segunda-feira, 30 de julho de 2012

A descrença é culpável?



Este é um texto extraído da seção de perguntas e respostas do site ReasonableFaith, do William. Acredito que o assunto é muito oportuno aqui no blog, já que um argumento frequente do neo-ateísmo é de que o cristianismo possui um Deus imoral, já que Este condena os infiíes simplesmente porque não creram nele, independente de terem feito coisas boas durante a vida (aliás, este argumento tem um apelo muito mais emocional do que racional, mas isso é típico do neo-ateísmo).

Aproveitem a leitura.
Abraços, Paz de Cristo.

A descrença pode ser culpada?

Pergunta:

Caro Dr. Craig,

Eu sou um Cristão brasileiro. Seu trabalho para o Reino tem sido de uma tremenda ajuda para mim em minha vida espiritual. Eu acredito que Deus existe, mas estou com problemas em uma questão:

Cristãos supostamente devem pensar que Deus irá punir ateus por escolher não acreditar. Mas como um ateu sincero pode ser culpado por não acreditar? Eu não penso que a crença é uma escolha. Suponha que seus amigos tentem levar você a acreditar em Papai Noel. Você conseguiria forçar-se a acreditar nele? No máximo, você poderia agir como alguém acreditando, mas você nunca acreditaria de maneira sincera. Logo, você seria um hipócrita!

Agora suponha que Papai Noel “peça” para você sofrer por ele. Se você não acreditar em Papai Noel, você vai ter motivação o suficiente para aguentar sofrimento por ele? Você pode ser culpado de desistir de sofrer por Papai Noel? Jesus pede ao cristão para fazer mais do que sofrer por ele. Cristo pede para ele odiar sua própria vida nesse mundo (João 12.25). Mas como um ateu pode ter motivação o suficiente para obedecer a Cristo se ele sequer acreditar em Jesus? Se um ateu sincero pensar que Deus é um conto de fadas, como ele pode ser culpado? Se a crença não é uma escolha, ninguém pode ser culpado por não acreditar. Soa absurdo punir um ateu por ser um ateu assim como soa absurdo punir um cachorro por ser um cachorro.

Como nós devemos responder a essa objeção?

Obrigado!

Wagner 
Brasil

Dr. Craig responde:

Noto que os ateus contemporâneos tem bastante ressentimento quanto à afirmação de que Deus considera as pessoas moralmente culpadas pela sua descrença. Eles querem manter sua descrença em Deus sem aceitar a responsabilidade por isso. Essa atitude permite a eles rejeitar Deus impunemente.

Bom, nós podemos concordar que uma pessoa não pode ser considerada moralmente responsável por não cumprir um dever do qual ela não está informada. Então a questão inteira é: as pessoas estão suficientemente informadas para ser responsabilizadas por falhar na crença em Deus? A resposta bíblica para essa questão é inequívoca. Primeiro, Deus providenciou uma revelação de Si mesmo na natureza que é suficiente clara para todas as pessoas cognitivamente normais saberem que Deus existe. Paulo escreve para a igreja de Roma:

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. (Rom. 1.18-21)

Na visão de Paulo das propriedades de Deus, Seu eterno poder e divindade estão claramente revelados na criação, então as pessoas que falham em acreditar em um eterno, poderoso Criador do mundo estão sem desculpas. De fato, Paulo diz que eles verdadeiramente sabem que Deus existe, mas eles suprimem essa verdade por causa de sua falta de retidão. Como resultado, eles se tornam tão nublados em seu pensamento que eles podem até, na verdade, enganar a si mesmo colocando como “investigadores de mente aberta” honestamente perseguindo a verdade. A capacidade humana para racionalização e auto-representação, eu estou certo que todos nós já observamos, é bastante alta e, em uma visão bíblica, ateus estão presos a isso.

Em segundo lugar, totalmente à parte da revelação de Deus na natureza, está o testemunho interno no qual o Espírito Santo conduz as verdades do Evangelho, incluindo, devo dizer, o fato de que Deus existe. Qualquer um que falhe em crer em Deus no fim de toda sua vida o faz apenas por uma teimosa resistência para o trabalho do Espírito Santo em trazer àquela pessoa o conhecimento de Deus. Na visão bíblica, as pessoas não como inocentes e perdidos cordeiros perambulando sem ajuda e sem um guia. Na verdade, eles são rebeldes cujas vontades estão determinadas contra Deus e precisam ser “convencidas” pelo Espírito de Deus.

A diferença, então, entre Deus e Papai Noel, é que (i) há boas evidências para suportar a existência de Deus que são evidentes para todos, e (ii) há um testemunha objetiva do Espírito de Deus que justifica a crença nas verdades cristãs. É claro, o descrente vai negar que existe tal evidência e tal testemunho do Espírito. Certo; nós Cristão discordamos deles sobre isso. Nós pensamos que estão errados. É por isso que nós nos engajamos em diálogos para mostrar que a evidência é suficiente e que suas objeções são fracas.

