Esse é com certeza um tema famoso, um dos principais usados pelos ateus contra a validade da existência de Deus. É o principal argumento do biólogo neoateu Richard Dawkins, que classifica o Deus do Antigo Testamento como "o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo".
O texto que postarei aqui (que não é de minha autoria) não pretende nem de longe ser a última palavra sobre o assunto. Entretanto, contém a discussão de pontos-chave que precisamos para uma discussão inicial do assunto.
Aproveitem a leitura,
Abraços, Paz de Cristo.
Um amigo enviou uma pergunta que leva em conta o tema da postagem. Citou uma passagem bíblica que diz e parte que ‘Deus enviaria seu povo para violar e matar mulheres, crianças, bem como matar adúlteros, quem não guardasse o sábado, etc.’ Pretendemos comentar algo sobre a passagem, ou as passagens citadas. Mas antes precisamos estabelecer alguns limites para uma compreensão mais exata de tais relatos.
A Bíblia foi escrita em uma época diferente da nossa. Estamos distanciados de maneira significativa do que se escreveu, e isso se torna em barreiras para compreendermos as razões e detalhes de certas palavras, atitudes e eventos. Fique bem claro, antes de prosseguir, que em todos esses casos é possível extrairmos lições implícitas de cunho doutrinal e moral. Mas nosso problema é com o ‘grosso desses relatos’.
Vejamos os distanciamentos: Estamos distanciados politicamente. A concepção de governo na época era bem diferente da nossa, e mesmo dentro das épocas bíblicas que abrange um período de mais de 1500, houve mudanças políticas. Desde seus primórdios quando um tipo de governo regional era quase que familiar e patriarcal, chegamos ao Império Greco-romano, sem precedentes na história. Também, religião e política era quase a mesma coisa. A crença em Deus, em deuses, em mitos e lendas, permeava a medicina, ciência e vida das pessoas, de uma maneira incomparavelmente superior a que conhecemos hoje, mesmo em países religiosos. Também emocionalmente. Uma coisa é ler algo, criticarmos quando não é em nós, em nossos parentes, e outra é viver aquilo que está relatado. Talvez teríamos atitudes piores do que aquelas que ali estão registradas. Muitas vezes os sentimentos não são apresentados. Na teologia também estamos bem distantes. As pessoas na Bíblia vivenciaram acontecimentos que é objeto de estudo para formulação de conclusões doutrinárias. Enquanto para os teólogos eram dados bíblicas para as pessoas eram lágrimas, suor, alegrias e tristezas. Também estamos historicamente e geograficamente afastados daquelas terras e acontecimentos. Os detalhes dos relatos bíblicos misturam-se com os locais e os momentos vividos pela pessoa ou nação. Por último e importantíssimo, a cultura. Esse aspecto faz com que qualquer caso que seja estranho na Bíblia, tenha uma explicação satisfatória dentro das perspectivas experimentadas. Impossível ‘criticar’ a Bíblia ou mesmo entendê-la amplamente, se o mínimo de consciência da diferença cultural não estiver presente na mente do leitor. O irmão Lucio, integrante do blog MCA, classifica o exposto acima de ‘distanciamento hermenêutico’.
Podemos prosseguir...? Ainda Não! Talvez pense: “Se temos tais dificuldades, por que ainda precisaríamos da Bíblia? É impossível entendê-la?” Creio que podemos responder.
1) Imagine que você vivesse na época, entenderia se Deus lhe dissesse: “Mande um e-mail e envie o pendrive com essas informações pedagógicas para os Brasileiros!” Nada seria assimilável, pois no passado é impossível investigar e codificar termos desconhecidos e locais inexistentes que surgiriam apenas no futuro. Nem precisamos ir tão longe se levarmos em conta que em muitos lugares hoje um celular ou computador são coisas de outro mundo! Mas quando a Bíblia diz: “Escreva uma carta, com esses estatutos e mandamentos para ensinar o povo de toda tribo.” Hoje, por mais alienado do passado que as pessoas vivem, é possível captar o mínimo dessa sentença, e possível entender os termos ali usados com um estudo simples.
2) Estamos diante de um livro que é sustentado como A Palavra de Deus. E assim sendo, temos um incomensurável conteúdo, que levou em conta os limites culturais de cada época, escreveu-se para eles naquele contexto, mas seus princípios, Leis e juízos são eternos, a medida que a Dispensação do Novo Testamento refinasse tais aplicações.
