sábado, 9 de março de 2019

O "Espectro criação-evolução": Quatro visões


Olá, leitores. Após o anúncio recente da minha mudança oficial de posição quanto à teoria da evolução, alguns leitores ficaram espantados. Teve até gente que veio me perguntar se eu perdi minha fé... calma, pessoal! Minha fé está tão ou mais forte do que antes. Alguns esclarecimentos maiores sobre o assunto virão em breve. 

Por ora, eu ainda preciso introduzir o assunto aqui no blog, pois falei muito pouco sobre a questão das origens em todos esses anos. Acho que isso foi de propósito. Nunca gostei de polarização em assuntos concernentes a fé, e sempre respeitei a visão de outras pessoas sobre o assunto. A minha própria visão foi meio indecisa por muito tempo.

Mas o fato é que existem estudiosos importantes dentro do cristianismo e inclusive institutos de pesquisa e divulgação que defendem as mais variadas posições entre criação literal e evolução. Não são apenas duas. Eu poderia enumerar talvez uma dúzia de subdivisões, mas para propósitos didáticos, é conveniente agrupar em quatro grandes visões sobre a criação do Universo e da vida. O nome mais comum dessas quatro visões são: Criacionismo da Terra Jovem, Criacionismo da Terra Antiga, Design Inteligente e Evolucionismo Teísta. As quatro visões, nessa ordem, poderiam ser colocadas no que chamei de "espectro criação-evolução", um quase-contínuo de visões acerca das origens que se estende ao longo de uma linha.

Mas espere. Este nome não é muito adequado. Ele faz parecer que as posições se polarizam entre dois extremos: de um lado está o "criacionismo" e do outro lado está o "evolucionismo". Isto já é um pouco problemático, porque há um estigma muito grande em relação à teoria da evolução nos ambientes cristãos mais fundamentalistas, e colocar a visão evolucionária como o oposto de criacionismo faz justamente o criacionista literal pensar que está do lado "do bem" enquanto os opostos estão do lado "do mal", ou do evilucionismo (um trocadilho pra quem sabe inglês).

Por isso, deixe-me ressaltar desde já algo muito importante: TODOS OS CRISTÃOS SÃO, DE ALGUMA FORMA, CRIACIONISTAS. Sim, isso mesmo. Deixe-me citar para vocês um trecho do Credo Apostólico, um dos resumos mais antigos e importantes da fé cristã, e no qual todo aquele que se diz cristão deve acreditar:
"Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra (...)"
Afinal, todo cristão acredita que Deus é o Autor do Universo, que tudo o que existe veio à existência e continua existindo por causa de Deus. A discordância entre as posições do espectro está, então, em quando e como Deus criou as coisas. Basicamente, a diferença está na relação entre a interpretação dos textos bíblicos e a interpretação dos dados científicos.

Se todos os cristãos são criacionistas, todas as posições do espectro são uma forma de criacionismo. Assim, a quarta posição pode ser renomeada para algo como "criacionismo evolucionário".

O filósofo J. B. Stump, autor importante de muitos livros sobre a relação entre ciência e cristianismo, editou em 2017 um livro reunindo os principais expoentes importantes do assunto sobre as origens. O livro se chama Four Views on Creation, Evolution and Intelligent Design (Quatro Visões sobre Criação, Evolução e Design Inteligente, a̶i̶n̶d̶a̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶l̶a̶n̶ç̶a̶d̶o̶ ̶e̶m̶ ̶p̶o̶r̶t̶u̶g̶u̶ê̶s̶ [update]) e apresenta justamente as quatro visões mencionadas acima.

A seguir falarei das quatro visões, suas características e visões principais.  

1) Criacionismo da Terra Jovem


Os proponentes desta visão defendem uma interpretação estritamente literal dos primeiros capítulos do livro de Gênesis, inclusive no tocante aos aspectos científicos. Assim, Deus teria criado o Universo ao longo de 6 dias literais, ou seja, períodos de 24 horas. A Criação ocorreu há aproximadamente 6.000 anos atrás. Esta data é extraída das genealogias descritas na Bíblia de Adão aos patriarcas hebreus. Nisto eles já estão assumindo a hipótese de que as genealogias de Gênesis são cronologias rigorosas. Mas mesmo se não forem, geralmente se coloca o limite superior de 10.000 anos para a antiguidade do ser humano, da Terra e do Universo.