Ao contrário do que você diz, Wagner, na visão bíblica, a descrença é uma escolha. É uma escolha resistir a força das evidências e das atividades do Espírito Santo de Deus. O descrente é como alguém morrendo de uma doença fatal que se recusa a acreditar na evidência médica  sobre a eficácia de uma cura ofertadas e que rejeita o testemunho de seu médico para usar isso e que, como resultado, sofre as consequências de sua própria teimosia. Ele não tem ninguém para culpar a não ser ele mesmo.

Ateus e agnósticos não são como cachorros. Eles são pessoas criados à imagem de Deus, dotadas de livre arbítrio, e seguidas por uma Divino Pai que ansia para se reconciliá-los com Ele. Sua descrença é culpável porque é mantida diante das evidências e da rebeldia com o Espírito Santo.


14 comentários :

  1. David Sousa, tenho imensa admiração por você...

    E esse texto é de uma grande riqueza para quem tem a "sorte" de acompanhá-lo como eu tive agora.

    Se não for querer saber de mais... Você, em algum momento, já chegou a não acreditar em Deus?

    Um grande abraço, paz de Cristo.

    Bruno (Natal - RN)

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    1. Não dê os créditos a mim, esse texto nem fui eu que escrevi. :)

      Respondendo à sua pergunta, acho que isso ainda não aconteceu comigo. Mas eu também acho que todo cristão sempre passa por um momento assim em sua vida. Onde se deixa levar por um pensamento, ou abalado por alguma tragédia, chega ao ponto de questionar sua fé. Eu acho que ainda sou muito novo, por isso não deve ter acontecido comigo ainda.

      Abraços, Paz de Cristo.

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    2. Esse é o tipico assunto polêmico.Eu,certa vez fiz a seguinte indagação ao meu pastor:Se o crente não obedece aos mandamentos do Deus que ele diz servir, e o ateu cumpre o mandamento do amor ao proximo,quem está na verdade sendo o ateu no sentido de negar a Deus?Por outro lado,pode-se argumentar que o ateu não cumpre o primeiro mandamento "amarás o Senhor teu Deus sobre todas as coisas"...Mas este mandamento está relacionado ao que disse jesus:"aquele que me ama,obedece meus mandamentos",logo,o ateu,embora não creia na existencia de Deus,ele cumpre o primeiro mandamento sem a tal necessidade de sua visão cósmica.Outra vez Jesus disse:Quando fizeste todas essas coisas aos pequeninos,tbm fizeste a mim.Isso,pq o homem é feito a imagem e semelhança de Deus.Logo,creio q o ateu pode alcançar a salvação mesmo sem acreditar na existência de Deus,pois o primeiro mandamento não se limita ao amor pela sua existência.

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    3. Esta sua crença é no mínimo interessante... como podemos amar a Deus sem conhecê-lo, ou pior, ignorando a sua existência? Eu, pelo contrário, acredito que aquele que não conhece a Deus não conhece o amor de verdade (Deus é amor!)e não pode portanto nem amar ao seu próximo!

      Além disso, há uma pequena confusão quando você diz que a salvação depende de guardar algum mandamento. Na verdade, nenhuma obra que façamos nos torna digno de salvação. Teologicamente a salvação é alcançada pela graça de Deus, isto é, sem que tenhamos algum mérito, através de nossa fé nEle.

      "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;"
      Efésios 2:8-9

      Abraços, Paz de Cristo.

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  2. Ah! W.L. Craig! Esse é o mesmo cara que defendeu o genocídio das sete nações com argumentos totalmente revoltosos! Veja aqui:http://www.youtube.com/watch?v=l0v58hGyv1E

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    1. Ah, a matança dos cananitas. Vi o vídeo e me parece que o cara não leu todos os escritos de Craig sobre o assunto e cometeu muitos enganos comuns sobre a visão cristã do episódio. Eu já escrevi um artigo sobre isso em duas partes, você pode ler e tirar suas conclusões:

      http://www.respostasaoateismo.com/2012/07/genocidios-e-atrocidades-na-biblia.html

      Abraços, Paz de Cristo.

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    2. Obrigado pela avaliação critica do meu comentário querido,mas tbm gostaria de fazer algumas considerações.Por exemplo:

      vc afirma que aquele que não conhece a Deus não pode nem amar o seu proximo.
      Porém, veja o que Paulo diz em romanos 2:13-15

      13 Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei

      14 (porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei.

      15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os).

