sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Bíblia e a Escravidão




A Bíblia relata a escravidão, com certa naturalidade. Algo comum, corrente entre os povos antigos. Escravidão causa-nos pavor. Especialmente porque em última análise, trata pessoas como ‘coisas’, objetos para uso e desuso de seus donos. 

Sendo assim, será que existem razões para rejeitar a Bíblia, por ela não ser, aparentemente, abolicionista? Será que o povo de Deus na Bíblia mantinha outros em escravidão tal como conhecemos hoje.

Tentarei oferecer algumas reflexões sobre o assunto:

Em primeiro plano, visto que essa prática estruturou os mecanismos no mundo antigo, pelo visto não se tinha uma resistência contra a escravidão. 

Pensando no termo: Alguns países consideram o trabalho infantil um crime, uma exploração criminosa onde das crianças roubam-se a sua infância e inocência. Em outros, isso é considerado oportunidade de desenvolvimento. Fica na verdade em um critério contextual e cultural, se uma criança de 12 anos pode trabalhar, dependendo do país (não estou falando de trabalho que destrua a saúde da criança). Houve exploração e erros no passado quando crianças perdiam sua infância em um trabalho. Isso é verdade. No entanto, uma geração de pessoas hoje, que trabalharam desde a infância, não percebem que mal foi causado, e que mal há nisso, quando isso resultou em um envolvimento sério no sustento do lar. Acredito que as pessoas de 60 a 70 anos nos diriam isso.

Assim, quando se ouve: ‘trabalho infantil’ soa-nos criminosamente! Mas temos que nos dar conta de que os erros foram dos abusos e não que ‘trabalho infantil’ seja criminoso e definitivamente prejudicial.

Citei isso como exemplo para definir o que o termo escravidão nos transmite. Será que quando a Bíblia autorizava um servo de Deus ter o serviçal estava mesmo tendo em mente o que pensamos hoje sobre escravidão? Não, em absoluto. Precisamos ver o que a Bíblia diz em seu contexto e o que Deus nos ensina a partir disso.


Escravos na Bíblia

Em primeiro lugar, temos que nos lembrar que a Bíblia classifica o povo de Deus como escravos de Deus! 

E esse ‘povo escravo’ de Deus é classificado como NOIVA de Cristo! 

E esse ‘povo escravo’ de Deus é classificado como FILHOS de Deus! 

E esse ‘povo escravo’ de Deus é HERDEIRO do Céu e da vida eterna! 

E esse ‘povo escravo’ de Deus é um REINO, e reinarão sobre a terra! 

Desta maneira, existe algo no termo ‘escravo’ na Bíblia que escapa-nos. Caso ser escravo na Bíblia fosse apenas uma classificação negativa, jamais teríamos tal termo aplicado ao povo que Deus ama e entregou seu Filho Unigênito. 

Alguns Textos:

Lv 25.44-46 – Essa é uma passagem perturbadora. Fala-nos que Deus instruiu o seu povo a comprar pessoas como escravas de outras nações. Um israelita por sua vez não deveria ser escravo de outro israelita. No entanto poderia ser escravo de um estrangeiro (v. 47). 

Mas você pode dizer: “O Israelita que fosse vendido a um estrangeiro deveria ser resgatado por um parente, já o estrangeiro não tinha esse direito!” Certo. Mas a possibilidade de um israelita ser libertado não significava que ele seria, se um parente não tivesse recursos para isso! Era uma possibilidade. Óbvio que, ele tinha muitas vantagens, mesmo que alguém de sua parentela não tivesse condições. Ele seria escravo até o Ano do Jubileu (Ex 21.1; Lv 25. 39,40). Ao passo que o estrangeiro comprado seria ‘perpetuamente’. Porém observe bem. Um Israelita poderia ser escravo! Sendo o ‘povo soberano’ naquele território nacional, ainda sim ele poderia ser escravo! Isto revela, e deixa bem latente que a escravidão nesse contexto não era algo terrível, como estamos acostumados a ler.