Nesta visão, a morte, doença e atividade predadora não existiam antes do pecado entrar no mundo, com a queda de Adão. Em relação ao consenso científico, esta é a posição que mais está em conflito com a ciência atual. As evidências geológicas de uma Terra antiga são geralmente atribuídas ao dilúvio de Noé, que foi universal e causou muitas mudanças no planeta, inclusive o movimento dos continentes, a extinção de animais antigos e a alteração na proporção de isótopos radioativos na crosta terrestre (que é o mecanismo principal pelo qual a Geologia calcula a idade das rochas). As evidências astronômicas que apontam para um Universo antigo são refutadas por teorias mais elaboradas, que não cabe discutir aqui.

A organização Answers in Genesis é a principal divulgadora desta visão a nível científico. No livro Four Views, esta visão é defendida por Ken Ham (foto acima, à esquerda), que é fundador da organização. A nível leigo, grande parte dos cristãos atualmente adota esta posição, principalmente no Brasil. O nome brasileiro mais conhecido do criacionismo da terra jovem é Adauto Lourenço (foto acima, à direita), cujo livro já foi apresentado aqui no blog. Existe também a Sociedade Criacionista Brasileira.

2) Criacionismo da Terra Antiga


Esta visão é também conhecida como "criacionismo progressivo", sendo este nome preferível para evitar confusão: afinal, o próprio criacionismo evolucionário também é uma espécie de "criacionismo de Terra antiga".

Os proponentes desta visão defendem que os "dias" da Criação em Gênesis são períodos indeterminados de tempo, podendo ter ocorrido em milhões ou bilhões de anos. Em relação ao consenso científico, esta posição é intermediária: aceita as evidências astronômicas e geológicas de um Universo e uma Terra antigos, mas rejeita a teoria biológica predominante atualmente, que é a teoria da Evolução. As espécies teriam sido criadas diretamente por Deus, e existiria uma certa variabilidade possível entre tipos gerais de seres vivos (o que é chamado de "microevolução"). Deus criou os primeiros seres humanos, Adão e Eva, há dezenas ou centenas de milhares de anos (coincidindo com a data cientificamente aceita para o surgimento do Homo sapiens). Ao contrário da visão anterior, nesta visão a morte física existia no mundo antes do pecado. Assim, ou o ser humano era exclusivamente a única espécie fisicamente imortal antes da queda (talvez conseguindo a imortalidade artificialmente, por meio da Árvore da Vida), ou a morte descrita em Gênesis 3 é meramente uma morte no sentido espiritual.

O principal grupo representativo hoje para esta posição é a organização Reasons to Believe, cujo fundador, o astrofísico Hugh Ross (foto acima) é o responsável por defender o criacionismo progressivo no livro Four Views. Já publiquei um pequeno vídeo de Hugh Ross falando sobre Terra Antiga aqui no blog. No Brasil, essa visão é bem pouco difundida, não conheço ninguém que a defenda abertamente.

3) Design Inteligente

 

Ao contrário das visões anteriores, cujo ponto de partida era a interpretação bíblica de Gênesis, o  movimento do Design Inteligente tem a pretensão de que sua visão seja considerada uma teoria puramente científica. Assim, eles argumentam a partir apenas de dados científicos, chegando à conclusão que a estrutura intrínseca dos componentes do nosso Universo , notavelmente os seres vivos, só pode ser explicada pela existência de um projeto intencional, e portanto, de um Planejador (ou "Designer") inteligente. Não há nada na teoria que possa dizer quem é o Designer  - mas isso é exatamente o que se espera de uma teoria científica. Cabe ao cristão fazer o link entre a conclusão científica e o conteúdo da sua fé.

