avanço para a época. Deus estava ensinando a justiça para o seu povo, que estava acostumado a ser tratado injustamente por 400 anos, sendo escravizado no Egito, e desconheciam princípios básicos de justiça. A Lei de Moisés também continha o amor como um princípio complementar à justiça: "Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor." (Levítico 19.18). Jesus veio e mostrou que na verdade o amor é superior à justiça, ou seja, completou o ensinamento de Moisés, revelou mais uma parte da verdade, fez mais um avanço para os dias da época, e de fato os padrões morais de Jesus são um avanço até para os dias de hoje, tendo em vista os ensinamentos como "amem os vossos inimigos e (...) orem por aqueles que vos perseguem" (Mateus 5.43).

Para complementar nossa visão, vamos falar um pouco mais de "amor". A frase bíblica "Deus é amor" (1 João 4.8) é muito conhecida. Aqui poderia se cometer o erro de pensar que Deus é "puro amor", que não existe nada mais em Deus além de amor romântico. Aliás há confusão até no conceito de amor aqui. O texto original em grego, usa a palavra agape, que é a tendência em se sacrificar para o benefício de outra pessoa, como os pais fazem com os filhos; não é o amor romântico ou sentimental. Além disso, o contexto mostra que João estava escrevendo uma carta para as igrejas cristãs do primeiro século d.C., e o assunto deste capítulo não era um "tratado sobre o amor de Deus", mas sim uma advertência contra os falsos ensinos que se proliferavam naquela época (v. 1), ressaltando que o amor (agape) era a marca do cristão verdadeiro (v. 7). Ampliando mais a nossa visão para abranger toda a Bíblia, descobriremos que o amor não é a única parte da essência de Deus, mas também há a santidade, justiça, fidelidade, graça, misericórdia, bondade, onipotência, onipresença, onisciência, etc. Uma vez que Deus é Santo, ele não tolera a corrupção e a maldade. Não se pode amar a verdade sem odiar a mentira; não se pode amar a pureza sem odiar a corrupção. Deus também odeia (Salmo 11:5).

As supostas contradições

Façamos um breve estudo de caso, quanto às desonestidades intelectuais proferidas por neo-ateus em desconsiderar o contexto bíblico. Um exemplo comum é o da apologia da Bíblia à escravidão. Veja a imagem abaixo:


Uma citação descontextualizada do apóstolo Paulo serve para afirmar que ele apoiava a escravidão, ou pior, afirmar que a Bíblia apoia a escravidão? Vamos lembrar dos elevados padrões morais bíblicos: o próprio Paulo disse uma vez que "nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3.28). Acho que vocês não tem noção do quanto esta frase é impactante para os padrões da época. Num contexto onde a exploração das mulheres e a escravidão eram regra, esta pérola moral surge dos ensinamentos de Paulo: todos são iguais perante Deus, o homem não é maior que a mulher, o senhor não é maior que o escravo. Ninguém na história havia dito isto antes, e de fato, este princípio moral é tão a frente de seu tempo que só foi absorvido pela cultura geral ocidental muitos séculos mais tarde com as declarações de direitos humanos. É isto que os textos paralelos nos esclarecem.

Olhando o contexto histórico, vemos que a escravidão praticada naquela época era em muito diferente da que estamos acostumados a pensar, da imagem a qual o cartaz nos remete enganosamente. Para isso basta ler um pouco de História. Além disso, a escravidão era uma realidade social existente há milhares de anos, que não poderia simplesmente ser mudada de uma hora para a outra, pois acarretaria em danos econômicos irreversíveis ao Império Romano, dentre outras coisas.  Por isso a solução pragmática de Paulo para aquele momento era procurar meios de tornar essa mesma realidade menos penosa para os escravos. Por isso recomendou um tratamento mais humano para os escravos e para que os mesmos fossem obedientes e comportados, evitando razões para serem castigados. O resultado histórico é que o padrão moral cristão aos poucos mudou esta realidade no Império Romano, fazendo com que muitos anos depois a escravidão fosse abolida naquela cultura. (Para saber mais sobre a Bíblia e a Escravidão, leia aqui no blog: A Bíblia e a Escravidão e Refutação # 13 - godisimaginary.com).

Por mais assustador que possa, parecer, existem sites neo-ateus especializados em cometer este tipo de falácia. O conhecidíssimo Why Won't God Heal Amputees? (Por que Deus não cura amputados?) é um belo exemplo disso, e o seu primo God is imaginary consegue ser ainda pior. Para quem não sabe, eu escrevi uma refutação completa deste último site, que você encontra aqui no blog: 50 "provas" que Deus é imaginário REFUTADAS.

Epílogo

Boa parte do conteúdo da Bíblia contém verdades de caráter espiritual, isto é, que visam atingir o nosso espírito, para aplicarmos em nosso relacionamento com Deus. Por isso a Bíblia deixa claro que é necessária a iluminação dada pelo Espírito Santo para a compreensão destas verdades no texto (1 Coríntios 2.10-16). Por isso o cristão acredita que não só a hermenêutica deve ser respeitada, mas também o relacionamento com Deus é importante para poder entender e aplicar as palavras espirituais como lições de vida. A atitude do cristão ao ler a Bíblia é a mesma que a oração do salmista: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei" (Salmo 119:18).


Referências para estudo:

E. LUND - Hermenêutica: regras de interpretação bíblica. Disponível em:

Hermenêutica.com: princípios, estudos, mensagens e ilustrações

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Filósofo Luiz Felipe Pondé explica por que deixou de ser ateu


A revista Veja de 13/7 publicou entrevista interessante com o filósofo Luiz Felipe Pondé, de 52 anos. Responsável por uma coluna semanal na Folha de S. Paulo e autor de livros, Pondé costuma criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Professor da Faap e da PUC, em São Paulo, o filósofo também é estudioso de teologia e considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Pondé diz que “a esquerda é menos completa como ferramenta cultural para produzir uma visão de si mesma. A espiritualidade de esquerda é rasa. Aloca toda a responsabilidade do mal fora de você: o mal está na classe social, no capital, no estado, na elite. Isso infantiliza o ser humano. Ninguém sai de um jantar inteligente para se olhar no espelho e ver um demônio. Não: todos se veem como heróis que estão salvando o mundo por andar de bicicleta”. Sobre sexo, ele diz: “Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido da quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins, porque as pessoas são complicadas.”

Leia aqui mais alguns trechos da entrevista:

Por que a política não pode ser redentora?

