Hoje em dia, vemos cada vez mais o mundo indo em direção à secularização, e a ciência caminhando em direção ao materialismo (isto se já não está totalmente imersa neste). Mas pode parecer surpreende para alguns que figuras-chave da ciência trabalharam dentro de uma estrutura cristã, inclusive que suas expressões científicas foram inspiradas e motivadas por suas convicções cristãs.
A forma que os livros didáticos abordam os temas científicos tende a esconder estes detalhes. Aliás, vê-se uma clara influência do pensamento positivista: de que o progresso da ciência é alcançado à medida que nos libertamos dos "grilhões" da religião e da metafísica. O aluno acaba acreditando (erronaeamente) que os principais personagens históricos que promoveram este desenvolimento tinham tal conceito sobre a religião e filosofia.
Análises relativamente recentes de historiadores da ciência vem desacreditando o Positivismo; e reconhecendo a importância da cosmovisão cristã; para o nascimento e estabelecimento da ciência. Até o início do século XX, a influência cultural predominante no mundo ainda era a cristã. Não podemos entender textos de Newton, Descartes ou Cuvier sem investigar as motivações religiosas e filosóficas de seus trabalhos científicos.
Loren Eiseley, escritor científico, diz que o aspecto mais curioso do mundo científico em que vivemos é justamente o fato de ele existir. Poderíamos pensar que é apenas uma questão de tempo para que uma civilização acumule conhecimento e então naturalmente desenvolva a sua própria ciência, mas não é assim que se observa historicamente. Diversas civilizações surgiram e desapareceram na Terra sem ao menos criar nenhum tipo de filosofia científica. O que hoje chamamos de método científico surgiu em uma cultura específica - a Europa ocidental - e em nenhuma outra. Eiseley conclui que a ciência não é de modo algum natural ou institintiva à humanidade, mas que "ela exige um substrato único para se desenvolver". Sem esse substrato a ciência desapareceria da Terra, como qualquer outra religião ou política de governo. Segundo Eiseley (e a argumentação deste texto), esse substrato seria a fé cristã.
Desde o Iluminismo costuma-se dividir a história em Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna. A definição iluminista é simplista em vários aspectos, particularmente tem-se uma ideia de que a Idade Média foi um tempo de desolação intelectual e cultural. Esta ideia vem sendo há muito questionada.
O físico e filósofo francês Pierre Duhem (1861-1916), ao investigar a história da Estática, pressupôs que esta teve sua origem em Arquimedes, e que a próxima contribuição significativa só teria sido dada por Leonardo da Vinci, no Renascimento. Duhgem se surpreendeu ao encontrar relatos bibliográficos de Jordanus de Nemore (século XIII), Alberto da Saxônia, Jeane Buridom e Nicole Oresme (do século XIV), que se anteciparam a da Vinci e Galileu nos fundamentos da estática.
Na 1ª Fase- MISTICISMO, tanto o Sol, como a Lua, o Fogo, a Chuva, os Raios e as Forças da Natureza, eram tidos como sendo Deuses; tendo em vista as suas intervenções sobre a agricultura, a fertilidade e o clima.
ResponderExcluirAcreditava-se em seres folclóricos, como Bruxas, Fadas, Duendes e Dragões. Tiveram destaques os Amuletos da Sorte, as Poções do Amor, as Simpatias e as Superstições, pois a fé dos iludidos é só uma defesa contra o desconhecido.
Na 2ª Fase ou POLITEÍSMO, que consiste na crença da existência de múltiplos deuses; nem sempre o individuo adorava todas as divindades de um ou mais panteões, e o mais comum era o crente se concentrar num grupo específico de deidades. As religiões politeístas mais conhecidas são as do antigo Egito, as da Grécia e de Roma. No Politeísmo ainda se acreditava nos deuses animais; deuses antropomórficos; nas Entidades ligadas à natureza, às necessidades humanas, o incompreendido e o muito complexo; tais como o Deus da Morte, o Deus da Guerra, o Deus Sol, o Deus da chuva, o Deus do fogo, o Deus dos oceanos, a Deusa da fertilidade.
Na 3ª Fase- MONOTEÍSMO, as Deidades dão lugar a um Deus único, criador, detentor de poderes e a autoridades que regem o Universo.
Na 4ª Fase– O DESPERTAR, a fase nascida no Iluminismo que está em andamento, os humanos se tornarão tão ateus tão cultos, racionais e desprendidos das questões pós-morte, que as atribuições outrora divinas sumirão, e darão lugar às leis da física, da química, da biologia e da matemática.
E finalmente na 5ª Fase- que será o ápice do desenvolvimento humano, vamos vencer as doenças, prolongar a vida, entender as Leis do Universo, viajar pelo cosmo e agir como deuses.
O anônimo não assinou, mas eu sei que foi você, Lisandro Hubris. Conheço de longe seu estilo literário. Mais de 4 anos te acompanhando pelo Yahoo Respostas. Li um pouco dos seus e-books, me recusei a terminar de ler por ter visto que não passam de cópias-colagens sem fontes sólidas e alegações notadamente falaciosas.
ResponderExcluirUm belo exemplo está aqui acima, onde você não teve coragem de debater o texto com as suas próprias palavras, mas apenas colou um trecho do seu "livro", que por sua vez foi copiado (ou talvez inventado) de outra fonte, e que não passa de uma exagero da visão antropológica do assunto e de um anacronismo.