Stephen C. Meyer (foto acima à esquerda), bioquímico, é um dos fundadores do Discovery Institute, organização destinada à divulgação da teoria, e é o autor escolhido para defender o Design Inteligente no Four Views. Michael Behe (foto acima no centro) é o proponente original da teoria. Outro nome importante é o matemático William Dembski (foto acima à direita), que trabalha na parte de estatística de inferência e teoria da informação. No Brasil, o nome mais conhecido deste movimento é o químico Marcos Eberlin (foto abaixo), presidente executivo da Sociedade Brasileira de Design Inteligente e coordenador do Núcleo de Pesquisa Discovery-Mackenzie, na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Vale ressaltar que o Design Inteligente não é bem uma visão como as outras aqui apresentadas, mas é melhor vista como uma teoria científica, ou pseudocientífica, segundo alguns críticos. Assim sendo, não há um posicionamento oficial dos adeptos do DI acerca da idade da Terra, ou mesmo acerca do modo da criação: o próprio Michael Behe acredita na teoria do ancestral comum dos seres vivos e concorda parcialmente com a evolução darwiniana. Já Marcos Eberlin, por exemplo, é adepto da Terra Jovem e um crítico ferrenho da evolução.

4) Criacionismo Evolucionário


Esta visão abraça totalmente o consenso científico atual sobre as origens do Universo, da vida e do ser humano. Os defensores do criacionismo evolutivo acreditam que Deus dotou a Criação com os princípios e leis naturais, fazendo com que os componentes essenciais da vida se auto-organizassem e surgissem espontaneamente, com tempo suficiente e condições iniciais adequadas. A mutação gênica aleatória forneceu a imensa variedade que observamos no registro fóssil e nos seres vivos hoje, e a seleção natural determinou quais espécies sobreviveram e quais foram extintas.

Os cristãos evolucionistas acreditam na Bíblia e nas doutrinas centrais do cristianismo, como a Criação, o homem ser à imagem de Deus e o pecado original. Geralmente os primeiros capítulos de Gênesis são entendidos de forma a respeitar o contexto e propósito original dos textos, que não eram manuais científicos sobre o mundo, mas sim relatos de natureza altamente simbólica sobre lições morais importantes e contrapontos às cosmovisões rivais da época. Assim, não é comum reconhecer que Adão e Eva foram pessoas literais (embora haja exceções significativas a este ponto). 

O principal representante e defensor hoje da visão evolucionária cristã é a Fundação BioLogos, cuja presidente, Deborah Haarsma (na foto acima, à esquerda), foi a escolhida para expor esta visão no livro Four Views. O fundador da BioLogos, Francis Collins (foto acima, à direita) é outro nome de destaque. No Brasil atualmente quase não há visibilidade ou aderência a esta posição. A Associação Brasileira de Cristãos na Ciência (ABC²) tem feito o papel de divulgar o criacionismo evolutivo, divulgando livros sobre o assunto [em breve falarei mais a respeito], embora não a defenda oficialmente.

Observações

Apesar de essas serem as visões principais acerca do tema das origens, existem várias posições intermediárias. Só para citar algumas: a Teoria do Hiato, um intermediário entre criacionismo da terra antiga e da Terra jovem, defende que Deus criou a Terra e os animais em 6 dias, entretanto o  Universo possui bilhões de anos, em acordo com a cosmologia atual. Isto porque eles postulam um hiato temporal arbitrário entre o primeiro e o segundo versículos de Gênesis. Posso citar também um intermediário entre criacionismo progressivo e evolucionário: há quem defenda a evolução das espécies para os seres vivos, exceto para o ser humano. O homem teria sido a única espécie a ser criada especialmente e diretamente por Deus. Neste caso a leitura simbólica é observada para os dias da criação, mas o texto em que Deus cria o homem a partir do pó da terra é entendido literalmente.


Minha visão

Como vocês já sabem, minha visão variou bastante ao longo do tempo. Posso dizer que fui apresentado à "Teoria do hiato" quando criança, mas que minha posição foi algo parecido com o criacionismo progressivo desde o início, mesmo antes de conhecer este nome (fui criado como cristão). O texto que inaugurou este blog mostra sinais claros de criacionismo progressivo.