Em diversas ocasiões, Deus dizia aos seus filhos que eles deveriam lembrar-se que foram escravos no Egito. Esse procedimento pedagógico seria normativo, mantendo um tratamento humano para com os escravos. Vejamos alguns exemplos:

1) Êx 20.10; Dt 5.13,14. O Sábado: Toda semana os israelitas, o povo de Deus, lembravam-se que foram escravos. E nesse dia de adoração ao SENHOR, Deus os obrigava a deixarem os escravos descansarem. Esse era um tratamento humano concedido ao escravo. Uma das principais Leis divinas beneficiava os escravos! 

2) Lv 23.7,8,21,35,39. Outros descansos periódicos: Os escravos também teriam esse tipo de descanso no sétimo mês e no sétimo ano, além de terem a páscoa, pentecostes, dia da expiação e a festa dos tabernáculos (uma semana), tendo em vista que várias dessas festas solenes eram chamadas de ‘sábados’, ou seja, ‘feriados santos’, semanal, mensal e anual, o escravo teria muitos ‘direitos trabalhistas’. 

3) Dt 16.11,14. Festas com os escravos: Os descansos oficiais e impostos (Dt 16.12) acima descritos, não eram apenas descansos religiosos em que os escravos participariam. O elemento celebrativo estava incluído. Ou seja, os escravos participavam da mesa festiva que seus donos usufruíam. 


Conclusão

O serviço escravo, segundo ‘normatizado’ na Escritura, revela um padrão incomparável ao que existiu no Brasil.

Mas reconhecemos que esse é um assunto muito delicado. Muitos cristãos não gostam de falar sobre esses assuntos pois na verdade muitos de nossos mestres também não gostam de falar sobre o tema. Mas a dificuldade da questão deveria fazer-nos olhar com mais atenção a esse tema. Muitos hoje não creem na Bíblia por ter presente tais dificuldades. O caminho mais simplório de se resolver isso é dar a seguinte resposta: “Isso era no Velho Testamento, estamos na era do Novo Testamento e isso não existe mais!” Não creio que essa a explicação seja final.

Autor: Luciano Sena

38 comentários :

  1. A ESCRAVIDAO FOI SIMPLESMENTE O PROCESSO PELO QUAL VC QUITA SUA DIVIDA MESMO SEM TER DINHEIRO...VC ME DEVE UM PRATO DE COMIDA, VAI LAVAR A LOUÇA!!! NA VERDADE É UM TRABALHO QUE PAGA PELA DIVIDA ANTERIOR REALIZADA. E NADA TEM A VER COM A EXPLORAÇÃO QUE CONHECEMOS DOS NEGROS. A PALAVRA TEVE UMA TRANSFERENCIA DE IDENTIDADE, ANTES TINHA UM SIGNIFICADO, HOJE TEM OUTRO.

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    1. Obrigado pelo acréscimo, theoz.

      Abraços, Paz de Cristo.

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    2. Na seguinte passagem, há uma clara ordenança para se comprar escravos de nações vizinhas:

      Levítico 25:44 E quanto aos escravos ou às escravas que chegares a possuir, das nações que estiverem ao redor de vós, delas é que os comprareis.

      ou seja, havia uma negociação infame e um comércio de escravos assim como houve com a escravidão africana! sejam honestos!

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    3. Com relação a humanidade com a qual os escravos eram tratados leiam: rsrsrsrs

      (Êxodo 21:20-21):''Se alguém ferir a pauladas o seu escravo, e ele morrer na hora, o que bateu será castigado.Mas, se o escravo morrer só um ou dois dias depois, o dono não será castigado. Pois a perda do escravo já é um castigo para o dono. Essa lei vale também para as escravas.''

      Era na base da paulada! e ainda diz claramente que a unica perda que o dono do escravo teria seria o dinheiro investido no escravo! isso é de uma desumanidade sem tamanhooo!