O cristianismo, que é uma religião hegemônica no Ocidente, fala do pecador, de sua busca e de seu conflito interior. É uma espiritualidade riquíssima, pouco conhecida por causa do estrago feito pelo secularismo extremado. Ao lado de sua vocação repressora institucional, o cristianismo reconhece que o homem é fraco, é frágil. As redenções políticas não têm isso. Esse é um aspecto do pensamento de esquerda que eu acho brega. Essa visão do homem sem responsabilidade moral. O mal está sempre na classe social, na relação econômica, na opressão do poder. Na visão medieval, é a graça de Deus que redime o mundo. É um conceito complexo e fugidio. Não se sabe se alguém é capaz de ganhar a graça por seus próprios méritos, ou se é Deus na sua perfeição que concede a graça. Em qualquer hipótese, a graça não depende de um movimento positivo de um grupo. Na redenção política, é sempre o coletivo, o grupo, que assume o papel de redentor. O grupo, como a história do século 20 nos mostrou, é sempre opressivo.

Em que o cristianismo é superior ao pensamento de esquerda?

Pegue a ideia de santidade. Ninguém, em nenhuma teologia da tradição cristã – nem da judaica ou islâmica –, pode dizer-se santo. Nunca. Isso na verdade vem desde Aristóteles: ninguém pode enunciar a própria virtude. A virtude de um homem é anunciada pelos outros homens. Na tradição católica – o protestantismo não tem santos –, o santo é sempre alguém que, o tempo todo, reconhece o mal em si mesmo. O clero da esquerda, ao contrário, é movido por um sentimento de pureza. Considera sempre o outro como o porco capitalista, o burguês. Ele próprio não. Ele está salvo, porque reclica lixo, porque vota no PT, ou em algum partido que se acha mais puro ainda, como o PSOL, até porque o PT já está meio melado. Não há contradição interior na moral esquerdista. As pessoas se autointitulam santas e ficam indignadas com o mal do outro.

Quando o cristianismo cruza o pensamento de esquerda, como no caso da Teologia da Libertação, a humildade se perde?

Sim. Eu vejo isso empiricamente em colegas da Teologia da Libertação. Eles se acham puros. Tecnicamente, a Teologia da Libertação é, por um lado, uma fiel herdeira da tradição cristã. Ela vem da crítica social que está nos profetas de Israel, no Antigo Testamento. Esses profetas falam mal do rei, mas em idealizar o povo. O cristianismo é descendente principalmente desse viés do judaísmo.

Também o cristianismo nasceu questionando a estrutura social. Até aqui, isso não me parece um erro teológico. Só que a Teologia da Libertação toma como ferramenta o marxismo, e isso sim é um erro. Um cristão que recorre a Marx, ou a Nietzsche – a quem admiro –, é como uma criança que entra na jaula do leão e faz bilu-bilu na cara dele. É natural que a Teologia da Libertação, no Brasil, tenha evoluído para Leonardo Boff, que já não tem nada de cristão. Boff evoluiu para um certo paganismo Nova Era – e já nem é marxista tampouco. A Teologia da Libertação é ruim de marketing. É como já se disse: enquanto a Teologia da Libertação fez a opção pelo pobre, o pobre fez a opção pelo pentecostalismo.

O senhor acredita em Deus?

Sim. Mas já fui ateu por muito tempo. Quando digo que acredito em Deus, é porque acho essa uma das hipóteses mais elegantes em relação, por exemplo, à origem do universo. Não é que eu rejeite o acaso ou a violência implícitos no darwinismo – pelo contrário. Mas considero que o conceito de Deus na tradição ocidental é, em termos filosóficos, muito sofisticado. Lembro-me sempre de algo que o escritor inglês Chesterton dizia: não há problema em não acreditar em Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar em qualquer outra bobagem, seja na história, na ciência ou sem si mesmo, que é a coisa mais brega de todas. Só alguém muito alienado pode acreditar em si mesmo. Minha posição teológica não é óbvia e confunde muito as pessoas. Opero no debate público assumindo os riscos do niilista. Quase nunca lanço a hipótese de Deus no debate moral, filosófico ou político. Do ponto de vista político, a importância que vejo na religião é outra. Para mim, ela é uma fonte de hábitos morais, e historicamente oferece resistência à tendência do Estado moderno de querer fazer a cura das almas, como se dizia na Idade Média – querer se meter na vida moral das pessoas.

Por que o senhor deixou de ser ateu?

Comecei a achar o ateísmo aborrecido, do ponto de vista filosófico. A hipótese de Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. Sou basicamente pessimista, cético, descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.

Fonte: CACP

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Seis objeções ao cristianismo e suas respostas


Primeira objeção: Se os caminhos, a mente e a natureza de Deus são infinitamente superiores aos nossos, como podemos ter a esperança de compreendê-los?
Resposta: Podemos compreender o que Ele nos revelou. Do contrário, Deus seria um péssimo professor. Um bom mestre sabe comunicar-se de maneira eficiente, transmitindo verdades profundas ao nível apropriado de compreensão de seus discípulos. Obviamente, não podemos entender completamente a verdade divina. Conhe­cemos Deus pela revelação, mas não o compreendemos. Podemos percebê-lo, mas não envolvê-lo ou defini-lo com nossa razão.

Segunda objeção: Não é um ato de humildade desmerecer o poder da razão humana?
Resposta: A razão foi criada e desenvolvida por Deus. É parte da imagem dele em nós. É obra do Senhor, e não nossa. (Por acaso fomos nós que criamos a alma humana?) Não damos louvor a um artista desmerecendo sua obra.

Devemos distinguir a razão de jure [de direito] da razão de facto e estar cientes dos grandes limites desta última. A humil­dade apropriada é considerarmos o nosso uso das dádivas divinas (incluindo a razão), e não considerar essas dádivas em si mesmas. Por exemplo, se nossa mãe confeccionasse um belo suéter de lã, e alguém nos visse usando-o e dissesse: “Este suéter é muito bonito!”, não estaríamos sendo humildes por responder: “Não, na verdade não é nem um pouco bonito”.