Embora eu não negasse categoricamente de início, nunca adotei a posição criacionista da Terra jovem. Ela sempre me pareceu forçar demais a interpretação dos textos de Gênesis, além do que esta leitura claramente leva a contradições, como mostrei no texto que acabei de citar e no vídeo que mencionei alguns parágrafos acima. Além disso, há muita dificuldade em conciliar esta visão com a ciência atual, sendo necessária uma postura de ceticismo exagerado em relação às descobertas científicas sobre a idade do Universo e da Terra (muitas delas, diga-se de passagem, feitas por cientistas cristãos).

Contei brevemente no texto anterior como tive contato com o Design Inteligente. Eu sempre achei a proposta interessante (e continuo achando até hoje), principalmente a versão do William Dembski sobre a inferência de design no Universo. Mas é importante notar que a inferência de design não refuta a evolução.

Hoje em dia, depois de algumas leituras (que ainda não são suficientes, tenho mais livros na minha lista sobre o assunto), estou mais confortável em assumir o criacionismo evolutivo. Pra mim me parece a opção mais sensata para um cientista sério, que está suficientemente cônscio da posição científica consensual sobre a origem das espécies biológicas. Essa posição parece levantar mais dificuldades em relação à conciliação com os dados bíblicos, mas isso é assunto para algum post próximo.

Abraços, Paz de Cristo.

Referências

Resenha do livro Four Views, por Jeremy Bouma.

Apresentação das quatro visões no blog Between the times, por Ken Keathley.

UPDATE [02/04/2019]:

O livro Four Views foi traduzido para o português e acabou de sair para pré-venda. Está com o título "A Origem: Quatro Visões sobre Criação, Evolução e Design Inteligente", pela Thomas Nelson Brasil. Veja, por exemplo, na Livraria Cultura.

9 comentários :

  1. Na minha definição depois de muito meditar sobre meu gosto por ciências e curiosidade nas religiões, sempre querendo saber mais cheguei as seguintes conclusôes:
    O Espirito é essência primordial,virtual,imanente, que transpassa a realidade, um paradoxo para nosso conceito de existência. Ele é a união de tudo, de todas as informaçoes do que existe e do que esta fora de nossa existência. O Universo e talvez outros universos são partes materializadas do infinito, inaferível e infinito. O nada que atualmente descobriram que não é vazio e sim esta cheio de partículas que estão a pularem entre a existência e a não existência, é a barreira de nossa realidade,uma ilusão que engan nossa percepção, bem assim os eventos, que para quem não acredita pensa que é o acaso. Sua personificação de respeito e poder é DEUS,e é responsavel por todo acontecimento, sendo assim o destino inevitável de tudo. Apesar de ter inspirado os seres humanos do passado a escreverem a Bíblia, suas conciências eram limitados aquela época de pouco conhecimento. è logico que os seres humanos não nascem sabendo, e naquela época estavam começando a aprender. Então o que esta escrito na Bíblia é uma liguagem simples, limitada a ignorancia daqueles homens, e or isto escreviam por parábolas e figuras de liguagem, sem conhecimento técnico e pesquisas. Gênesis afirma que Deus criou em uma liguagem mística de valor moral, mais não diz como criou, com provas e pesquisas. A Bíblia um conjunto de livros de ciências,que explica os místerios da natureza, ela é de valor moral e de conduta. A ciência é resultado da curiosidade humana, em observar a natureza, a busca do conhecimento, que foi se acumulando durante o tempo. Acredito que a ci^ncia descobriu alguns dos mistérios de Deus, como o Big bang, a origem da vida, como usou a evolução para originar os diversos seres vivos e moldou o homem através dos tempos, não usando mãos porque Ele é espirito. E o homem da época com pouco conhecimento escreveu que foi cridado do pó, porque do barro se consegue modelar, era mais fácil de entender, do que ter que ensinar vários anos de ciências para pessoas do passado.