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    4. Os filhos de Deus podiam transar com suas escravas e ter filhos com elas. E tbm tem uma passagem que as filhas transam com o pai para procriar. Isso é nojento.

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    5. Cara Julia,

      Em nenhuma dessas passagens isso é relatado com tom de aprovação. O objetivo de relatar era simplesmente porque a história aconteceu dessa maneira, e eles não queriam mentir pra embelezar a realidade. Mas isso não quer dizer que era correto.

      Abraços, Paz de Cristo.

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    6. Cara Julia,

      Em nenhuma dessas passagens isso é relatado com tom de aprovação. O objetivo de relatar era simplesmente porque a história aconteceu dessa maneira, e eles não queriam mentir pra embelezar a realidade. Mas isso não quer dizer que era correto.

      Abraços, Paz de Cristo.

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    7. Caro Rick.

      Em primeiro lugar, olhar o costume daquela época com o prisma cultural de hoje consiste em anacronismo. Não dá pra comparar a escravidão daquela época com a ideia que temos sobre escravidão hoje. A imagem que vem à nossa mente hoje em dia sobre escravidão é a de racismo, e achamos isso errado porque temos sedimentada na nossa cultura a ideia de direitos humanos, que somos todos iguais. Tenha em mente que naquela época isso não existia. Apesar de essa ideia já estar contida no fato de Deus ter criado o homem à sua imagem e semelhança, e ter criado todos iguais, ninguém tinha percebido isso ainda. E foi necessário vários séculos para perceberem, já depois de Cristo. Foram os próprios cristãos que, depois, desenvolveram o conceito de direitos humanos.

      Mas naquela época, era normal até mesmo para os escravos achar que isso era correto, inclusive algumas pessoas se tornavam escravas voluntariamente. Basicamente eram duas situações que levavam à escravidão: em uma a pessoa tinha dívidas e poderia "se vender" como um último recurso, essa situação era temporária até a pessoa pagar sua dívida. Na outra o povo que perdia uma guerra era escravizado pelo que ganhava. Isso acontecia costumeiramente, mas não era permitido pela lei de Moisés, justamente porque era hipocrisia da parte dos hebreus, já que eles mesmos foram durante séculos escravos no Egito.

      Outra coisa é que, se você notar, essa lei que você citou ainda sim é muito melhor do que o costume que se tinha com os escravos negros no Brasil, por exemplo.

      Abraços, Paz de Cristo.

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    8. Este comentário foi removido pelo autor.

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    9. “Levítico 25:44 E quanto aos escravos ou às escravas que chegares a possuir, das nações que estiverem ao redor de vós, delas é que os comprareis.
      ou seja, havia uma negociação infame e um comércio de escravos assim como houve com a escravidão africana! sejam honestos!”
      .................................................

      Já comentei em outro post mostrando que isso (essa pratica) era um benefício enorme para os escravos da época. Algumas considerações.

      1) Havia sim comercio de escravos, porém não dentro dos limites de Israel. Essa pratica era punica com “morte”. Êx 21:16 "E quem furtar algum homem e o vender, ou for achado na sua mão, certamente morrerá".

      2) A pratica de comercialização de pessoas era praticada no contexto das outras nações e não da nação de Israel.

      3) Que ser escravo na época não era igual à escravidão que houve no Brasil. Um escravo poderia até herdar a herança de seu senhor (Gn 15.3). Ou quem saber ser o guarda dos tesouros da Rainha, como Atos 8.27. Que escravidão era essa afinal de contas?

      Israel comprava pessoas escravizadas de outras nações e as libertavam-nas ao termino do sexto ano, e não somente isso. O escravo não poderia sair de mãos vazias (13 E, quando de ti o despedires forro, não o deixarás ir vazio. 14 Liberalmente, lhe fornecerás do teu rebanho, da tua eira e do teu lagar; daquilo com que o SENHOR, teu Deus, te houver abençoado, lhe darás.) Dt 15.