Terceira objeção: Entretanto, você está defendendo muito a razão hu­mana, mesmo de facto, com a sua utilidade na prática. Não é uma atitude orgulhosa achar que a razão humana possa saber tanto a respeito de Deus?
Resposta: É mais arrogante afirmar que sabemos tanto a respeito dos limites da razão do que dizer que somos capa­zes de estabelecer esses limites de antemão. Se sabemos tão pouco, como é possível determinar o pouco que sabemos? É uma atitude mais orgulhosa utilizar a razão para limitar a própria razão do que apenas fazer uso dela. E também é contraditório, porque “para podermos estabelecer um limite para o pensamento, primeiro precisamos avaliar os extremos desse limite” (Wittgenstein).

Quarta objeção: E o que dizer de todos os descrentes intelectualmente brilhantes? E de crentes como Justino, o mártir? Se o cristianismo é tão racional e razoável, porque Celso, Plotino, Hobbes, Maquiavel, Voltaire, Rousseau, Goethe, Melville, Jefferson, Shaw, Russel, Franklin, Sartre, Camus, Nietzsche, Marx, Freud e Skinner o rejeitaram?
Resposta A: O cristianismo é razoável, mas não é óbvio. Assemelha-se mais à ideia de E=mc2 do que a de 2+2 = 4.

Resposta B: Se o cristianismo é tão irracional, por que tantas mentes brilhantes o acolheram? A lista de descrentes mencionados anteriormente é facilmente subjugada por nomes como Paulo, João, Agostinho, Aquino, Anselmo, Bonaventura, Scotus, Lutero, Calvino, Descartes, Pascal, Leibniz, Berkeley, Galileu, Copérni- co, Kepler, Newtow, Newman, Lincoln, Pasteur, Kierkegaard, Shakespeare, Dante, Chesterton, Lewis, Solzhenitsyn, Tolstoy, Dostoiévski, Tolkien, da Vinci, Michelangelo, T.S. Eliot, Dickens, Milton, Spenser e Bach; isso sem mencionar um certo Jesus de Nazaré.

Resposta C: Mentes brilhantes geralmente rejeitam o cristia­nismo, porque não querem que ele seja verdade, porque acham que não está mais “na moda”, ou porque ele exige de nós obediência, arrependimento e humildade.

Quinta objeção: Entretanto, as razões dos cristãos não são na verdade racionalizações? Tomás de Aquino não chegou ao conceito da existência de Deus raciocinando a partir de suas cinco provas; ele aprendeu isso com sua mãe. Então, quando adulto, procurou razões para confirmar a fé que já havia aceitado por razões não lógicas. Isso não é raciocínio, mas racionalização.
Resposta A: Mesmo que Aquino tivesse feito isso, tal atitude não invalidaria suas provas. Um motivo subjetivo irracional não implica necessariamente um argumento objetivo irracional. Suponhamos que Einstein houvesse descoberto que E=mc2, por ser um nazista que queria inventar a bomba atômica para derrotar os aliados e conquistar o mundo para Hitler. Esse motivo maligno não significaria que E não é igual a mc2. Essa objeção comete a “falácia genética” de confundir a origem psicológica de uma ideia com sua validade lógica.

Resposta B: Procurar motivos para a fé é uma atitude perfeitamente sincera, desde que estejamos dispostos a encontrar razões contra ela, como Aquino certamente estava. As objeções contra as muitas doutrinas que ele defende na Suma são várias, estão declaradas e foram respon­didas de maneira objetiva.

Resposta C: Embora Aquino primeiro tenha aprendido a respeito de Deus pela fé, o mesmo não se deu com Aristóteles. Este não sabia nada a respeito das Escrituras, mas muito a respeito de Deus. A história prova que a razão humana, sem ser auxiliada pela fé na revelação divina, pode chegar a conhecer a existência de alguns dos atributos de Deus — por exemplo, que Ele é uno, eterno, perfeito, inteligente e também a “Causa primeira” (não causada). Aristóteles fez exatamente isso. O raciocínio dele não foi uma racionalização, porque ele não tinha fé sobre a qual racionalizar (exceto a fé na própria razão).

A revelação nos leva a um passeio tranquilo até o topo da mon­tanha da verdade em um helicóptero fornecido por Deus. A razão se esforça tendo de subir a pé pelo caminho lento e difícil, mas não con­segue alcançar tão alto. Nenhum dos dois métodos [a fé e a razão] tira a validade um do outro. Entretanto, bilhões de pessoas podem atingir o topo da montanha no helicóptero [pela fé], enquanto alguns poucos “Aristóteles” conseguem subir poucos metros a pé [pela razão].

Sexta objeção: A razão retiraria o mérito da fé? Se cremos em algo apenas porque o vemos, seja com os olhos ou com a mente, isso não seria digno de louvor; entretanto, o ato de confiar num amigo seria digno de louvor. Se provar aquilo em que cremos retirasse nosso mérito ou a dignidade de acreditar, isso não seria vantajoso.
Resposta A: Como normalmente devemos crescer e descobrir as coisas por nós mesmos, compreender e provar nossa fé é um ato digno de louvor. Nossos pais não querem que permaneçamos como crianças que não os compreendem e que só podem confiar neles. (Tampouco desejam que deixemos de confiar neles.)

A atitude digna de louvor é obedecer à vontade de Deus em todas as coisas, inclusive Sua vontade de que cresçamos e desenvolvamo-nos.

Resposta B: A razão não é uma virtude melhor do que a fé, mas é um conhecimento mais perfeito. A fé nos permite um conhecimento de segunda categoria por meio de uma autoridade. No céu, não haverá necessidade para fé. Poderemos ver e compreender as coisas por nós mesmos. Se pudermos fazer o mesmo nesta terra, isso constituirá pro­gresso, porque o céu é o padrão máximo do verdadeiro progresso.

Acrescentar a razão à fé é um progresso, mas exigir a razão antes da fé não é. Se eu exijo uma prova antes de confiar em alguém significa que confio menos na pessoa. Entretanto, desejar compre­ender racionalmente o indivíduo em quem confio não enfraquece a confiança que tenho nele.

Resposta C: Por fim, precisamos da fé mesmo depois de conhecer­mos a verdade pela razão para anular dúvidas irracionais. Razão efé não são rivais, mas aliadas contra dúvidas irracionais, paixões, preconceitos, doutrinas tendenciosas, temores, loucuras, fantasias e falácias.

Fonte: Manual de Defesa da Fé: Apologética Cristã, de Peter Kreeft e Ronald K. Tacelli (livro recomendado!)

(Copiado de Logos Apologética)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Os seis tipos de ateus


De quantas maneiras existem para acreditar em Deus?

Pelo menos seis, de acordo com um novo estudo.

