segunda-feira, 12 de março de 2012

Mais uma sobre evolução: 15 questões aos evolucionstas

[NOTA DO AUTOR, 02/02/2019: anunciei aqui no blog que alguns dos meus posicionamentos científicos e teológicos mudaram. Por isso, este texto provavelmente não mais reflete minha opinião acerca do assunto.]

Lá vou eu de novo, postar mais um texto sobre evolução. Mas, antes que venham as pedradas, farei como sempre um breve aviso antes do texto principal. Eu não sou combatente de evolucionismo, nem muito menos sou defensor de um criacionismo interpretando o Gênesis literalmente (criação de 7 dias, etc.). Quem já leu meus textos anteriores sabe a minha opinião sobre o assunto. Portanto, o texto a seguir não é para atacar ninguém, apenas para fazer alguns questionamentos que eu não vejo serem respondidos pela teoria atual da origem e desenvolvimento da vida. Deveria haver um questionamento mais crítico a respeito disso, assim como muitos cientistas fizeram ao assinar o Dissent from Darwin. Ainda assim, eu ainda creio que há a possibilidade de algumas destas perguntas serem respondidas se a evolução tiver sido guiada por Criador inteligente.

Abraços, Paz de Cristo.


Evolução: a origem naturalística da vida e sua diversidade
(A Teoria Geral da Evolução, como é definida pelo evolucionista Kerkut, inclui a origem da vida.)
por Don Batten
traduzido por Leandro Boer-Martins, da Igreja Batista Redenção

1. Como a vida se originou? O evolucionista, professor Paul Davies, admitiu: “Ninguém sabe como uma mistura de químicos inorgânicos espontaneamente se organizou na primeira célula vivente.”[1],[2] A menor célula necessita de várias centenas de proteínas. Ainda que cada átomo existente no universo fosse um experimento com todos os aminoácidos corretos presentes para todas as vibrações moleculares possíveis durante a suposta idade evolutiva do universo, não se formaria sequer uma única proteína funcional de tamanho médio. Então, como a vida com centenas de proteínas se originou? Apenas pela química, sem o desenho inteligente? Veja: creation.com/loopholes. Andrew Knoll, professor de Biologia em Harvard, disse: “Nós realmente não sabemos como a vida se originou neste planeta”.

2. Como o código DNA se originou? O código é um sistema de linguagem sofisticado com letras e palavras cujo significado não está relacionado às propriedades químicas das letras — assim como a informação desta página não é um produto de propriedades químicas da tinta (ou pixels na tela). Que outros sistemas de codificação existiram sem o desenho inteligente? Como o sistema de codificação do DNA surgiu sem que fosse projetado? Veja: creation.com/code.

3. Como poderiam as mutações — erros de cópia acidentais (“letras” do DNA trocadas, deletadas ou adicionadas, duplicação gênica, inversão cromossômica etc.) — criar o grande volume de informação no DNA dos seres viventes? Como poderiam tais erros criar 3 bilhões de letras de informação do DNA para transformar um micróbio em um microbiologista?Há informação tanto para a produção de proteínas como para o controle de seu uso — muito parecido com um livro de receitas que contém ingredientes assim como as instruções para como e quando utilizá-los. Um sem o outro é inútil. Veja: creation.com/meta-information. Mutações são conhecidas por seus efeitos destrutivos, incluindo mais de mil doenças humanas, como a hemofilia. Raramente, as mutações são benéficas. Mas como a informação dispersa do DNA criou uma rota bioquímica nova ou nanomáquinas com muitos componentes para proporcionar a evolução possível? Por exemplo, como um motor rotativo de 32 componentes, como a ATP sintase (que produz a energia necessária para toda a vida), ou robôs, como a quinesina (um “carteiro” que entrega pacotes no meio intracelular) se originou? Veja: creation.com/train.