      Ora, isso era muito bom, uma vez que se o tal escravo não fosse comprado ele jamais seria livre, pois somente em Israel havia a prática de libertação ao sexto ano. Nas demais nações, como no Egito, eles morreriam escravizados.

      Não irei te chamar de desonesto intelectual devido ao fato de você apenas repetir o que lê os outros postarem. Mas espero que aprenda.




      Sobre Ex 21.20-21 é surpreendente a ignorância que você tem. Onde a Bíblia está mandando que se ferisse ou maltratasse o tal escravo? Em lugar algum. O texto trata de uma “advertência”. Ele diz categoricamente que se alguém ferisse um escravo e esse morresse o DONO “deveria pagar com a própria vida”. Não acredito que vocês conseguem deturpar uma coisa tão clara assim!. Meu Deus!

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    10. Julia campos

      “Os filhos de Deus podiam transar com suas escravas e ter filhos com elas. E tbm tem uma passagem que as filhas transam com o pai para procriar. Isso é nojento.”

      Duas coisas a dizer-te.

      1) Quando vieres argumentar, deixe a referência Bíblica.
      2) A Bíblia não apoia o “incesto”. Você também não parecer intender a diferença entra um texto “descritivo” e um “prescritivo”. O que aconteceu com Ló faz parte de uma passagem “descritiva” onde é relatado um acontecimento e em nada isso significa que o mesmo está sendo apoiado.

      Segue-se o texto para você ler.

      31 Então, a primogênita disse à mais moça: Nosso pai está velho, e não há homem na terra que venha unir-se conosco, segundo o costume de toda terra.
      32 Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai.
      33 Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou.
      34 No dia seguinte, disse a primogênita à mais nova: Deitei-me, ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também esta noite; entra e deita-te com ele, para que preservemos a descendência de nosso pai.
      35 De novo, pois, deram, aquela noite, a beber vinho a seu pai, e, entrando a mais nova, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou.
      36 E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai. Gn 19

      Creio que isso já basta para responder suas objeções!

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    11. Êxodo 21:20-21
      Se alguém ferir a seu servo ou a sua serva com pau, e este morrer debaixo da sua mão, certamente será castigado, mas se sobreviver um ou dois dias, não será castigado; porque é dinheiro seu.
      Esse deus sabe o valor de um bem material...

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    12. Jesus é o caminho

      "Sobre Ex 21.20-21 é surpreendente a ignorância que você tem. Onde a Bíblia está mandando que se ferisse ou maltratasse o tal escravo? Em lugar algum. O texto trata de uma “advertência”. Ele diz categoricamente que se alguém ferisse um escravo e esse morresse o DONO “deveria pagar com a própria vida”. Não acredito que vocês conseguem deturpar uma coisa tão clara assim!. Meu Deus!"

      Você apenas citou o versículo 20...
      E quanto ao 21?

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  2. A escravidão no tempo interbíblico era ou por dívida ou quando um povo era derrotado numa guerra. Vale ressaltar que os hebreus por causa da Lei Mosaica tinha um tratamendo muito masi brando com os escravos do que os demais povos antigos! Ainda em levítico a lei diz que um senhor não pode matar ou maltratar seu escravo!

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    1. Obrigado pela contribuição, caro Alysson.

      Abraços, Paz de Cristo.

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    2. Êxodo, 21
      Se alguém ferir a seu servo ou a sua serva com pau, e este morrer debaixo da sua mão, certamente será castigado, mas se sobreviver um ou dois dias, não será castigado; porque é dinheiro seu.

      Nâo só Deus perdoa a escravidão, como ele também aceita que se espanque seus escravos, contanto que não os mate.

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  3. Esse livro "sagrado" é apenas uma coleção de regras escritas por um povo nômade primitivo pra justificar seu sadismo e escravismo. Se esse deus hebreu fosse "amor" não mandaria ninguém escravizar ninguém.