Dois pesquisadores da Universidade do Tennessee, em Chattanooga descobriram que ateus e agnósticos podem ser de ativistas anti-religiosos até a apenas não-crentes que ainda sim observam algumas tradições religiosas.

"A principal constatação é que a descrença é uma comunidade ontologicamente diversa", escreve o doutorando Christopher Silver e o estudante de graduação Thomas Coleman.

"Essas categorias são a primeira tentativa para isso," Silver disse ao site Raw Story. "Em 30 anos, podemos estar  olhando para uma tipologia de 32 tipos." Silver e Coleman derivaram seus seis tipos de crentes de 59 entrevistas:

1) Ateu / agnóstico intelectual: Este tipo de descrente busca informações e estímulo intelectual sobre o ateísmo. Eles gostam de debater e discutir, especialmente em sites populares da Internet. Eles também são bem versados ​​em livros e artigos sobre religião e ateísmo, e propensos a citar estas obras com freqüência.

2) Ativista : Esses tipos de ateus e agnósticos não se contentam com apenas descrer em Deus, pois eles querem dizer aos outros porque eles rejeitam a religião e por que a sociedade seria melhor se todos nós fizéssemos o mesmo. Eles tendem a se pronunciar sobre causas políticas, como os direitos dos homossexuais, o feminismo, o meio ambiente e o cuidado dos animais.

3) Agnóstico "investigador" (seeker): Este grupo é formado por pessoas que não têm certeza sobre a existência de um Deus, mas mantêm uma mente aberta e reconhecem os limites do conhecimento e da experiência humana. Silver e Coleman descrevem este grupo como pessoas que questionam regularmente as suas próprias crenças e "não têm uma posição ideológica firme". Isso não significa que esse grupo é confuso, dizem os pesquisadores. Eles só abraçam a incerteza.

4) Anti-teísta: Este grupo fala regularmente contra a religião e as crenças religiosas, em geral, posicionando-se como "diametralmente opostos à ideologia religiosa," Silver e Coleman escreveram. "Anti-teístas veem a religião como ignorância e veem qualquer pessoa ou instituição associada a ela como retrógrada e socialmente prejudicial", escreveram os pesquisadores. "O Anti-teísta tem uma clara e - em sua opinião, superior - compreensão das limitações e perigos das religiões ." Anti-teístas são francos, dedicados e - às vezes - confrontadores sobre a sua descrença. Eles acreditam que "falácias óbvias da religião e de crença devem ser agressivamente abordados de uma forma ou de outra."

5) Não-teísta: O menor grupo entre os seis são os não-teístas, as pessoas que não se envolvem com qualquer religião ou anti-religião. Em muitos casos, isto aparece como apatia ou desinteresse. "O não-teísta simplesmente não relaciona a si mesmo com a religião," Silver e Coleman escreveu. "A religião não desempenha nenhum papel ou problema na consciência ou visão de mundo da pessoa, nem ele tem preocupação alguma sobre o movimento ateu ou agnóstico." Eles continuam: "Eles simplesmente não acreditam, e no mesmo direito, a sua ausência de fé significa a ausência de qualquer religião, de qualquer forma em seu espaço mental."

6) Ateu ritualístico: Eles não acreditam em Deus, eles não se associam com a religião, e eles tendem a acreditar que não existe vida após a morte, mas o sexto tipo de descrente ainda acha útil os ensinamentos de algumas tradições religiosas. "Eles vêem estas coisas mais ou menos como ensinamentos filosóficos de como viver a vida e alcançar a felicidade do que um caminho para a libertação transcendental," Silver e Coleman escreveram. "Por exemplo, esses indivíduos podem participar em rituais específicos, cerimônias, oportunidades musicais, meditação, aulas de yoga ou feriados tradicionais." Para muitos desses descrentes, a sua adesão ao ritual pode decorrer de tradições familiares. Para outros, é uma relação pessoal, ou o respeito, o "profundo simbolismo" inerente em rituais religiosos, crenças e cerimônias, de acordo com os pesquisadores.

Por Dan Merica, CNN
Traduzido por David Sousa / Google

sábado, 29 de junho de 2013

Como um cientista pode crer em Deus? A resposta de Richard Feynman

Richard Feynman

Filho de judeus devotos, o físico norte-americano Richard Feynman era ateu. Mas nem por isso defendia uma incompatibilidade entre ciência e religião, ou achava irracional que um cientista tivesse fé religiosa. Na semana que vem, uma palestra que Feynman deu no California Institute of Technology (Caltech) faz 57 anos. Em “The relation of science and religion”, o físico se pergunta como um cientista pode acreditar em Deus, e explica em que bases isso é possível.

Para defender essa possibilidade, Feynman parte de uma história familiar: a do jovem que, criado em uma família religiosa, começa a estudar ciência e passa a duvidar. E por que isso acontece?, pergunta-se o físico. Ele descarta duas hipóteses iniciais para afirmar que “Uma terceira resposta que poderíamos ter é que esse jovem realmente não entende a ciência corretamente. Não creio que a ciência possa desmentir a existência de Deus. Acho que isso é impossível. E, se é impossível, a crença na ciência e em Deus – um Deus comum, das religiões – não seria uma possibilidade consistente? Sim, é consistente. Apesar de eu ter dito que mais da metade dos cientistas não crê em Deus, muitos outros cientistas creem tanto na ciência quanto em Deus de uma forma perfeitamente consistente. Mas essa consistência, embora possível, não é fácil de alcançar, e eu gostaria de tentar discutir dois pontos: por que não é fácil, e se vale a pena tentar alcançá-la”. O que chama a atenção nesse trecho é que Feynman discorda da noção de que a ciência conduz inevitavelmente ao ateísmo.

A chave que abre espaço para a crença em Deus, explicará Feynman, é a incerteza. Ela é fundamental para a ciência, e é o que impulsiona a pesquisa científica. “Para progredir no conhecimento precisamos permanecer humildes e admitir que não sabemos. Nada está certo ou comprovado para além de qualquer dúvida. Você pesquisa por curiosidade, porque é desconhecido, não porque você já sabe a resposta.” Feynman defende que tenhamos isso em mente não apenas na ciência, mas em diversos outros aspectos da vida.