Para ilustrar o que foi dito acima veja: ‘Eu bebi água e tomei banho no rio Tietê.’ Talvez você dirá “que nojo!” Tudo bem, mas onde eu bebi a água do rio Tietê? Em sua nascente, ou mesmo antes de ser aquele pântano de poluição na região de São Paulo?
Vemos assim que a contextualização dos fatos podem fazer uma grande diferença.
O nosso amigo inquiridor apresentou o texto de Isaias 13.16, onde disse que ‘crianças seriam esmagadas e mulheres violadas’. Ele nos disse que Deus ‘ordenaria seus servos fazerem isso’. Primeiro, não foram os servos de Deus que ‘receberam a ordem’, embora no versículo 3 afirme dei “ordens aos meus consagrados”, o versículo 17 diz que são os Medos que fariam tal ataque sangrento. Ou seja, ‘meus consagrados’, nesse caso, são os guerreiros da Média que atacaria Babilônia. Essa profecia foi emitida quase 200 anos antes de isso acontecer! Que forte evidência da fonte divina dessa profecia!
Pois bem, sem esquivar-nos da questão, até porque em outras partes da Bíblia isso foi feito por servos de Deus a mando de Deus. Com exceção da violação das mulheres. Apresentamos as seguintes sugestões para entender essas passagens difíceis:
- Em todos os casos que Deus ordenou, não se tratou apenas de guerras mas de um julgamento divino contra aquele povo.
Justificando – Deus decidiu executar um julgamento severo neles usando a pena de morte por meio dessas guerras. Ilustrando: Imagine que daqui a 100 anos alguém vasculhasse os anais da história e descobrisse que nos EUA usava a cadeira elétrica que fritava, e quase que explodia criminosos, que passavam minutos a fio sentindo correntes elétricas contorcendo seus nervos e derretendo seus miolos e olhos!? Poderão assustar! Sim e assustarão... mas perceba, ainda que isso, mesmo hoje, é uma ‘atrocidade’, ninguém questionará o direito soberano de uma nação de condenar de maneira justa o crime.
Pois bem, ainda nessa questão, recebendo o crédito da semelhança – Deus é o Governo Soberano – Ele decidiu executar daquela maneira aqueles que Ele considerou criminosos.
- Os povos que foram alvos desses julgamentos de Deus tinham um histórico que lhes conferiram tal julgamento justo. As pessoas que estranham tais julgamentos de Deus, não se preocupam em perceber qual a postura de tais nações antes de serem executadas. Tal questão poderia lançar luz em muito daquilo que não se entende hoje.
- Existe um fator muito importante que as pessoas que não entendem a Bíblia desconsideram. O direito de Deus como de Soberano infalível de julgar as profundezas do coração! Vivemos numa época que isso foi despojado da mentalidade das pessoas. Mas caso não tivéssemos explicações sobre a natureza daquelas nações, ainda assim pensando que Deus é justo e bom, podemos inferir corretamente que tais julgamentos foram justos e bons, no mesmo sentido que Deus o é, embora nos escape a plenitude disso.
- Os pecados cometidos, todos eles, são cometidos contra Deus em ultima instância. E visto que é assim, o pecado contrai uma divida a altura do ofendido. Isso coloca o pecador em um delito gravíssimo cuja penalidade é incalculável.
- Por ultimo: ""...é irracional rejeitar uma religião simplesmente porque ela defende o uso da violência, quer seja ou não para o propósito de promover a religião. Alguém que diga que uma religião é errada porque promove violência pressupõe um padrão de étia pelo qual julga essa religião, e é sobre a veracidade desse padrão de ética que devemos argumentar em primeiro lugar. [...] Se uma determinada religião é verdadeira, e se permite ou ordena o uso da violência para um determinado propósito, então seu endosso à violência é aceitável" (Confrontações Pressuposicionalistas, p. 17). Essa é uma resposta filosófica e de pressuposto, não que exista alguma necessiadade disso.
Tudo bem, podemos conceber isso de homens malvados, pecadores, sejam ‘bons’ ou ruins, cuja ofensa foi lançada contra Deus, que é Soberano...
Mas e as crianças?
Honestamente precisamos reconhecer nossa limitação nesse assunto. O que podemos apresentar não são argumentos filosóficos, reflexões em torno de justiça e direito Soberano de Deus. Agora pedimos aos críticos que nos dê o direito de dar uma resposta com um raciocínio bíblico. Pois, somente assim é que encontramos a resposta.