Apesar da ordem proposta até parecer coerente, não é isso que a história nos conta. Bruxas, duendes e fadas não vieram antes do politeísmo... e segundo a própria filosofia evolucionista, a complexidade vem da simplicidade, portanto é muito mais provável que de um Deus venham vários do que o contrário.
E essa coisa de "despertar" é uma visão neo-ateísta comum, que é carregada de influência do positivismo, uma filosofia ultrapassada e utópica que vem sendo há muito desacreditada. Além disso, também é completamente contraditória aos FATOS que estão apresentados nessa série de textos (aliás, você leu?).
Abraços, Paz de Cristo.
Se existem algum mito, são as alegações feitas pelo anônimo.
ResponderExcluirA visão monoteísta já era fato antes do politeísmo.
As tábuas de Ebla são datadas entre 2580(2400) e 2450(2250) a.C. Ambos os períodos antecedem qualquer outro material escrito em centenas de anos. E para piorar ainda mais as alegações mitologicas citadas acima, na tabua se registra a crença e adoração a um ser que criou os céus, a lua, as estrelas e a terra, e não uma adoração ao sol, a lua, aos trovões e etc.
Que fiasco!
Olá, David. Não pretendo iniciar novo debate (o que me deixa aliviado). Fui atraído pelo título, mas não consegui avançar na leitura porque fiquei sem saber de qual ciência se está a falar.
ResponderExcluirImaginei, inicialmente, que se estava referindo a "ciência moderna", aquela surgida da transição do feudalismo para o capitalismo, entre os séc. XV, XVI e XVII, cujo marco para alguns autores seria Galileu, visto que ele(não sozinho) rompeu com a concepção de natureza vigente por vários séculos.
Mas não é dessa ciência que está a se falar. Primeiro, porque os pressupostas que justificaram o surgimento daquela nova ciência, não foi a cosmovisão cristã, mas o novo conhecimento produzido pelo surgimento do capitalismo e pela ascensão da burguesia, movimento que afetou o próprio cristianismo (Reforma e Contra- Reforma).
Segundo, porque no texto é feita referência ao Positivismo ("historiadores da ciência vem desacreditando o Positivismo; e reconhecendo a importância da cosmovisão cristã; para o nascimento e estabelecimento da ciência"). Então está a se falar de uma ciência nascida e estabelecida no século XIX (e seguintes). O Positivismo não poderia fornecer os pressupostas da ciência vigente antes dele.
Claro, no século XIX ocorreu um imenso desenvolvimento científico e tecnológico e é possível que já se esteja discutindo as mudanças nos pressupostos da ciência. Mas já teríamos uma "Nova Ciência Moderna"?
Se se está a falar de uma ciência recente, pós século XIX (ou mesmo a ciência moderna, do século XVI) e se os pressupostos dessa ciência vêm da cosmovisão cristã, por que essa ciência nasceu e se estabeleceu nessas épocas mais recentes? Por que essa ciência não nasceu e se estabeleceu, digamos, no século X ou V, visto que a cosmovisão cristã era a mesma?
Daí fiquei ser ter como datar a ciência referida no texto. Sei que são anotações de capítulos (presumo que de algum livro/artigo ou para um livro/artigo); mas a falta de uma "apresentação/introdução" dificultou a leitura, pelo menos pra mim.
Mas é apenas uma observação quanto à forma do texto. Não pretendo debater sobre o seu conteúdo nem insistir na leitura.
Quando eu falei 'ciência' me refiria a um conjunto sistemático de conhecimentos obtidos por experimentalismo e método científico. Antes achava-se que a ciência só teria florescido apśo a Idade Média, no Renascimento (por isso a época anterior é chamada de Idade das Trevas). Mas foram encontradas algumas referências de conhecimento sendo adquirido antes disso. Um "projeto de ciência" estava sendo criado, por pessoas como Jordanus de Nemore (século XIII), Alberto da Saxônia, Jeane Buridom e Nicole Oresme (do século XIV), além dos mais conhecidos Giordano Bruno, Roger Bacon, etc.
ExcluirA referência feita ao positivismo no meu texto diz respeito à visão positivista da relação entre ciência e religião. Eu citei esse fato para depois argumentar contra essa visão, mostrando que a ciência surgiu e se manteve ligada diretamente com a religião por muito tempo. Repito, não falei sobre a explicação positivista para o surgimento da ciência, mas sobre a explicação positivista da relação entre ciência e religião.
Interessante a sua pergunta sobre o século X ou V. Ela nos faz lembrar que o texto que eu escrevi só mostra um aspecto dos fatos, ou seja, não é errado, mas talvez incompleto. A cosmovisão cristã é um critério NECESSÁRIO, mas não SUFICIENTE para o surgimento da ciência. Daí outros fatores também interferiram: políticos, econômicos, sociais, etc. Por isso o surgimento da ciência foi em uma época mais tardia. Além disso esse texto refer-se apenas ao capítulo 1 do livro. Portanto é apenas uma pequena parte da arguemtnação do autor original, e porque eu achei interssante, resolvi compartilhar. Para um entendimento mais completo é necessário ler o livro todo.
Abraços, Paz de Cristo.
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