Como isso se aplica à crença em Deus? Feynman retorna ao caso do jovem cientista e afirma que, quando se incorpora a mentalidade da incerteza, a pergunta muda de “Deus existe” para “Quão certo é que exista um Deus?” Falando dos cientistas que têm fé, Feynman afirma: “Se eles são coerentes com sua ciência, acho que eles dizem a si mesmos algo como ‘Estou quase certo de que existe um Deus. A dúvida é mínima’. Isso é bem diferente de dizer ‘Eu sei que Deus existe’. Eu não acredito que um cientista seja capaz de chegar a esse ponto – essa compreensão realmente religiosa, esse conhecimento real de que existe um Deus –, a essa certeza absoluta que as pessoas religiosas têm”.


(A palestra original pode ser lida aqui: http://calteches.library.caltech.edu/49/2/Religion.htm )

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Nova política de comentários


Olá, leitores.

Devido a alguns problemas recentes com os comentários no blog, me senti obrigado a mudar um pouco as regras por aqui. Eu estava recebendo alguns comentários com spam e links com vírus, por isso resolvi adicionar uma verificação de palavras (CAPTCHA) para evitar coisas deste tipo.

Eu sempre fui a favor dos comentários anônimos, mas ultimamente eles estão em maioria por aqui no blog, algumas pessoas simplesmente postam qualquer coisa sem pensar no que estão dizendo e isso é ruim. Por isso acho que a necessidade de registro para comentar (utilizando OpenID ou conta do Google) vai amenizar esse problema.

Peço desculpas aos comentaristas sérios e assíduos que usavam a ferramenta anônima, mas estou fazendo de tudo para melhorar o sistema aqui.

Abraços, Paz de Cristo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Em Defesa de Cristo, por Lee Strobel [Livro e Filme]


O jornalista Lee Strobel, que considerava-se ateu, investigou as evidências de Jesus a partir de fatos que pudessem provar a veracidade do cristianismo, ou desmascará-lo. Preparado para saber o que ele descobriu e o que as provas indicam? Então acompanhe ao documentário no vídeo abaixo (que também está disponível em forma de livro).

O documentário resume a pesquisa de Lee sobre as seguintes abordagens:

1 - AS FONTES:
  • Pode-se confiar nas biografias de Jesus?
  • As biografias de Jesus resistem à investigação minuciosa?
  • As biografias de Jesus foram preservadas de modo confiável?
  • Existem evidências confiáveis a favor de Jesus além de suas biografias?
  • A arqueologia confirma ou contradiz as biografias de Jesus?

2 - JESUS
  • Jesus estava realmente convicto de que era o Filho de Deus?
  • Jesus estava louco quando afirmou ser o Filho de Deus?
  • Jesus apresentou os atributos de Deus?
  • Jesus — e só ele — enquadra-se no perfil do Messias?

3 - A RESSURREIÇÃO
  • A morte de Jesus foi uma fraude e sua ressurreição, um logro?
  • O corpo de Jesus realmente desapareceu do túmulo?
  • Jesus foi visto vivo depois de sua morte na cruz?
  • Existem fatos secundários que apontam para a ressurreição?

"Esta investigação acabou tomando mais de dois anos da minha vida. De certa forma foi a história mais estimulante que eu já pesquisei como jornalista" Lee Strobel


Abraços, Paz de Cristo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Questões que intelectuais perguntam acerca do cristianismo

Apesar da minha baixíssima produtividade no blog nos últimos meses, não estou totalmente parado. Trago um material que eu traduzi, escrito por Henry F. Schaefer III, um dos cientistas mais destacados da atualidade na área de química teórica (que é, coincidentemente, a área que desejo me especializar). Schaefer responde perguntas sobre ciência e religião de forma simples e objetiva (algo que eu geralmente não consigo fazer).

Abraços, Paz de Cristo.


Henry F. (Fritz) Schaefer é um dos cientistas mais destacados do mundo. A reportagem de capa do U.S. News and World Report de 23 de dezembro de 1991 especulou que o professor Schaefer foi "cinco vezes candidato para o Prêmio Nobel." Ele recebeu quatro dos mais prestigiados prémios da American Chemical Society, bem como o mais altamente prêmio estimado (a Centernary Medal) dado a um assunto não-britânico pela Royal Society of Chemistry de Londres. Ele é membro da Academia Americana de Artes e Ciências. Além disso, suas palestras de interesse geral sobre ciência e religião têm rebitado grandes audiências em quase todas as grandes universidades nos EUA e em Pequim, Berlim, Budapeste, Calcutá, Cidade do Cabo, Nova Deli, Hong Kong, Istambul, Londres, Paris, Praga, Sarajevo, Seul, Xangai, Cingapura, Sofia, de São Petersburgo, Sydney, Tóquio, Varsóvia, Zagreb e Zurique.

Por 18 anos, o Dr. Schaefer foi um membro do corpo docente da Universidade de Berkeley, na Califórnia, onde ele permanece Professor Emérito de Química. Desde 1987, o Dr. Schaefer foi Graham Perdue Professor of Chemistry e diretor do Centro de Química Computacional da Universidade da Geórgia.

1. É possível ser um cientista e um cristão?

Cientistas que eram cristãos:

Falecidos:
Francis Bacon
Johannes Kepler
Blaise Pascal
Isaac Newton
Michael Faraday
James Clerk Maxwell
William Henry Perkin
George Stokes
Lord Kelvin
J. J. Thomson
Charles Coulson

Vivos:
Norman March
Robert Griffiths
Richard Bube
Donald Página
Allan Sandage
David Cole
Francis Collins
John Polkinghorne
S. William Pelletier
Andrew Bocarsly
James Tour

2.E sobre Adolph Hitler? Ele não era um cristão?

"A maior golpe que já atingiu a humanidade foi a vinda do cristianismo. O bolchevismo é filho ilegítimo do cristianismo. Ambos são invenções dos judeus". -Adolph Hitler

3. Quem fez Deus?

Deus nunca precisou ser feito porque ele estava sempre lá. Deus existe de um modo diferente dos seres humanos. Nós existimos de uma forma derivada, finita e frágil, mas o Criador existe como eterno, auto-sustentável, e necessário, no sentido de que não há nenhuma possibilidade de ele deixar de existir. Em filosofia, muitos erros resultam de supor que as condições e os limites de nossa própria existência finita se aplicam a Deus.

4. Deus pode fazer uma pedra tão grande que ele não pode levantar?

Deus é onipotente. Mas a onipotência não significa que Deus pode fazer literalmente tudo.
Como o Catecismo Menor diz, "Deus pode fazer toda a Sua vontade santa."
Deus não pode pecar ... Deus não pode mentir ... Deus não pode mudar sua natureza.
Deus não pode negar as demandas de Seu caráter santo.
Deus não pode fazer um círculo quadrado, já que a noção de um círculo quadrado é auto-contraditória.
Deus não pode deixar de ser Deus. Mas tudo o que Deus quer e promete, Ele pode e vai fazer.