Deus trata as crianças na perspectiva familiar. Existem exceções. Mas em última análise, quando Deus executava uma criança era em conexão com seus pais. E visto que sempre isso ficou claro, tanto na concepção humana bem como na perspectiva bíblica, os pais eram os responsáveis finais da morte de seus filhos. Ao mesmo tempo, quando os pais eram fieis a Deus, seus filhos menores, dependentes, recebiam os benefícios de tal obediência. Quando havia exceção, os filhos a seu tempo podiam responder por seus próprios atos, assim as punições não seguia o resto de sua vida.
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Adendo 24/06/2011
Artigo relacionado: Argumento Moral de William Craig para a existência de Deus.
Prezado.
ResponderExcluirDentro deste assunto, quero deixar o link abaixo para sua consideração.
Abraços.
http://arquivosdoreino.blogspot.com/2009/04/conquista-de-canaa-e-o-exterminio-dos.html
Obrigado, Herberti. Li o texto por alto, e parece bastante interessante. Com certeza contribuirá para o nosso conhecimento.
ResponderExcluirSe puder, faça o possível para divulgar o meu blog.
Abraços, Paz de Cristo.
David, essas questões são rela,mente difíceis de
ResponderExcluirresponder, e nem sempre as respostas são satisfatórias.
Mas os ateus somente usam isso para criar argumentos contra a religião, e não por
se importar com os mortos.
Quando milhares de pessoas morrem por causa
de uma bomba atômica (hiroshima e nagasaki),
nenhum ateu acua a ciência de ser má.
Há coisas que somente Deus nos dirá naquele dia.
Parabéns pelo blog.
Antonio Porto
onde está o texto Dawkins em que invalidade a existência de Deus com base em genocídios e atrocidades?
ResponderExcluirO que ele afirma, e que transcreveste, é, SE ELE EXISTIR, ser um deus de treta.
O que tu apresentas são desculpas esfarrapadas para quem não quer ver o que é óbvio. Há 2000 anos valia tudo.
Se tratar as mulheres abaixo de cão, matar, torturar, violar são acções que tu aprovas porque vieram de deus, então, deverias pensar um pouco mais sobre que valores morais são os teus.
A sociedade atual é tão melhor assim? Então por que não fala isso na cara de um mulçumano? que trata mulheres como mercadoria, explodem gente inocente e ninguém sequer reclama? Esse sangue está nas mãos desse teu grupo ridículo, que adora criticar culturas pacíficas, mas que se calam diante do perigo contradizendo tudo o que disse. Como aconteceu com aquele povo naquela época pode acontecer convosco. Espero profundamente que se esse desenrolar tomar o caminho que indica e os mulçumanos tomarem controle de tudo, vc esteja bem vivo para ver as pedras que irão te matar, fruto do teu próprio erro, de criticar gente sã e apaziguar os erros de assassinos que adorariam te ver morto.
ExcluirCaro Anônimo,
Excluirpor favor leia este outro texto do blog:
http://www.respostasaoateismo.com/2012/08/o-deus-do-islamismo-e-o-mesmo-deus-do.html
Deus te abençoe, Paz de Cristo.
Obrigado mais uma vez, A, Porto!
ResponderExcluirAbraços, Paz de Cristo.
nmhdias,
ResponderExcluirsegundo os ateus, todos os valores morais são relativos e dependem da sociedade, sendo fruto apenas de necessidades evolutivas. Então, segundo a própria perspectiva ateísta, o que é considerado certo hoje pode não ser amanhã... engraçado como os ateístas precisam contradizer sua forma de pensamento para poderem criticar a Bíblia, não é?
Acompanhe o blog, na sequência postarei alguns textos sobre moral.
Abraços, Paz de Cristo.
Não há nenhuma contradição. A diferença é que seu DEUS é onipotente. Então ele não poderia mudar as regras. Logo, vê-se que esse livro foi escrito pelo homens de acordo com a aquela sociedade , e que hoje chega a ser ridículo. Época não é desculpa. O que seria 2 mil anos para seu Deus? Continue a usar escravos e matar os outros cara. Vá lá, na fé!