4. Por que a seleção natural, um princípio reconhecido por criacionistas, é ensinado como “evolução”, como se ele explicasse a origem e a diversidade da vida? Por definição, a seleção natural é um processo seletivo (seleção dentre a informação já existente). Logo, não é um processo de criação. Ela pode explicar a sobrevivência do mais adaptado (porque certos genes beneficiam algumas criaturas em determinados ambientes), mas não o surgimento do mais adaptado (onde e quando os genes e criaturas vieram à existência no princípio). A morte de indivíduos não adaptados a um ambiente e a sobrevivência daqueles que estão adaptados não explicam a origem dos recursos que fazem um organismo adaptado a um ambiente. Por exemplo, como podem pequenas variações flutuantes entre os bicos dos tentilhões explicar a origem dos bicos dos tentilhões? Como a seleção natural pode explicar a transição de uma espécie em outra? Veja: creation.com/defining-terms.

5. Como novas rotas bioquímicas que envolvem múltiplas enzimas trabalhando juntas e sequencialmente se originaram? Cada rota bioquímica e nanomáquina requer múltiplos componentes protéicos e enzimáticos para funcionar. Como acidentes ao acaso criaram pelo menos um desses componentes, não mencionando os dez ou vinte ou trinta integrantes comumente necessários a uma sequência bioquímica programada? O bioquímico evolucionista Franklin Harold escreveu: “Nós devemos admitir que até a presente data não há explicação darwiniana detalhada sobre a evolução ou sistemas bioquímicos ou celulares, apenas uma variedade de especulações ilusórias.”[3] Veja: creation.com/motor (inclui animação).

6. Os seres viventes se parecem como foram criados. Então, como os evolucionistas sabem que eles não foram projetados? Richard Dawkins escreveu: “Biologia é o estudo das coisas complicadas que têm a aparência de terem sido projetadas com um propósito.”[4] Francis Crick, o co-descobridor da estrutura em dupla hélice do DNA, escreveu: “Biólogos devem constantemente manter em suas mentes que o que eles veem não foi projetado, é evoluído”[5] O problema para os evolucionistas é que os seres viventes demonstram grande evidência de projeto (design). Quem se opõe quando um arqueólogo diz que vasos de cerâmica apontam para um projeto humano? Entretanto, se alguém atribui o projeto (design) dos seres viventes a um projetista (designer), isso não é aceitável. Por que a ciência deve ser restrita a causas naturalísticas em vez de causas lógicas. Veja: creation.com/design_legit.

7. Como os seres pluricelulares se originaram? Como células adaptadas para a sobrevivência individual “aprenderam” a cooperar e a se especializar (incluindo a programação de morte celular) para criar plantas complexas e animais? Veja: creation.com/multicellularity.

8. Como o sexo se originou? A reprodução sexual proporciona até o dobro do sucesso reprodutivo (capacidade de adaptação) para as mesmas fontes como reprodução sexual. Logo, como poderia o mais tardio ganhar vantagem suficiente para ser selecionado? E como meramente a física e a química inventaram os aparatos complementares necessárias para a reprodução ao mesmo tempo (processos não inteligentes não podem planejar a coordenação futura de órgãos masculinos e femininos) Veja: creation.com/evosex.

9. Por que os (esperados) incontáveis milhões de fósseis transicionais estão faltando? Darwin notou o problema e ele ainda permanece. As árvores familiares evolucionistas nos livros didáticos estão baseadas na imaginação, não na evidência fóssil. Para o famoso paleontólogo de Harvard (e evolucionista), Stephen Jay Gould, “a extrema raridade de formas transicionais nos registros fósseis persiste como um ‘segredo comercial’ da paleontologia”.[6] Outros evolucionistas especialistas em fósseis reconhecem o problema. Veja: creation.com/pattquote.

10. Como os “fósseis viventes” permanecem imutáveis após supostas centenas de milhões de anos, se a evolução transformou vermes em humanos no mesmo período de tempo? O professor Gould escreveu: “A manutenção da estabilidade das espécies deve ser considerada como um problema evolucionário maior.”[7] Veja: creation.com/werner.