      Jesus sabiamente disse em João 15:22
      Se eu não tivesse vindo e lhes falado, não seriam culpados de pecado. Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu
      pecado.
      E mais:
      "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem"(Lc 23,34).
      Portanto,houve uma má interpretação no que eu disse.Veja,se eu tivesse afirmado que as pessoas poderiam se salvas pelas boas obras,citaria Lucas,onde os que crucificaram Jesus faziam em si o que podemos chamar más obras?Por outro lado, veja que tanto em João,quanto em Lucas,o perdão de Deus é dado aos que pecam, mas não têm a conciência do pecado.Portanto,vale salientar que no texto de Lucas, Jesus se dirige aos que lhe crucificavam,no caso os romanos, que apesar de não serem ateus,eram politeistas idolatras. Então, veja que Jesus ofereceu o perdão para aqueles que não "tinham fé nele",e quando tratamos de salvação,tratamos tbm de perdão dos pecados. Espero que tenhas me compreendido.

      Um grande abraço. Paz de Cristo.

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    3. Amigo, acho que houve uma pequena confusão de conceitos aqui, eu queria acrescentar alguns detalhes e vamos ver se você concorda comigo.

      Primeiro, eu concordo que salvação têm a ver com perdão de pecados, mas salvação não é igual a perdão de pecados. Aliás, ninguém é salvo porque deixa de pecar e ninguém é condenado porque pecou, porque na verdade Jesus Cristo na cruz se ofereceu por todos os pecados de todos os homens (2 Co 5.8,9). Todos os pecados que as pessoas cometem na vida já foram perdoados por Deus, mas é necessário que as pessoas recebam esse perdão através do arrependimento. Quando as pessoas rejeitam o perdão de Deus, estão rejeitando a Deus, e é esse pecado de proporções infinitas que é condenado com a morte eterna.

      No texto que você citou de Rm 2.13-15, Paulo está falando apenas que as pessoas que nunca ouviram falar de Deus possuem uma revelação de Deus dentro de si mesmas e podem ser salvas (ou não) à medida que seguem esta revelação interna. Aqui o assunto é sobre salvação.

      Em João 15.22 e Lc 22.34, Jesus está falando sobre perdão de pecados, e não sobre salvação. É diferente, como eu já tinha falado. Os dois estão relacionados mas não são a mesma coisa. Entendeu?

      Abraços, Paz de Cristo.

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    4. Olá querido,a paz de Cristo.

      veja só:No texto de Paulo,ele cita o exemplo de gentios que seguem a lei prescrita em seus corações, e que os mesmos podem ser justificados (Ou não,como vc mesmo disse) poe esta lei.Veja que Paulo fala da justificação dos gentios por seguirem a prescrição da lei moral em seus corações,então,é impossivel haver salvação sem justificação, e nesse caso, a justificação é dada a um povo que não conhece a Deus (Gentios incrédulos), logo, o texto fala de salvação, como vc mesmo disse, e a salvação pela justificação da lei prescrita em seus corações.

      Paulo tbm fala de suas consciências e pensamentos, que uma hora acusam e outra os defendem. Junte isso aos textos citados por mim em Lc e Jo,onde e João, Jesus fala justamente sobre isso,onde não há pecado naquele que não discerne o pecado,ou como Paulo mesmo disse: onde não há lei,não há pecados.É claro que concordo com vc que os gentios,incrédulos, podem ou não serem salvos,como citado no texto de Romanos, e como vc mesmo disse, e eu tbm concordo, o texto se refere a salvação.Mas a justificação da salvação é dada a incrédulos,no caso os gentios,por meio do cumprimento da lei prescrita em seus corações. Logo,como não pode ser possivel a salvação de incredulos,ou mesmo um incredulo não poder amar seu próximo?

      Abraços querido.

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    5. Eu nunca disse que é impossível a salvação de incrédulos (depende do que você cham de incrédulo. As pessoas que conhecem a palavra de Deus e a rejeitam voluntariamente e as pessoas que ninca ouvram falar de Deus e só possuem a revelação natural de Deus são dois casos completamente diferentes) e também nunca disse que um incrédulo não pode amar seu próximo (eu disse que "quem não conhece a Deus" não pode amar seu próximo). Acho que no fim, nós dois estamos de acordo, não?

      Abraços, Paz de Cristo.