ExcluirMas a Bíblia deixa muito claro que os mandamentos do Velho Testamento diziam respeito a aquele povo específico e a essência daqueles mandamentos tinha um significado específico, que deixou de ser necessário depois da vinda de Jesus à Terra. Para entender melhor, leia a continuação do artigo:
Excluirhttp://www.respostasaoateismo.com/2012/07/genocidios-e-atrocidades-na-biblia.html
Abraços, Paz de Cristo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNão sei se o mesmo conceito de moralidade que se aplcia a nós também se aplica a Deus... digo isso porque precisamos do conceito de moral, certo e errado porque somos imperfeitos, há uma lei moral que nos incita a fazer o certo (embora nossa vontade às vezes queira o contrário).
ResponderExcluirDeus, sendo perfeito, não precisaria de "deveres morais", já que todo ato seu seria por definição naturalmente bom. O que Deus faz é a própria definição de bom. Uma coisa que Deus não faria é sinônimo de mal.
Entretanto, deve-se tomar cuidado com a proposição acima: só porque Deus fez algo não quer dizer que possamos fazer também. Deus possui os atributos amor e justiça infinitos. Portanto, só Ele é capaz de matar, por exemplo, sem cometer algo injusto (lembre-se também que ao matar humanos Deus só está tirando a alma do homem do planeta, enquanto quando um humano mata um humano, ele está agredindo um semelhante, provavelmente por um motivo egoísta).
Além disso, não fomos feitos para sermos capazes de julgar os atos de Deus. Podemos especular sobre o porquê de Ele ter feito muito do que fez na Bíblia, por exemplo, mas estaremos possivelmente longe de descobrir o motivo verdadeiro; a mente de Deus envolve muito mais fatores do que podemos imaginar sobre a situação.
Desculpe se eu fui meio evasivo na resposta, mas não posso fazer nada sobre isso, discutir esse assunto com exatidão é impossível. Há mistérios que Deus não quis revelar a nós por enquanto.
Amém, irmão, é bom saber que o Senhor nosso Deus, Jesus Cristo nosso redentor pode matar criancinhas sem que isso seje erro moral!!!
ResponderExcluirAleluia, Maranata !!!
Abraços, Paz de Cristo.
"Amém, irmão, é bom saber que o Senhor nosso Deus, Jesus Cristo nosso redentor pode matar criancinhas sem que isso seje erro moral!!!"
ResponderExcluirSei que alguns vão discordar de mim, mas acredito que é possível sim. Deus "matar" um homem é infinitamente diferente de um homem matar um homem. Este artigo está precisando de continuação, mas ainda não reuni material suficiente para escrever uma.
Abraços, Paz de Cristo.
Olá amigo Religião
ResponderExcluirVocê diz:
"Sei que alguns vão discordar de mim, mas acredito que é possível sim. Deus "matar" um homem é infinitamente diferente de um homem matar um homem."
Amigão ... não tem diferença nenhuma ... você pensa assim porque você não é um dos que tombaram ferido ou morto por imbecis profetas ou servos de deus que SE DIZIAM inspirados , mas mais parece que estavam sob a influência de entorpecentes fortícimos quando usando de extrema selvageria , destruiam povos inteiros em nome de um deus que nunca ninguém viu.
Você já parou para analisar friamente esta sua afirmação?
Meu amigo , é este o pensamento que os inquisitores da "santa" inquisição tinham.
É este o pensamento que os "servos" de deus , "inspirados" por deus tinham quando rasgavam o ventre de mulheres grávidas.
Não interessa quem eram estas mulheres.
Meu amigo , analise esta sua afirmação.
Não interessa de quem parte a violência , pois violência é violência.
E muito fácil falar o que você falou estando numa boa aqui no Brasil , agora:
Você já se colocou no lugar das mulheres que sentiam a espada lhe penetrando o ventre?
Ou já se colocou no lugar dos jovens que morreram só porque chamaram o imbecil profeta Eliseu de careca???
Pelo amor do guarda , é por isso que existem pessoas atéias e agnósticas como eu.
É por afirmações como esta sua que eu desisti desta loucura chamada cristianismo.
Perdoe-me pelo desabafo , mas é assim que eu penso.
Abraço amigo e REFLITA.
PS: Se por uma infelicidade do destino , toda esta pataquada chamada cristianismo for verdadeiro e for como os cristãos acreditam eu fico me perguntando:
Quem será pior , deus ou o diabo???
Você já deve saber a minha opinião né?
Caro Cristiano,
ResponderExcluir"você pensa assim porque você não é um dos que tombaram ferido ou morto por imbecis profetas ou servos de deus que SE DIZIAM inspirados , mas mais parece que estavam sob a influência de entorpecentes fortícimos quando usando de extrema selvageria , destruiam povos inteiros em nome de um deus que nunca ninguém viu."