11. Como a química pura criou a mente/inteligência/significado/altruísmo e moralidade? Se todos os seres viventes evoluíram e inventaram o conceito de Deus, como um ensino evolucionista, qual é o propósito ou significado da vida humana? Não deveriam os estudantes estar aprendendo o niilismo (a vida não tem significado) nas classes de ciência? Veja: creation.com/chesterton.

12. Por que os contos evolucionistas são tolerados? Evolucionistas geralmente usam contos para “explicar” observações contrárias à teoria evolucionista. O Dr. Philip Skell, membro da NAS (USA), escreveu: “As explicações darwinistas para tais coisas são geralmente muito flexíveis: a seleção natural faz humanos centrados em si mesmos e agressivos — excetuando-se quando os faz altruístas e pacifistas. Ou a seleção natural produz homens viris que buscam a qualquer preço espalhar suas sementes — com exceção de quando há a preferência por homens que são confiáveis e provedores. Quando uma explicação é muito flexível ao ponto de explicar qualquer comportamento, é muito difícil testá-la experimentalmente, muito menos utilizá-la como catalisadora da descoberta científica.”[8] Veja: creation.com/sexstories.

13. Onde estão os avanços científicos decorrentes da evolução? O Dr. Marc Kirschner, titular do Departamento de Sistemas Biológicos, Harvard Medical School, atestou: “De fato, nos últimos cem anos, quase toda a biologia progrediu independente da evolução, excetuando-se a biologia evolucionária por si mesma. A biologia molecular, bioquímica e fisiologia não se respaldaram na evolução.”[9] O Dr. Skell escreveu: “É o nosso conhecimento de como esses organismos realmente operam, não especulações sobre como eles podem ter surgido milhões de anos atrás. Isso é essencial aos médicos, veterinários, fazendeiros… .”[10] A evolução realmente atrapalha a descoberta médica.[11] porque as escolas e universidades ensinam a evolução tão dogmaticamente, privando o tempo da biologia experimental que tanto beneficia a humanidade? Veja: creation.com/science#relevance. 

14. A ciência envolve a experimentação para descobrir como as coisas funcionam, como elas operam. Por que a evolução, uma teoria sobre história, é ensinada como se fosse uma ciência operacional? Você não pode fazer experimentos, ou até mesmo observar o que aconteceu, no passado. Perguntado se a evolução foi observada, Richard Dawkins disse: “A evolução foi observada. Apenas não foi observada enquanto ocorria”[12] Veja: creation.com/notscience#distinction.

15. Por que uma ideia religiosa fundamentalista, um sistema de crença dogmático que falha na explicação da evidência científica, é ensinada nas classes de Ciências? Karl Popper, famoso filósofo da ciência, disse: “O Darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísico [religião]… .”[13] Michael Ruse, filósofo científico evolucionista admitiu: “Evolução é uma religião. Essa é a verdade da evolução no começo e continua sendo verdade ainda hoje.”[14] Se “você não pode ensinar religião nas classes de Ciências”, por que o evolucionismo é ensinado? Veja: creation.com/evo-religious, creation.com/notscience.

Referências bibliográficas

1 Davies, Paul, Australian Centre for Astrobiology, Sydney, New Scientist 179(2403):32, 2003. 

2 Knoll, Andrew H., PBS Nova interview, How Did Life Begin? 1 July 1 2004.

3 Harold, Franklin M. (Prof. Emeritus Biochemistry, Colorado State University) The way of the cell: molecules, organisms and the order of life, Oxford University Press, New York, 2001, p. 205. 