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    1. Caro Paolo,
      você repetiu o mesmo "bla bla bla" que motivou a escrita do meu texto, ou seja, é coo se nem tivesse o lido. Gostaria de sugerir além deste, dois outros textos meus que enriquecem esta discussão:

      A Falácia do Contexto Bíblico

      Genocídios e atrocidades na Bíblia?

      Abraços, Paz de Cristo.

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  4. Escravizar um indivíduo, vendê-lo, comprá-lo, em contexto algum, é uma atitude moral. É condenável tanto quanto o assassinato. Escravizar é inferiorizar, é tratar um indivíduo como objeto.

    Novo e antigo testamento apoiam a escravidão humana e esses versos foram usados para que a Igreja mantivesse sua posição favorável ao sistema escravagista.

    Se você está tentando mostrar que existe um contexto em que a escravidão não é punível e inaceitável, em que vender a própria filha é visto com bons olhos, estamos falando de um deus fraco e incapaz de agir diante do sofrimento e da inferiorização de um ser humano. Estamos falando de um deus desumano.

    Se o erro é aplicar os ensinamentos do antigo testamento aos dias e culturas atuais, seria bastante inconveniente se outros aspectos do mesmo fossem defendidos, como dízimos, descanso sabático em que o membro é passível de expurgo, proibições alimentares dentre tantos outros aspectos da bíblia que as pessoas insistem em justificar. Se essas regras não se aplicam mais ao sec. 21, como você deu a entender, ou à cultura ocidental, não vejo pq recorrer esse livro arcaico para definir moral.

    Agradeçamos então ao Ocidente por seu bom senso em exterminar a escravidão e passar a tratá-la como ela realmente é: abominável. E pensar que pessoas já morreram por carregar lenha aos sábados...

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    1. É óbvio que tratar um indivíduo como um objeto é imoral. Mas deve-se analisar se a escravidão praticada no AT correspondia a isso de fato ou não. As premissas e o contexto da época tornam impossível uma comparação direta entre escravo da Antiguidade e o escravo do século XVI. Talvez nem usar o mesmo nome para os dois seria adequado. O escravo no AT vendia seus serviços a um senhor por uma determinada quantidade de tempo e depois ele era liberto. Não havia juros para aumentar o tempo da divida, existia a possibilidade de diminuir o tempo de serviço, alem de outros beneficios que seriam impensaveis para um escravo negro da época da colonização.

      Mas olha só, eu nunca defendi aqui no blog dízimo, descanso sabático ou proibição alimentar. Não use de desonestidade intelectual, por favor. O que acontece é que as pessoas acham que só porque acreditamos na Bíblia, somos obrigados a aceitar cegamente o que está escrito sem pensar no contexto em que as coisas foram escritas e sem analisar a relação interna entre os livros da Bíblia. Essas leis que você chama de "arcaicas" era um sistema político-civil-religioso para os judeus até a chegada do Messias. A Bíblia deixa isto claro. Depois que Jesus veio, esta legislação não era mais aplicável a quem O seguisse, apenas os princípios permaneceriam válidos. A moral divina sempre foi baseada em princípios, em premissas. Durante a época dos judeus antigos estas premissas foram aplicadas de um jeito específico, com propósitos bem específicos e rastreáveis.

      Engraçado que foi a própria moral cristã que ajudou a exterminar a escravidão no Império Romano nos primeiros séculos.

      Abraços, Paz de Cristo.

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  5. Abram os olhos meus amigos. Sejam razoáveis!