Mas então, isto não se contradiz com o que eu disse. Se dizer "inspirado por Deus" não é o mesmo que "ser Deus".
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"Você já parou para analisar friamente esta sua afirmação?
Meu amigo , é este o pensamento que os inquisitores da "santa" inquisição tinham."
"Santa" Inquisição, não teve nada de santa. Naquele tempo a influência por superstições e tradições antigas era muito grande... conhecedores de sabedoria popular e de ervas medicinais eram confundidos com servos do diabo, por exemplo.
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"É este o pensamento que os "servos" de deus , "inspirados" por deus tinham quando rasgavam o ventre de mulheres grávidas.
Não interessa quem eram estas mulheres."
Eu concordo quanto às matanças que ocorreram em nome da Igreja Católica, alguns grupos protestantes e principalmente dos muçulmanos, que foram eventos terríveis e abomináveis. Mas isso não contradiz, pelo menos não no sentido lógico, a existência ou a moralidade de Deus.
Só porque uma pessoa diz que faz algo em nome de Deus, não quer dizer que Deus aprove aquele ato. Eu mesmo a qualquer momento poderia pegar um machado ou outra arma branca qualquer e sair por aí matando ateus dizendo que faço isso em nome de Deus. Estaria eu fazendo isso em nome de Deus? Claro que não! Veja o que a Bíblia ensina sobre isso, Deus não iria contra as suas próprias palavras.
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"Meu amigo , analise esta sua afirmação.
Não interessa de quem parte a violência , pois violência é violência."
Eu concordo plenamente, não importa de quem venha a violência, este merece sofrer as consequências da justiça civil. Religião não é desculpa para cometer violência.
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"E muito fácil falar o que você falou estando numa boa aqui no Brasil , agora:
Você já se colocou no lugar das mulheres que sentiam a espada lhe penetrando o ventre?
Ou já se colocou no lugar dos jovens que morreram só porque chamaram o imbecil profeta Eliseu de careca???"
Eu preciso te perguntar a qual situação específica você está se referindo quando diz sobre mulheres serem perfuradas no ventre. Houve situações diferentes em que ocorreram esse fato, por exemplo, nas Cruzadas ou na Inquisição foi algo totalmente reporvável, mas na matança dos cananitas foi um caso especial, por muitas razões (que ainda pretendo escrever em outro artigo). Sobre os jovens que morreram por causa de Eliseu, não foi violência por mão de homem, eles foram devorados por ursos, portanto foi uma ação indireta do próprio Deus. E existem muitas considerações a serem feitas sobre esse texto também, que não farei aqui, porque merecem um artigo especial para isso.
Abraços, Paz de Cristo.
É EXTREMAMENTE DIFÍCIL ACEITAR ALGUÉM DEFENDENDO ATROCIDADES.SERIA O MESMO QUE ACEITAR OU JUSTIFICAR O HOLOCAUSTO...NADA,MAS NADA MESMO PODE JUSTIFICAR UM GENOCÍDIO,AINDA MAIS SE TRATANDO DE UM DEUS QUE AMA TODAS A HUMANIDADE,MAS QUE COM CERTEZA TEM PROBLEMAS SÉRIOS COM SEU EGO...DEUS É UM DÉSPOTA,SE É QUE ELE EXISTE.NÃO HÁ COMO ACEITAR QUE DEPOIS ELE SIMPLESMENTE MUDOU E DEU SEU FILHO PARA SALVAR A HUMANIDADE...
ResponderExcluirEntenda, caro leitor, eu não estou defendendo genocídios nem atrocidades. O conceito de homicídio só faz sentido quando humanos matam humanos (por exemplo, se um leão devora um ser humano, não consideramos que foi homicídio), logo não se aplica a Deus. Deus não "mata" alguém, Ele tem o controle sobre a vida de todos os seres e o total direito de permitir que elas terminem ou permitir que se prolonguem se Ele quiser. Além disso, quando a pessoa morre não deixa de existir, Deus apenas retira a pesoa da vida neste mundo físico.
ExcluirE ninguém disse que Deus mudou, Deus sempre foi o mesmo, mas isso não quer dizer que Ele tenha que agir sempre da mesma forma. Foi a humanidade que mudou através dos anos, e Deus tem tratado a humanidade conforme a maturidade que ela adquire.
Abraços, Paz de Cristo.