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  2. David, realmente foi uma surpresa seu novo posicionamento. Mas a Escritura não apoia uma suposta evolução; Deus não precisaria dessa muleta; e ainda pra confundir os cristãos.
    Já em Gn. Ele é categórico ao afirmar q fez as espécies ja prontas segundo A SUA espécie. E de fato a ciência já provou q há limites genéticos intransponíveis para novos clados verticais na escala taxonômica.
    Moscas sempre serão moscas por mais mutações/adaptações q sofram. Aliás as ADAPTAÇÕES tão exaltadas pelos crentes darwinistas vão justamente contra evoluções transformadoras...

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  3. ...o fato é que até hoje nenhuma publicação científica, mostrou alguma prova/evidência empírica científica sólida e irrefutável factual com visível, evidente e acentuada transformação morfológica de um ser a caminho, em desenvolvimento, para mudança real em outro ser DIFERENTE, nos fósseis ou vivos. (macroevolução).

    A TE é apenas um acordo ideológico/religioso em comum entre vários evolucionistas para blindar o mito; pois se usassem os métodos empíricos e heurísticos científicos nas pesquisas para comprovar algum ‘fato’ relativo a TE; não seriam evolucionistas.

    Irmão, se Deus tivesse usada a evolução teria deixado trilhões e trilhões de fósseis intermediários claramente identificáveis pela ciência em suas inúmeras etapas e hj deveriamos ter inúmeras espécies nessa fase .
    A evolusupersticao despreza o Criador judaico-cristão pois pelas suas mágicas transformistas os seres vivos surgiriam de forças cegas desconhecidas e hostis ao Deus Pessoal q já conhecemos.
    Abs .

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  4. A Bíblia apesar de ter sido inspirada por Deus, foi escrita por homens em uma época de pouco conhecimento, que foi adquirindo durante seu desenvolvimento. A maneira de pensar e o pouco que sabiam, usavam para se expressar, sem conhecimento técnico, através de parábolas e ficuras de linguagem. A Bíblia não é um livro cientifico que explica detalhadamente, com pesquizas e fundamentos técnicos. Ela merece respeito como lições de moral e conduta, quando afirma que Deus fez, esta comfirmando que Ele é o criador, mais não diz passo a passo, detalhadamente, explicando como criou, deixando dúvidas e deixando a criterio de Deus que não vai responder diretamente, ficando no mistério.A ciência surgio da curiosidade humana na busca do conhecimento, em estudar a natureza e investigando e tirando conclusões. A ciência é o estudo técnico e objetivo, usando métodos e observações. Em analises de muito tempo atrás, pode acontecer de perder provas no tempo, nem tudo o tempo conserva, dependendo de sorte em alguns casos. A biologia organiza os seres vivos e os classificam, até A Genética que apareceu depois com analises de DNA comprova parentescos entre os animais e suas famílias a quais pertecem. Explicando por que no passado alguns peixes evoluiram para anfíbios, note que os peixes ainda existem , somente apareceram novosa seres. Os anfibíos eram dependentes da agua, não podiam se afastarem muito, alguns evoluiram para répteis, que tem proteção contra a desidratação e podem veverem em terra seca, passo a passo deram origem ao protomamíferos os ancestrais dos mamifíreos, e como muito fósseis demonstram, alguns dinossauros tinham penas e destes deram origem as aves. Então concluo que a ciência descobriu alguns dos mistérios de Deus, de como criou em uma liguagem tecnica, detelhada, mais é incapaz de comprovar se Deus existe porque transpassa a realidade e não pode ser aferido. Já a Bíblia é uma liguagem simples, escrita em uma época do passado sem muito conhecimento, escrita por pessoas com cnhecimento limitado, que se expressava o seu modo de ver o mundo.

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  5. Marcos, velha falácia das similaridades genéticas! Ora, nosso coração é muito semelhante aos dos porcos e nossos olhos muito semelhante aos polvos, e nosso sangue a lampreia (um peixe). Dizem que somos iguais 50% geneticamente a bananas e daí? então viemos delas?
    Veja, se meu CPF for um dígito diferente do seu, já é totalmente DIFERENTE ainda que sejam números semelhantes. Assim é o genoma; específico e intransferível pra cada espécie.

    O tal ancestral comum é um mito já derrubado pela ciência!