5. A subjetividade inerente da moralidade prova que Deus não existe?

A. As pessoas costumam dizer que "a moralidade é subjetiva" ou que é "relativa". Mas quando julgam o comportamento humano, o fazem como realistas morais. A maioria dos ateus são tão convencido como cristãos de que Adolf Hitler era uma pessoa má.

B. As pessoas resistem ao realismo moral porque elas acham que isso leva à "intolerância". Ao fazê-lo elas cometem dois erros fundamentais. Primeiro, elas não conseguem perceber que a tolerância é um valor em si e que elas estão simplesmente fazendo este valor reger todos os outros. Esta é uma forma de realismo moral. Segundo, eles não conseguem entender que a tolerância e o realismo moral podem coincidir.

C. As pessoas discordam sobre como implementar valores, mas no resumo, eles não discordam sobre a verdade de nenhum valor.
1. Ninguém diz que a "justiça" ou "equidade" ou "bondade" ou "coragem" ou "caridade" não são valores virtuosos, em geral.
2. Desacordos morais são sempre sobre a implementação de valores, sobre a tentativa de integrá-los em nosso comportamento. Isso implica ter em conta as questões de conhecimento, bem como as questões de certo e errado.
D. Não há "novos valores", ou "valores diferentes". As pessoas às vezes acham que há novos valores, simplesmente porque a linguagem com a qual expressamos esses valores muda. Por exemplo, um termo de valor popular agora é "diversidade". Mas mesmo que você não encontre esta palavra exata na língua tradicional da moralidade, tal como aquela usada na linguagem do Novo Testamento, você encontrará o conceito (por exemplo, I Coríntios 12:14-31). Lá Paulo fala sobre os diferentes papéis desempenhados por diferentes (ou seja, diversas) partes do corpo de Cristo.

E. As pessoas são atraídas para o subjetivismo moral ou relativismo porque este as exonera da culpa. Mas o fato de que eles tanto desejam fortemente a perceber-se justo revela um compromisso com o realismo moral.

6. A descrição de Jesus no Novo Testamento é confiável?

"Os motivos para aceitar o Novo Testamento como confiável se comparam muito favoravelmente com os motivos pelos quais os estudiosos dos clássicos (gregos, romanos)  aceitam a autenticidade e a credibilidade de documentos antigos 'confiáveis'". -F. F. Bruce (1912 -), Erudito inglês destacado no campo dos clássicos, da Universidade de Manchester

Exemplo: "Guerras Gálicas" de Júlio César - nove ou dez manuscritos existentes. Os mais antigos datam de 850 d.C. (Nota do Tradutor : as guerras ocorreram em cerca de 58 a.C.).

No entanto, existem 4.000 manuscritos gregos do Novo Testamento, no todo ou em parte. Os melhores documentos completos remontam a 350 d.C., e algumas partes do Evangelho de João são datadas de 130 d.C.

"Para expressar ceticismo quanto o texto resultante dos livros do Novo Testamento ... deveria-se permitir toda a antiguidade clássica escorregar para a obscuridade, já que nenhum documento do período antigo é tão bem-atestado bibliograficamente como é o Novo Testamento". -John Warwick Montgomery

7. Como pode qualquer pessoa inteligente do século 20  acreditar que Jesus ressuscitou fisicamente dos mortos?

A) Se Jesus permaneceu morto, como você pode explicar o testemunho dos discípulos? Quarenta dias depois, ouvir suas vozes com gritos de emoção, "Nós vimos um homem andando morto!"

B) Se Jesus permaneceu morto, como você pode explicar a fidelidade dos discípulos ao testemunho da ressurreição, mesmo em face de suas próprias mortes? Dos 11 discípulos, apenas um morreu de velhice - João - e ele foi exilado na ilha de Patmos, um ilha de trabalhos escravos. Eles morreram como mártires com a verdade da ressurreição em seus lábios.

C) Se Jesus permaneceu morto, por que 500 pessoas dizem que o viram vivo (veja I Coríntios 15:6)?

D) Se Jesus permaneceu morto, como você pode explicar a credibilidade das testemunhas? No primeiro século, as pessoas interrogaram as testemunhas de primeira mão ... e suas histórias não foram provadas erradas.

E) Se Jesus permaneceu morto, como você pode explicar a incapacidade dos céticos do primeiro século em lidar com a ressurreição com uma explicação alternativa? Todo o poder de Roma e da instituição religiosa em Jerusalém foi orientado a parar a fé cristã. Tudo o que tinham a fazer era cavar a sepultura e apresentar o cadáver. Não o fizeram.

F) Se Jesus permaneceu morto, como você pode explicar a realidade da igreja cristã e seu crescimento fenomenal nos três primeiros séculos da era cristã? A Igreja de Cristo cobriu o mundo ocidental no quarto século. Um movimento religioso construído sobre uma mentira não poderia ter conseguido isso.

G) Se Jesus não ressuscitou dos mortos, os seus amigos mais próximos eram um grupo extraordinário compulsivo de mentirosos. Esta taxa não se encaixa bem com o calibre ético dos escritos dos discípulos de Jesus. Praticamente todas as religiões agora admitem que os escritos dos apóstolos representam um nível muito elevado de moralidade.

8. Quem é Jesus?

[As pessoas dizem que] " (...) eu estou pronto para aceitar Jesus como um grande professor de moral, mas não aceito sua pretensão de ser Deus." Isso é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que era somente um homem e disse o tipo de coisas que Jesus disse não seria um grande professor de moral. Ele seria ou um lunático, no mesmo nível que o homem que diz que é um ovo cozido ou então ele seria o diabo do inferno. Você deve fazer sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou é um louco ou algo pior. Você pode calá-lo por um tolo, pode cuspir nele e matá-lo como um demônio, ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não é permitido vir com algum disparate sobre ele ser um grande mestre humano. Ele não deixou isso em aberto para nós. Ele não tinha essa intenção. - Extraído de Cristianismo Puro e Simples, de C.S. Lewis (1898-1963), Professor de Inglês Medieval e Literatura Renascentista, da Universidade de Cambridge, Inglaterra

9. Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas?