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  3. Olá meu irmão,a paz dp Senhor.Primeiro,gostaria de parabenizá-lo pelo blog e suas elaborações quanto as minhas citações,o que demonstra total embasamento biblico.Fico feliz por isso, pois quando vejo jovens como vc,que realmente estudam a palavra,só consigo ver alguém que tem sede de buscar e conhecer a Deus verdadeiramente.Bem,realmente parece que houve uma confusão quanto ao termo incrédulo.Para mim,incrédulo pode ser aquele que que diz acreditar em Deus mas renega sua palavra.Tbm pode ser o ateu,mas aquele que simplismente não acredita na existência de Deus, e não o que rejeita a Deus e seus mandamentos,pois aqui são casos distisntos, e não é desse que estou falando.Até mesmo um "gentio" que crer não no nosso Deus,mas em outro,e que não o conhece,tbm se encaixa no termo incrédulo,por isso citei o texto de romanos,achando que para vc,ao tratar daquele que não conhece a Deus,se referia aos incrédulos.Então,perdoe-me.Concordo com vc,existe uma enorme diferença entre os que rejeitam a palavra das que nunca ouviram falar.Ah!antes de me despedir, gostaria que vc desse uma olhadinha no meu novo artigo, que trata das falsas argumentações de Bart Ehrman,acho que vc vai gostar. Vou deixar aqui o link,espero que goste.http://www.teismoracional.blogspot.com.br/2012/08/mal-o-problema-e-com-bart-ehrman.html

    Um grande abraço querido,fica com Deus.

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  4. ''Ao contrário do que você diz, Wagner, na visão bíblica, a descrença é uma escolha.''

    Visão bíblica, veja bem. Não a visão dos ateus. Dessa forma, você, como cristão, e obviamente e consequentemente não sendo um ateu, não pode responder por esse útlimo. Um não-fumante não pode dizer que é fácil ou difícil largar o vício, visto que não é um fumante, por exemplo.
    Acho que nossas ações são escolhidas, mas nossos anseios, sentimentos, emoções e crenças não. Ninguém escolhe preferir o frio ao calor, ou gostar mais do azul do que o vermelho, de gostar de macarrão e não de peixe, de querer ou não morar em dado lugar no futuro. Escolhemos nossas ações, mas estas estão limitadas por esses anseios, sentimentos, emoções e crenças que não escolhemos.

    Sou ateu, mas respeito os crentes, aliás, com pessoas tão diferentes no mundo como se teria pensamentos iguais? Toda diversidade é válida quando se tem respeito. De qualquer forma, aí está meu pensamento. Gostaria de uma resposta.

    Obrigado, abraços e sucesso com o blog, apesar de não corresponder com minha concepção religiosa.

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    1. Isso é uma visao determinista das coisa! Ou seja, está dizendo que o ser humano é escravo dos seus sentimento!? Vou tentar aplicar o que acabou de dizer: o marido ao saber que sua esposa o traiu, mesmo sabendo que era errado, matou-a, porque estava com muito odio e rancor (sentimentos).Ele sabia que nao deveria mata-la(Açao), mas nao condizia com sua vontade de se vingar(sentimento).
      Os sentimentos que influenciam a açoes ou as açoes que influenciam os sentimentos? A segunda opçao ,na minha opniao e de muitos psicólogos, é a melhor. Voce é ateu porque decidiu ser assim e por resistir ou nao ter se atentado às evidencias da existencia de um Criador Pessoal e grandiosamente poderoso que quer relacionar-se com voce.
      Assista debates no youtube de grandes estudiosos de sua visao(ateistas) e das visoes cristãs e reponda: Para onde às evidencias apontam?
      Se ajudar pode ser de Wiliam Lane Craig(a quem acabou de ler) versus, por exemplo, Peter Atkins e entre outros.
      Até mais, apesar de nao ser do blog, foi um prazer responder ao seu questionamento! Perdao se o exemplo do marido foi muito pesado.

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  5. Boa noite, acabei de conhecer o blog e achei muito interessante e bem fundamentado meus parabéns. O tema tratado "a descrença é culpável?" sempre foi um problema para mim, gostaria de detalhar mais a questão. O foco foi a descrença do ateu, contudo existem diversas religiões (até mais antigas que o cristianismo) dando interpretações "as evidências da criação", isso ocorreu na história humana em diversas culturas e tribos e mesmo agora.
    Primeira questão: O cristianismo não foi realidade ao longo de toda história humana, sendo assim indios, pré cristãos, budistas, induistas, vão todos para o inferno sendo que possuem sua interpretação da criação? (Não vale dizer que o cristianismo está e sempre esteve em todo mundo pois sabemos que mesmo hoje isso não é verdade);
    Segunda questao: hoje existe um "cardapio" grande de religiões e seitas interpretando a mesma biblia, a pessoa já pode nascer e ser introduzido em uma delas ou mesmo escolher uma que não seja a "correta', mas com isso criar uma verdadeira "fe" naquela religião.Essa pessoa não irá largar essa religiao por nada, não importa os argumentos, porque pare ele aquilo é o certo. Essa pessoa que acredita estar seguindo a Deus e fazendo o bem irá para o inferno? Já tentou convencer uma outra pessoa religiosa para ver o que dar? Porque a sua "fé" seria melhor que a "fe" dela? Que critério Deus irá usar nesses casos?

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