    O famoso paleontólogo Stephen Gould diz que as espécies surgem de repente e completamente formadas, e funcionais (como vemos) e ainda:
    “A extrema raridade de formas transicionais persiste. As árvores evolutivas só tem dados nas pontas e nós de seus galhos; o resto é DEDUÇÃO, POR MAIS RAZOÁVEL que seja, NÃO evidência de fósseis” (Evolution’s erratic pace)
    Ou como diz o eminente biólogo molecular Doolittle, W.F.
    “A base da “Árvore da Vida” é *impossível* de se transformar numa árvore porque a distribuição dos genes entre os principais grupos de vida *não se encaixam* num padrão nítido de ancestralidade comum. ” (Phylogenetic Classification and the Universal Tree, Science, Vol. 284:2124-2128)

    “A maioria dos filos animais representados no registro fóssil aparecem primeiro, ‘plenamente formados,’ no Cambriano alguns 550 milhões de anos atrás. … O registro fóssil é, portanto, de nenhuma ajuda no que diz respeito à origem e à primeira diversificação dos diversos filos animais.”
    R.S.K. Barnes, P. Calow and P.J.W. Olive, The Invertebrates: A New Synthesis, pp. 9–10 (3rd ed., Blackwell Sci. Publications, 2001)

    As declarações do renomado Carl Woese, especialista em ancestralidade não deixam dúvida. Ele próprio não tem certeza de nada!
    “As incongruências filogenéticas podem ser vistas em todos os lugares na árvore universal, de sua raiz até aos principais ramos dentro e entre os vários taxons até a composição dos próprios grupos principais”
    “No entanto, o ancestral primário também falha: não pode explicar o modo de evolução do ancestral, ou seja, como ele se tornou tão milagrosamente complexo em um tempo tão curto”
    “Assim, ficamos com nenhuma imagem coerente e satisfatória do ancestral universal. É hora de questionar pressupostos subjacentes.”

    Outros estudos confirmam:
    “Não existe na literatura afirmando que uma espécie tem sido mostrado para evoluir para o outro… ao longo de 150 anos da ciência da bacteriologia, não há evidências de que uma espécie de bactéria foi alterado para outro, apesar do facto de as populações foram expostas a agentes químicos potentes e mutagénios físicos e que, de maneira única, bactérias possuem extracromossómico, transmissível plasmídeos. Uma vez que não há NENHUMA EVIDÊNCIA de alterações das espécies entre as formas mais simples de vida unicelular, não é surpreendente que não há nenhuma evidência de evolução de procariotas a células eucarióticas, e muito menos em todo o conjunto de maiores organismos multicelulares.”
    (Alan H. Linton é professor emérito da bacteriologia, da Universidade de Bristol).

    E o conceito de evolução convergente – espécies sem origem comum – quebra a tal “ancestralidade comum” e tudo que engloba as similaridades; não provando evolução alguma ou descendência de uma espécie vinculada a outra.

    E isso em nada desaprovaria o criacionismo/DI, sendo tal modelo plenamente aceitável por eles; já que um Criador em comum, criou criaturas em comum, para viverem em ambientes em comuns e semelhantes; incluindo o genoma dos seres muito semelhantes entre si; no sequenciamento (material); porém diferentes nas funções que ainda desconhecemos quase tudo.