    A Biblia diz que Deus é amor, mas também é justiça. Então vamos lá...
    Sabemos que a escravidão e a relação de trabalho mais degradante a que um ser humano pode se sujeitar. Ainda que houvesse pequenas diferenças nas formas de escravizar, a escravidão apresentava características gerais em todo o mundo antigo, independente do lugar: o escravo visto como um bem, uma ferramenta, mercadoria, sem personalidade jurídica e sujeito legalmente a maus tratos, como mencionado em Exodo 21.
    Se o Deus bíblico fosse justiça de fato, proibiria essa forma abominável de trabalho já nos dez mandamentos. Seria louvável se o deus que disse para amar uns aos outros tivesse ordenado em Exodo 20: Não escravizarás! Adequar-se-ia bem ao conceito de deus ser amor e justiça.
    Quando convém ao cristão, ele menciona que determinada situação degradante foi tolerada por deus no passado porque, o mesmo, aceita o fato de os povos terem culturas e costumes diferentes e variados. Mas pense bem: A base de qualquer cultura na antiguidade era seu aspecto religioso. A cultura dos povos antigos se desenvolveu a partir de suas crenças e mitos, como exemplo, temos o deus judaico-cristão que se desenvolveu no seio da cultura hebraica, logo o deus bíblico é o deus hebreu.
    Porem, esse deus dos hebreus não respeita a cultura de ninguém quando quer se impor na marra sobre os deuses de outras culturas, quando mata aqueles que não o aceitam, quando se poe a frente de Israel para invadir uma cidade, aniquilar seus homens, estuprar suas mulheres e se apropriar de seus bens.
    Não sejamos hipócritas. A bíblia foi escrita e inspirada por homens, que eram filhos de seu tempo. Se o deus bíblico existisse de fato, passaria por cima de tudo o que é injusto para fazer valer seus mandamentos de amor e justiça. Como pode no novo testamento Jesus mencionar para nos amar uns aos outros e ainda assim permitir a escravidão de um homem em relação a outro.

    A bíblia permite e estimula a escravidão no velho e novo testamento. Não tentem higienizar a bíblia. Fatos são fatos. Quanto mais se explicam mais se parecem com aqueles advogados de porta de cadeia que buscam brechas na lei para defender bandidos. É TRISTE !

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    1. Lene,

      se você pensar bem, o "não escravizarás" já está implícito em "ame o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19.18). Mesmo assim, o povo de Israel ainda escravizava os inimigos de guerra, e isto era por uma questão de estratégia: se eles não escravizassem, seriam escravizados, porque os outros povos não eram bonzinhos. Alguns males às vezes são necessários para evitar algo pior. As outras menções à escravidão já estão explicadas no texto. É tudo bem claro.

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  6. Leone Soares, insinuar que o Deus da Bíblia é bandido, é tratar sem respeito e consideração a fé alheia, além de insultar quem não conhece. Este assunto (escravidão) nunca será esgotado, por isso não devemos ser taxativo em dizer isso ou aquilo. No entanto, o tratamento orientado por Deus, para os judeus em relação a escravidão, deixa claro, que ele não apoiava essas ações. Ele poderia sim, proibir explicitamente a escravidão, como fez implicitamente; mas, ele também poderia simplesmente acabar com a incredulidade, as afronta ao seu santo Nome no mundo todo. No entanto ele tolera e apela para o arrependimento. Suportar, Sr. Leone Soares, suas afrontas contra Deus, só ele mesmo. Pessoas como você hoje, estão na igreja dando testemunho de quão eram incrédulos e abriram os olhos para Cristo e o seu amor. Faça o mesmo.

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    1. Quando mandou esquartejar mulheres grávidas foi bem intolerante.
      Comigo não acontece nada. Será que é porque sou homem? Hummmm...

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  7. Devo dizer que fiquei boquiaberto com o seu texto, além de ser infundado, pois se não a consenso de que há escravidão ou a servidão descrita na bíblia é igual a o conceito que temos muito me estranha diversa destes textos fossem usados para defender a escravidão (que conhecemos).
    Devo salientar a comparação desastrosa com o Trabalho infantil, afinal é por isso que meu pai que começou a trabalhar com 12 anos e decorrente disso deve de largar a escola insistia que minha irmã e eu priorizássemos os estudos, não condeno seu texto na realidade o considero corajoso, como sempre os textos serão interpretados como melhor condiz para a época, sempre refletindo os conceitos da sociedade em questão quando escravidão era comum, a bíblia era usada como defesa da pratica quando ela é abominável a escravidão descrita não era como a conhecemos era uma escravidão do bem, os escravos tinham até folga ou aos escravos eram impostos os costumes de seus mestres.
    P.S Só pra esclarecer não me considero ateu, mas tenho bom senso.