4 Dawkins, R., The Blind Watchmaker, W.W. Norton & Company, New York, p. 1, 1986. 

5 Crick, F., What Mad Pursuit: A Personal View of Scientific Discovery, Sloan Foundation Science, London, 1988, p. 138. 

6 Gould, Stephen Jay, Evolution’s erratic pace, Natural History 86(5):14, May 1977. 

7 Gould, S.J. and Eldredge, N., Punctuated equilibrium comes of age, Nature 366(6452):223–224, 1993. 

8 Skell, P.S., Why Do We Invoke Darwin? Evolutionary theory contributes little to experimental biology, The Scientist 19(16):10, 2005. 

9 As quoted in the Boston Globe, 23 October 2005. 

10 Skell, P.S., The dangers of overselling evolution; focusing on Darwin and his theory doesn’t further scientific progress, Forbes magazine, 23 Feb 2009; http://www.forbes.com/2009/02/23/evolution-creation-debate-biology-opinions-contributors_darwin.html

11 E.g. Krehbel, M., Railroad wants monkey off its back, Creation 16(4):20–22, 1994; creation.com/monkey_back


13 Popper, K., Unended Quest, Fontana, Collins, Glasgow, p. 151, 1976. 

14 Ruse, M., How evolution became a religion: creationists correct? National Post, pp. B1,B3,B7, 13 May 2000.  

3 comentários :

  1. cara, eu juro que tentei ler seu texto, ainda mais depois da singela introdução. mas, aparentemente, você leu muito pouco sobre a teoria de Darwin, e um gigante texto deveria ser feito aqui pra te elucidar.

    As duas primeiras perguntas, a evolução não responde: ela só fala da evolução das espécies, e não da origem da vida. A seleção natural (que é o meio selecionar os espécimes melhores de sua espécie, como leões mais fortes ou zebras mais velozes) é diferente da evolução (mutações genéticas que irão traduzir em um fenótipo, o qual pode tanto ser uma mutação negativa como positiva).

    O resultado prático é: a mutação que favorece ou não atrapalha a espécie é selecionado pelo meio, e a mutação que atrapalha, é excluido.

    Para entender o "basicão", veja um vídeo de Carlos Ruas, criador de Um Sábado Qualquer, sobre seleção natural (vá no youtube e digite: Quer que desenhe? Seleção Natural).

    Abraço! te cuida

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    Respostas
    1. Caro amigo,

      desculpe se passei essa impressão, mas é que o texto não é de minha autoria, eu copiei de uma fonte da qual eu nem concordo 100% com eles. Eu só acho que algumas ideias do texto realmente nos fazem pensar um pouco sobre este assunto.

      Eu faço faculdade de Química, e minha irmã faz faculdade de biologia, então eu acredito que sei um pouquinho mais sobre isso do que talvez o autor que fez este texto. Como você observou, o texto não ataca somente a teoria da evolução em si, mas sim todo o conjunto de teoria naturalista sobre a vida, incluindo as teorias naturalistas da origem da vida.

      Se quiser saber o que eu realmente penso sobre evolução, leia este texto de minha autoria (embora hoje em dia eu já saiba bem mais do que sabia quando escrevi este texto):

      http://www.respostasaoateismo.com/2011/10/evolucao-darwiniana-provaria.html

      E, se possível, leia este também sobre a relação filosófica entre evolução e naturalismo:

      http://www.respostasaoateismo.com/2011/10/evolucao-versus-naturalismo.html

      Abraços, Paz de Cristo.

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  2. Bem, suas questões são interessantes, mas muitas tem fácil resposta. Sugiro que veja este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=UOxue3ou95s Outras perguntas podem ser respondidas no episódio 2 da nova série Cosmos (infelizmente ainda não tenho links disponíveis, mas está passando no NatGeo). Basicamente algumas criaturas precisam adaptar-se ao meio para sobreviverem, e sofrem alterações. Numa glaciação, ursos que nascessem brancos conseguiriam caçar melhor do que os pardos pois ficariam camuflados na neve. O tubarão não mudou muito nos últimos milhões de anos por exemplo, pois sua forma é perfeitamente adaptada para o meio em que vive.

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