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    1. Cicero, a origem do coração é explicada passo a passo, pela nescessidade dos seres vivos de quanto maior o ser vivo ele prescisa de um sistema mais complexo para levar alimento e oxigênio para as partes de um corpo grande. Nos vermes pequenos o oxigênio é absorvido pela pele, o e alimento são compartilhado através dos orgãos porque a distância é pequena.Na minhoca os corações são tubulares, a artéria se tranformou em várias bolsas ou corações, dependendo da espéciede de 2 a 15 pares de corações, os vasos pulsam como uma bomba impulsionando o sangue. O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele circula apenas sangue não-oxigenado, porque não gastam muita energia, são sutentados pela água e sua temperatura e a mesma do ambiente, e um coração simples de duas partes é o suficiente. Nos répteis já se começa uma divisão mais complexa pela nessecidade de mais atividade,mais ainda a mistura de sangue venosso com arterial, crocodilianos possuem dois ventrículos separados, mas nos outros répteis, os ventrículos não estão completamente separados. ... No coração dos escamados e tartarugas, o ventrículo funciona como três cavidades. E é nos mamiferos que tem sangue quente, gastam mais energia , que prescisam de eficiência no bombeamento, e por isto é dividido em quatro partes, separando completamente o sangue venoso do arterial. O olho começou de celulas fotossensíveis como na anêmonas-do-mar, que as usam para sentir a diferença de luminosidade, sombra, para caçar ou se defender, e nas minhocas que estão espalhadas na pele como sensor para se enconderem do Sol. na planária, elas se juntaram formando fotorreceptores chamados ocelos capacidade somente de reconhecer diferenças de intensidade luminosa (se está claro ou escuro), e não consegue formar imagens e muito menos diferenciar cores.Com a evolução e aperfeiçoamento das éspecies muitos animais adquiriram semelhanças adaptativas, por isto os olhos do polvo são semelhantes ao nossos o e o coração dos porcos, ainda mais porque são mamiferos, nosso parentesco esta mais próximo, então há semelhanças genéticas. Nosso DNA é semelhante 50% ao da banana porque a maior parte do DNA é usado para funções celulares básicas, que todos os seres vivos dividem, isto significa que compartilhamos genes com outros seres. Isto tudo serve para demostra que na nossa origem, os seres vivos estão relacionados geneticamente, e na evolução as informações basicas ainda estão ativas repassada para as gerações. Exemplos da evolução:
      _ O cavalo desde o Hyracotherium, animal do tamanho de uma raposa e habitante de florestas,à qual pertencem os animais com cascos nas patas e um número ímpar de dedos em cada pata, assim como lábio superior móvel e estrutura dentária semelhante. Isto significa que os cavalos partilham um antepassado comum com os tapires e rinocerontes.A ciência classifica seus antepassados em Eohippus (ou Hyracotherium),Mesohippus, Miohippus, Parahippus, Merychippus é o primeiro a paresentar semelhança com a cavalo moderno,Pliohippus,Dinohippus,Equus.
      _ A árvore genealogica dos felinos: os especialistas concordam que há 37 espécies na família Felidae,Com base em registros fósseis apenas, muitos pesquisadores acreditavam que um felídeo chamado Pseudaelurus, que viveu na Europa entre 9 milhões e 20 milhões de anos atrás, era o último ancestral comum dos felinos modernos.Nossas pesquisas moleculares recentes, no entanto, sugerem que todos os felinos modernos descendem de apenas uma das várias espécies de Pseudaelurus que viveram na Ásia há cerca de 11 milhões de anos. Embora não saibamos ao certo a espécie exata a que esse gato pertenceu, acreditamos que foram desse grupo ancestral tanto o Adão quanto a Eva das 37 espécies de felídeos contemporâneas.Que foram se modificando de acardo o ambiente, e por isto explica a grande variedade de felinos.
      Existe vários exemplos de como se originou de Deus os seres vivos em uma visão tecnica e organizada da ciência, porque a Bíblia não classifica as épecies,ela não é um livro de Biologia, não foi feita para ensinar ciências.

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    2. Marcos, isso q vc citou é pura especulação fantástica nos supostos milhões de anos q fariam incríveis mágicas tranaformistas de lama em ambiente estéril e hostil virando amebas (um ser já altamente complexo) até cavalos, elefantes, girafas e humanos!
      Além das referências já citadas teriam mais um caminhão q eu poderia citar, onde a ciência empírica factual desmonta os contos de fadas da religião darwinista.
      As barreiras genéticas impedem qualquer suposta evolução macro nos clados verticais das espécies. A adaptação dos seres é a maior prova da inexistência de evolução; se o organismo se adapta logo não precisa evoluir.

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    3. Então para você as ciências como Biologia e seu ramo mais novo que veio para complementar a Genética, ao invés de derrubar a Teoria, astronomia, geologia estão errados? Então usando o mesmo questionamento me prove como Deus criou?

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  6. Ainda prefiro a costela do que o peixe. Mesmo assim lhe desejo sorte até o próximo posicionamento teórico.

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