ISSO TORNA DEUS IMORAL SIM.POIS SE ELE É TODO PODEROSO,DEVERIA INTERFERIR QUANDO ALGUÉM AGE EM SEU NOME PARA MATAR PESSOAS.ISSO DENIGRE O NOME DELE E FAZ COM QUE PESSOAS COMO EU SE TORNEM ATEUS.OU SERÁ QUE MINHA ALMA NÃO É TÃO PRECIOSAS A PONTO DELE NÃO SE INTERESSAR SOBRE O QUE EU PENSO EM RELAÇÃO A TUDO ISSO?
ResponderExcluirNão há nenhuma necessidade de Deus interferir nas atitudes de alguém para evitar o mal. Na verdade, isso torna Deus bom, pois a liberdade é uma coisa boa. Se Deus impedisse todo ato ruim dos seres humanos, não seríamos livres e seria inútil termos vontade própria.
ExcluirEntretanto, não será sempre assim: estamos em um mundo corrompido pelo pecado, mas em breve virá o dia em que todos haverão de prestar contas pelos seus atos em liberdade, e só os salvos a partir de então poderão desfrutar da liberdade perfeita.
Abraços, Paz de Cristo.
Parei de ler quando disse que era duma epoca diferente e que estava alem de nossa compreenção. É sempre isso que os cristaos tem para dizer sobre a mediocridade e repugnancia de deus, um falso moralista que prega contra todas as atrocidades que ele cometeu contra a humanidade direta e indiretamente! Se Deus realmente existe eu teria vergonha de ser filho dele.
ResponderExcluirDizer que deve se compreender e interpretar segundo o contexto da época não uma doutrina cristã, é um princípio científico da História e da Antropologia. Deus em si não muda, mas os princípios que ele traçou para a humanidade mudaram com o tempo de acordo com a maturidade da mesma, assim como um pai se torna menos imperativo e mais explicativo com um filho à medida que ele cresce e adquire entendimento.
ExcluirAbraços, Paz de Cristo.
"REIS II 2:23-24 42 crianças são despedaçadas e mortas por ursos por terem zombado de um homem de Deus que por isso os teria amaldiçoado." deus é bom. #SóQueNão
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSe trocar Deus, por “Fulano de Tal” com poder político, bélico, religioso, faria mais sentido.
ResponderExcluirIra, vingança, violência, são atributos humanos muito negativos. Deus por definição é perfeito. Logo, fica difícil de conceber que Ele use essas emoções tão egoístas e humanas.
Mas se é Deus:
Se nas regras dele, Ele opta por interferir na nossa vida frente a coisas passíveis de castigo, por que será que ele não faz isso sempre? Ele interfere ou não interfere nas coisas mundanas?
O julgamento é agora ou será quando Jesus voltar?
Considerando que as características mais fortes Dele são o amor e a misericórdia (com base no NT e revogação das leis):
Se Deus vai interferir, por que não fazer de forma harmoniosa, através da persuasão de fazer com que o pecador compreenda e opte por não pecar?
Assim através de seu livre arbítrio a pessoa escolheria pelo correto porque a moral vem Dele, ela só precisa ser despertada. Haveria coração tão duro que não entendesse o propósito de Deus se Ele mesmo intervisse na mesma intensidade que interviu com a violência, porém, com amor de forma clara, sem deixar dúvidas, de forma objetiva e sábia como só Ele poderia fazer?
Existem os que pensam que as pessoas "escolhem" não crer em Deus porque são orgulhosas e etc. Será? Têm muitos que realmente estão buscando a verdade, mas ao mesmo tempo não querem estar vivendo uma ilusão...
Logo, mesmo QUERENDO não encontram motivos mínimos aceitáveis para aceitar que a Bíblia é a palavra de Deus (pelo menos não totalmente).
O que parece mais provável?
1) Hoje Deus age com amor e nunca mandaria um povo matar e estuprar outro povo, mas fez isso em outra época porque estava de acordo com aquela sociedade.
2) Os homens escreveram a Bíblia e colocaram em Deus as características que lhes parecia moral para aquela época, o que hoje não é da mesma forma pois a sociedade muda.
De fato constatar que Deus pode ser imoral de acordo com nossos conceitos não invalida sua existência.
Essa constatação apenas fortalece a grande possibilidade de que ele tenha sido criado por homens, logo contem traços dos mesmos.
Não pense de forma binária... pense nas possibilidades (todas possíveis) da forma mais imparcial possível.
Então por quê as pessoas ainda seguem textos escritos na idade do bronze por pessoas primitivas?
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