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  8. Se o seu senhor lhe tiver dado uma mulher, e esta lhe tiver dado filhos ou filhas, a mulher e os filhos pertencerão ao senhor; somente o homem sairá livre.
    Êxodo 21:4

    Se um homem vender sua filha como escrava, ela não será liberta como os escravos homens.
    Êxodo 21:7

    Se alguém ferir seu escravo ou escrava com um pedaço de pau, e como resultado o escravo morrer, será punido;
    mas se o escravo sobreviver um ou dois dias, não será punido, visto que é sua propriedade.
    Êxodo 21:20,21

    O que eu mais escuto sobre a Bíblia é que eram tempos diferentes e costumes diferentes, mas a própria Bíblia diz que o Senhor jamais mudará, se hoje é pecado e abominável um pastor comprar a filha de alguém, naquela época Deus tinha que ter ordenado que fosse errado comprar ou vender pessoas sob qualquer pretexto, é inaceitável um dos 10 mandamentos não ser sobre o direito de ir vir de todos, já que esse direito só surgiu porque "Deus iluminou as novas gerações".

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  9. Tantas desculpas. Os isralitas, matavam roubavam, estupravam e escravizavam, tudo em nome de Deus. Mas sempre há desculpas!

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  10. Tantas desculpas. Os isralitas, matavam roubavam, estupravam e escravizavam, tudo em nome de Deus. Mas sempre há desculpas!

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  11. Para quem acha que escravo era um servil que trabalhava pra pagar dívidas!
    Êxodo 12:43-45
    Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da páscoa; nenhum, estrangeiro comerá dela, mas todo escravo comprado por dinheiro, depois que o houveres circuncidado, comerá dela. O forasteiro e o assalariado não comerão dela.

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    1. se trabalhou como "escravo" foi em troca de algum valor, ou seja, comprado seja dinheiro ou animal. comprar seus serviços, para ser exato. :)

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  12. Engraçado que o estrangeiro escravo, nunca pagava sua dívida. Porque seria eternamente escravo.

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  13. amigos sei que isso e religiao,,mas graça a democracia que temos um mundo diferente juntos seremos mais fortes e conseguiremos mudar a cara desse pais viva aos brasileiros

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  14. Saudações. Apenas para lembrar, pessoas escravizam pessoas. Aqui no Brasil sabe-se que negros foram escravizados também por outros negros, pelo mesmo motivo que brancos escravizaram negros: dinheiro, ou seja, ganância - que é uma característica inerente ao ser humano, não vem de Deus. Agora usem o cérebro.

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    1. "...inerente ao ser humano, não vem de Deus."
      Quem criou o ser humano? Por qual motivo o deus do cristianismo nos criou com ganância inerente se isso é algo ruim? Ele não sabia que era ruim?

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  15. Acreditar nessas falácias é um insulto ao intelecto do ser humano! Por que eu haveria de me curvar para um ser mitológico e ser temente a ele?
    Por que se tornar uma ovelha? Isso é falta de caráter!!! Queres apenas comprar e garantir um lugar nesse teu céu infame!
    Tentas ser bom apenas para garantir isso...

    O que te falta é CARÁTER!!!

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  16. Kkkkkkkkkk argumentos desse texto só aumentou o fato em dizer que esse Deus biblico foi cruel e que a biblia apoiou a escravidão .

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  17. Pura mentira como todos os textos se deus é a verdade e nada mais que a verdade a escravidão que ele apoio no velho ou no novo testamento ele tinha como direito não tem essa de que naquela tempo era assim Escravidão foi perversa em qualquer tempo e se esse deus de vcs apoio e aprovou ele não passa de um senhor de escravos

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