Rabiscado no lado de um edifício vago em Berkeley, Califórnia:
"A maioria das pessoas querem servir a Deus ... geralmente, a título consultivo."
"Se a vida humana é, de fato comandada por um ser beneficente cujo conhecimento de nossas necessidades reais e da maneira em que eles poderiam ser satisfeitos ultrapassa infinitamente o nosso, devemos esperar que, a priori, que os seus atos, muitas vezes, vão nos parecer muito longe de serem benéficos ou sábios, e que será altamente prudente dar-lhe a nossa confiança, apesar disso." - C.S. Lewis: Palestra para o Oxford Socratic Club, 1955

"Um deus que pudéssemos compreender exaustivamente, e cuja revelação de si mesmo não nos confronte com nenhum mistério que seja, seria um deus à imagem do homem e, portanto, um deus imaginário." - J. I. Packer, teólogo

A arrogância humana tende a acreditar que, se tivesse sido responsável pela criação teríamos feito melhor. Com um pouco mais de cuidado nos detalhes, teria mantido a beleza do pôr do sol, mas eliminado germes, como estafilococos. Quanto mais entendemos os processos do mundo, no entanto, menos provável que parece que isso seria possível.

Como seres humanos finitos, não deveríamos afirmar conhecer a vontade de Deus exaustivamente. Mas é claro que Deus não tinha a intenção de criar uma enorme máquina cujo único objetivo é a eliminação do sofrimento humano. O sofrimento é uma parte muito importante do plano de Deus para a nossa breve estadia neste planeta.

Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Uma variante freqüentemente ouvida: "Deus teria muito mais amigos se ele tratasse melhor aqueles que Ele já tem."

Resposta: Se Deus resgatasse de todos os problemas aqueles que são fiéis a Jesus, os cristãos não precisariam de fé. Sua religião seria uma grande apólice de seguro, e haveria filas de pessoas egoístas prontas para se inscrever.

10. A distribuição geográfica desigual do cristianismo ao redor do globo prova que ele não deve ser uma verdade universal?

Não mais que a distribuição desigual do entendimento do cálculo ao redor do mundo mostra que o cálculo não é verdade.

11. E sobre outras religiões?

"Se você fosse até Buda e lhe perguntasse: 'Você é o filho de Bramah?' ele teria dito: 'Meu filho, você ainda está no véu da ilusão.' Se você fosse a Sócrates e perguntasse: 'Você é Zeus?' ele teria rido de você. Se você fosse até Maomé e perguntasse: "Você é Deus?" ele teria primeiro rasgado as suas roupas e depois cortado sua cabeça fora. Se você tivesse perguntado a Confúcio, "Você é o paraíso?" Eu acho que ele provavelmente teria respondido, "Comentários que não estão de acordo com a natureza são de mau gosto." A idéia de um grande professor de moral dizendo o que Cristo disse está fora de questão. Na minha opinião, a única pessoa que pode dizer que tipo de coisa é Deus ou um completo lunático sofrendo daquela forma de ilusão que solapa toda a mente do homem ... Ele (Jesus) nunca foi considerado como um simples professor moral. Ele não produziu esse efeito em qualquer das pessoas que realmente conheci. Ele produziu principalmente três efeitos: o ódio-terror-adoração. - A Mente Desperta: Uma antologia de C. S. Lewis

12. Será que Deus não aceita pessoas de outras religiões que são sinceras?

Todas as outras religiões são diametralmente opostas ao cristianismo sobre a questão mais crucial: "Quem é Jesus Cristo?" Eles negam que Jesus é Deus, que Ele ressuscitou depois de morrer na cruz, e que por causa de sua morte, podemos ter o perdão do pecado.

Ninguém questiona a sinceridade e intensidade da fé de, por exemplo, um monge budista. Mas a sinceridade ou a intensidade da fé não cria a verdade. A fé não é mais válida do que o objeto em que ele é colocado.

A pergunta deve ser: "O que é a verdade?" Leia os relatos originais e ver o que Jesus disse sobre si mesmo. Nem toda religião pode ser verdade. A maioria são mutuamente contraditórias. Ou se é verdadeira e as outras são falsas, ou eles são todos falsos. Ou Cristo é quem ele disse que Ele é ou não é. Se Ele não é, então ou Ele estava mentindo, ou ele estava sinceramente iludido, ou as histórias foram todas inventadas sobre ele.

Se Jesus é quem Ele disse que é, então o Cristianismo é verdadeiro e Ele é o único caminho para Deus.

13. A influência global do cristianismo não tem sido negativa?

Uma resposta equilibrada para esta velha questão foi dada por Kenneth Scott Latourette, Sterling Professor, Universidade de Yale:

"O cristianismo tem sido o meio de reduzir mais idiomas para escrever do que ter todos os outros fatores combinados. Ele criou mais escolas, mais teorias da educação, e sistemas mais do que qualquer outra força. Mais do que qualquer outro poder na história, ele impulsionou homens para lutar contra o sofrimento, se esse sofrimento vem de guerra, doenças ou desastres naturais. Ele construiu milhares de hospitais, inspirou o surgimento da enfermagem e profissões médicas, e promoveu o movimento para a saúde pública, ao combate e prevenção da fome. Apesar de explorações e conquistas, as quais eram, em parte, o seu desdobramento levou à escravização de africanos para as plantações das Américas, homens e mulheres cujas consciências foram despertadas pelo cristianismo e cuja vontade encorajou a trazer a abolição da escravatura (na Inglaterra e na América do Norte). Homens e mulheres movidos e sustentados de forma similar escreveram leis das provisões de Espanha e Portugal para aliviar a cruel exploração dos índios do Novo Mundo.

Guerras têm sido muitas vezes travadas em nome do cristianismo. Elas atingiram suas dimensões mais colossais através de armas e organização em larga escala iniciado em cristandade (nominal) . No entanto, de nenhuma outra fonte vêm tantos e tão fortes movimentos para eliminar ou regular a guerra e para aliviar o sofrimento causado pela guerra. De seus primeiros séculos, a fé cristã tem causado muitos de seus adeptos a estarem apreensivos com guerra. Isso levou as minorias a se recusarem a ter qualquer parte nela. Ele tem impulsionado outros a procurar limitar guerra por definir o que, em sua opinião, do ponto de vista cristão é uma "guerra justa". Na Idade Média da Europa isso deu origem a 'Trégua de Deus' e da 'paz de Deus'. Em uma época mais tarde, foi o principal impulso para a formulação do direito internacional. Mas, por isso, a Liga das Nações e as Nações Unidas não teria sido. Pelo seu nome e símbolo, a organização mais extensa já criado para o alívio do sofrimento causado pela guerra, a Cruz Vermelha, testemunha a sua origem cristã. A lista poderia continuar indefinidamente. Ela inclui muitos outros projetos humanitários e movimentos, ideais no governo, a reforma das prisões e do surgimento da criminologia, a grande arte e arquitetura e literatura em circulação.

14. Como pode um Deus amoroso mandar pessoas para o inferno?

A premissa está correta. Deus nos ama. Mas seu amor é forte, em vez de fraco e permissivo.

A questão deveria ser, na verdade, "Como pode um Deus santo deixar pessoas pecaminosas irem para o céu?" Você não pode simplesmente acampar no amor de Deus e esquecer Sua santidade.

Ninguém é digno o suficiente para entrar no céu. Mas por causa do Seu amor, Deus quer que sejamos com ele. Assim, a morte de Jesus na cruz, onde Ele pagou a pena por tudo o que fizemos de errado, foi a maneira de Deus de satisfazer a Sua santidade e demonstrar seu amor.

Olhe para esse sacrifício: Deus fez todo o possível para manter as pessoas fora do inferno. O que você tem feito sobre essa disposição? Estaria você escolhendo o inferno, em vez do céu?

15. E as pessoas que nunca ouviram sequer o nome de Jesus?

Muitas pessoas têm pensado sobre essa questão, e poucos afirmam compreender a Deus exaustivamente. Se eu soubesse, eu seria Deus! Mas sabemos que a Bíblia diz que Deus julgará o mundo com justiça. Ele também diz que Deus fez a Sua presença conhecida a todas as pessoas através da natureza e através da nossa consciência, de modo que todos nós nos encontramos sem desculpa (Romanos 1:19,20).

O mundo pode ser dividido em dois grupos: os que já ouviram falar, e aqueles que ainda não tenha ouvido. Eu tenho confiança de que Deus vai cuidar de este último grupo. Mas dado que todo mundo por aqui já ouviu falar, você precisará tomar uma decisão sobre o que você vai fazer com Jesus Cristo.

16. Por que existem tantos hipócritas na igreja?

Sim, há pessoas na igreja que não vivem a vida que eles professam. Deus odeia tal pretensão tanto quanto você. Mas as empresas, clubes sociais e de outras religiões têm todos os seus hipócritas também.
Olhe para Cristo, e que Ele afirmava ser e não apenas para aqueles que seguir, ou professam seguir, ele. O cristianismo está em pé ou cai sobre a vida de Cristo, e não sobre o desempenho de seus seguidores. Qualquer coisa na vida que é genuína irá inspirar falsificações.

As reivindicações de Jesus Cristo são verdadeiro, e Ele não era um hipócrita. Você vai segui-Lo? Não perca a conhecer a Jesus por causa da falha de alguém.

17. Apenas uma boa vida moral não  levaria uma pessoa para o céu?

Viver uma vida boa não pode levar um homem ou uma mulher para o céu, porque o padrão de Deus para "suficientemente bom" é a perfeição. Se Ele permitisse qualquer coisa imperfeita no céu, o céu seria arruinado. Então, quem pode ir para o céu em seu próprio mérito? Ninguém, porque ninguém é perfeito.

Então, como qualquer um pode chegar lá? Nós não podemos viver uma vida sem pecado, nem podemos compensar nossas falhas. Mas Jesus fez tanto. Deus oferece um relacionamento com Ele na terra e na eternidade com Ele no céu. Tudo o que precisa fazer é confiar na morte de Jesus na cruz, como a pena por nossos pecados, pago na íntegra.

18. Muitos não-cristãos se ofendem com a "exclusividade" do Cristianismo. Alguma coisa pode ser dita em resposta?

A) O cristianismo é "universal" no sentido em que Jesus convida todas as pessoas em todos os lugares para receber o dom da vida eterna possível graças à morte na cruz.

B) Uma vez que muitos princípios básicos de diferentes religiões são contraditórias, alguém tem que estar errado.

C) Exclusividade parece inevitável. Quem quer embarcar em um avião comercial em que o piloto não é exclusivamente comprometido com um pouso seguro? "O pluralista não acreditaria exclusivamente que várias religiões fornecem caminhos aceitáveis ​​para Deus?" A exclusão da exclusividade também é exclusiva.

D) A singularidade do cristianismo não surge a partir da mente estreita de cristãos individuais, mas das afirmações extraordinárias de Jesus Cristo, atestadas por aqueles que foram testemunhas oculares da Sua vida, morte e ressurreição.


Conclusão:


Embora existam muitas outras perguntas que as pessoas inteligentes perguntam sobre Deus, essas são algumas das principais que podem se tornar barreiras intelectuais para aqueles que estão realmente buscando conhecer a verdade sobre Deus. Como você pode ver a partir das respostas que dei, eu não acredito que qualquer destas questões é suficiente para impedir uma pessoa razoável de buscar um relacionamento pessoal com Deus.

Na verdade, as respostas que encontrei para essas perguntas foram um fator importante em uma incrível descoberta que fiz durante meu quarto ano na faculdade na Universidade da Califórnia, Berkeley. Eu descobri que Deus ofereceu perdão para mim por toda a minha desobediência e rebelião contra ele. Descobri que Jesus Cristo pagou a pena para todas as minhas ações egocêntricas quando Ele sofreu e morreu na cruz e ressuscitou dos mortos. Quando eu confiei em Jesus como meu Salvador naquele ano, descobri que através de Jesus tinha sido perdoado de meus pecados. Eu também descobri que eu tinha recebido um relacionamento limpo com Deus, um propósito para viver, e a certeza de passar a eternidade com Deus quando eu morrer. Você consegue imaginar algo mais maravilhoso do que isso?

Esta descoberta fez uma diferença incrível na minha vida, e eu quero encorajá-lo a encontrar este relacionamento pessoal com Deus também. Se você vai reconhecer que você tem pecado contra Deus, e se você confiar em Jesus para salvá-lo do justo castigo de um Deus santo, você vai descobrir que Ele vai fazer de você uma nova pessoa, de dentro para fora. Convido você a fazer essa descoberta hoje.

Copyright © 2001 por Henry F. Schaefer III. Todos os direitos reservados. (Nota: O texto não está licenciado da mesma forma que o resto do blog).

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